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GF Ouro
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Roubou-se um banco em cada 36 horas
Criminalidade geral cresceu 7,5 por cento. Crimes graves aumentaram 10,7. Números foram divulgados com o ministro da Administração Interna ausente. Em Portugal, durante 2008, roubou-se um banco em cada 36 horas e um posto de abastecimento de combustíveis em cada oito horas.
No primeiro destes delitos, o aumento, face ao ano anterior, foi de 122 casos. Em relação ao segundo, houve um acréscimo de 227. Estes dois tipos de crime ilustram, de resto, a preocupação dos vários agentes da justiça, que ontem foram confrontados com os números do Relatório de Segurança Interna, que estabelece em 10,7 por cento o aumento da criminalidade grave.
As polícias portuguesas tomaram conhecimento, em 2008, de um pouco mais de 421 mil crimes (mais 7,5 por cento do que no ano anterior), o maior número desde que, há dez anos, começaram a ser elaborados relatórios de segurança interna.
Os dados foram divulgados numa altura em que o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, que é o responsável pela compilação do documento, está ausente do país (está em visita de Estado, em Cabo Verde, acompanhando o primeiro-ministro, José Sócrates).
"Como é que se publica uma estratégia operacional para 2009 sem antes divulgar os resultados de 2008", interrogou-se ontem o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, quando instado a comentar os números já conhecidos do documento e cuja veracidade acabou por ser confirmada pelo próprio MAI.
Paulo Portas, que disse ao PÚBLICO ir pedir uma interpelação ao Governo a propósito deste aumento da criminalidade, mostrou-se particularmente preocupado com o aumento da criminalidade grave, salientando que, ao contrário do que o Governo comentou antes, este fenómeno não se deve apenas à crise económica.
"A crise económica pode ajudar a explicar o aumento da pequena criminalidade, mas não a justifica e nem tão-pouco explica porque é que aumentaram o carjacking, o homejacking, os roubos a bancos e postos de combustíveis, delitos estes que exigem organização, que exigem recursos para preparar fugas, redes de revenda, etc.", adiantou o dirigente centrista.
Para o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, António Cluny, a melhoria no combate à delinquência passa por "julgamentos mais rápidos", medida também preconizada por Paulo Portas e pela revisão do Código de Processo Penal que actualmente, segundo o magistrado, dá mostras de "abrandamento e tolerância".
A ausência de Rui Pereira para explicar os números já divulgados foi igualmente criticada pelo PCP. O deputado António Filipe, em declarações à agência noticiosa Lusa, foi peremptório: "Obviamente que o ministro tem de explicar a ausência de resposta do seu ministério perante o agravamento da criminalidade".
10,7
por cento foi o aumento percentual da criminalidade participada em Portugal durante 2008. Os 421 mil delitos são um recorde nos últimos dez anos.
@ Público
Criminalidade geral cresceu 7,5 por cento. Crimes graves aumentaram 10,7. Números foram divulgados com o ministro da Administração Interna ausente. Em Portugal, durante 2008, roubou-se um banco em cada 36 horas e um posto de abastecimento de combustíveis em cada oito horas.
No primeiro destes delitos, o aumento, face ao ano anterior, foi de 122 casos. Em relação ao segundo, houve um acréscimo de 227. Estes dois tipos de crime ilustram, de resto, a preocupação dos vários agentes da justiça, que ontem foram confrontados com os números do Relatório de Segurança Interna, que estabelece em 10,7 por cento o aumento da criminalidade grave.
As polícias portuguesas tomaram conhecimento, em 2008, de um pouco mais de 421 mil crimes (mais 7,5 por cento do que no ano anterior), o maior número desde que, há dez anos, começaram a ser elaborados relatórios de segurança interna.
Os dados foram divulgados numa altura em que o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, que é o responsável pela compilação do documento, está ausente do país (está em visita de Estado, em Cabo Verde, acompanhando o primeiro-ministro, José Sócrates).
"Como é que se publica uma estratégia operacional para 2009 sem antes divulgar os resultados de 2008", interrogou-se ontem o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, quando instado a comentar os números já conhecidos do documento e cuja veracidade acabou por ser confirmada pelo próprio MAI.
Paulo Portas, que disse ao PÚBLICO ir pedir uma interpelação ao Governo a propósito deste aumento da criminalidade, mostrou-se particularmente preocupado com o aumento da criminalidade grave, salientando que, ao contrário do que o Governo comentou antes, este fenómeno não se deve apenas à crise económica.
"A crise económica pode ajudar a explicar o aumento da pequena criminalidade, mas não a justifica e nem tão-pouco explica porque é que aumentaram o carjacking, o homejacking, os roubos a bancos e postos de combustíveis, delitos estes que exigem organização, que exigem recursos para preparar fugas, redes de revenda, etc.", adiantou o dirigente centrista.
Para o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, António Cluny, a melhoria no combate à delinquência passa por "julgamentos mais rápidos", medida também preconizada por Paulo Portas e pela revisão do Código de Processo Penal que actualmente, segundo o magistrado, dá mostras de "abrandamento e tolerância".
A ausência de Rui Pereira para explicar os números já divulgados foi igualmente criticada pelo PCP. O deputado António Filipe, em declarações à agência noticiosa Lusa, foi peremptório: "Obviamente que o ministro tem de explicar a ausência de resposta do seu ministério perante o agravamento da criminalidade".
10,7
por cento foi o aumento percentual da criminalidade participada em Portugal durante 2008. Os 421 mil delitos são um recorde nos últimos dez anos.
@ Público