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Dois mortos em ataque ucraniano em território ocupado pela Rússia
Um ataque ucraniano em território ocupado pela Rússia causou hoje pelo menos dois mortos e 13 feridos na região de Kherson (sul), anunciou o responsável local nomeado por Moscovo, Vladimir Saldo.
Ao mesmo tempo, o exército russo continua a avançar em vários pontos da frente e reivindicou hoje a tomada de Shevchenko, a sul de Pokrovsk, uma cidade-chave para a logística das forças ucranianas, bem como de Novoyegorivka, na região de Lugansk.
As tropas russas, que avançam há meses contra as forças ucranianas, que têm poucos homens e estão menos bem armadas, estão agora a cerca de seis quilómetros da região de Dnipro.
"Na sequência do bombardeamento de Bekhtery, dois adultos foram mortos e 13 pessoas ficaram feridas. Entre os feridos encontram-se três crianças", declarou o serviço de imprensa de Vladimir Saldo.
A cidade de Bekhtery fica a menos de 50 quilómetros da cidade de Kherson, controlada pelos ucranianos, do outro lado do rio Dnieper, que funciona como uma demarcação natural entre os exércitos ucraniano e russo na região.
Na Rússia, um depósito de petróleo na região ocidental de Voronezh continuava em chamas hoje de manhã, cinco dias depois de ter sido atingido por um ataque de um 'drone' ucraniano.
"Em algumas zonas, o fogo foi eliminado. Noutras, (...) a intensidade das chamas diminuiu. Ao mesmo tempo, continua a trabalhar-se para evitar que o fogo se propague", afirmou o governador regional, Alexander Gusev.
Nos últimos dias, vídeos publicados pelos meios de comunicação social russos e nas redes sociais mostraram um grande incêndio no local.
Na região de Kaluga, que faz fronteira com Moscovo, a queda de detritos de 'drones' abatidos causou um incêndio nas instalações de uma empresa local no domingo à noite.
O incêndio foi rapidamente controlado, de acordo com o governador regional, Vladislav Chapcha.
No total, o exército russo disse ter intercetado hoje 31 'drones' ucranianos que visavam empresas industriais, incluindo no Tartaristão (Volga), a cerca de 1.000 quilómetros da fronteira ucraniana.
As autoridades regionais disseram que os ataques não causaram "quaisquer vítimas ou danos".
Kyiv também anunciou que 141 'drones' russos visaram a Ucrânia durante a noite, dos quais 93 foram abatidos.
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.
A guerra foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia ordenada em fevereiro de 2022 pelo Presidente Vladimir Putin para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.
Desconhece-se o número de vítimas civis e militares em quase três anos de combates, mas diversas fontes, incluindo a Organização das Nações Unidas, têm admitido que será elevado.
Dois generais e um coronel detidos por negligência na defesa de Kharkiv
As autoridades ucranianas detiveram dois generais e um coronel por terem permitido, por inação e negligência, a ocupação russa de parte de Kharkiv (nordeste) em 2024, anunciou hoje o Gabinete de Investigação ucraniano (DBR).
Trata-se de um antigo comandante do grupo de combate de Kharkiv, do comandante da 125.ª brigada de defesa territorial e do comandante de um batalhão, segundo um comunicado citado pela agência francesa AFP.
A Rússia, que lançou a invasão da Ucrânia há três anos, também iniciou uma ofensiva surpresa do outro lado da fronteira, na região de Kharkiv, no início de maio de 2024.
Embora o exército ucraniano tenha conseguido travá-la, não conseguiu retomar a região, onde os ataques russos arrasaram várias cidades e provocaram a fuga de dezenas de milhares de civis.
A "atitude negligente" dos três oficiais permitiu que a Rússia penetrasse até 10 quilómetros na Ucrânia, que perdeu o controlo de parte da fronteira, afirmou o DBR.
"As ações dos comandantes resultaram na perda de pessoal e de armas, e não conseguiram defender a fronteira do Estado na sua área de responsabilidade", denunciou.
Os oficiais superiores são acusados, nomeadamente, de terem coordenado mal a defesa do setor, de não terem organizado o apoio da artilharia e da força aérea, e de não terem preparado as fortificações, segundo o DBR.
O antigo comandante do batalhão é também suspeito de ter abandonado o campo de batalha.
Os crimes de que são suspeitos foram documentados com a assistência do ministro da Defesa, Rustem Umerov, e do Comandante-em-Chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Syrsky, noticiou a agência ucraniana Ukrinform.
Os três oficiais podem ser condenados a penas de até 10 anos de prisão, acrescentou o DBR.
Trump pressiona Putin a negociar acordo de paz com a Ucrânia
O novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convocou pela primeira vez Vladimir Putin para encontrar um acordo de paz com a Ucrânia, sob pena de a Rússia correr o risco de ser destruída.
Antes, ao felicitar o 47º Presidente dos Estados Unidos, o líder russo também prometeu procurar uma "paz duradoura" com Kiev.
O magnata republicano, reeleito em 05 de novembro, e empossado esta segunda-feira, afirmou várias vezes que está a preparar uma cimeira com Vladimir Putin para "pôr fim" ao conflito, desencadeado pela invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.
Ao regressar à Sala Oval para assinar uma série de ordens executivas, Donald Trump reafirmou que "tinha de falar com o Presidente Putin (...), que ficará muito feliz por pôr fim a esta guerra".
Pela primeira vez, no entanto, Trump pressionou claramente Putin a encontrar uma solução para a guerra, ao considerar que a Rússia estará a caminhar para o desastre se se recusar a negociar e a selar um cessar-fogo ou um acordo de paz com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Zelensky quer fazer um acordo. Não sei se Putin o quer, se calhar não quer. [Mas] devia. Acho que ele está a destruir a Rússia ao não encontrar um acordo", disse Donald Trump.
Presidente entre 2017 e 2021, Trump denunciou repetidamente ao longo da sua campanha para o regresso à Casa Branca as dezenas de milhares de milhões de dólares de ajuda militar e económica dadas a Kiev pela administração de Joe Biden.
"A Rússia está a caminhar para grandes problemas. Vejam a economia, vejam a inflação", disse o novo Presidente aos jornalistas na Sala Oval, salientando que Moscovo tinha previsto, em fevereiro de 2022, que "a guerra acabaria numa semana e já lá vão três anos".
"Eu dou-me muito bem com ele [Putin] e espero que ele queira chegar a um acordo", concluiu o antigo empresário, adepto da diplomacia transacional.
O Presidente russo, por seu lado, reiterou na segunda-feira que está "aberto ao diálogo com a nova Administração norte-americana sobre o conflito ucraniano".
"O objetivo não deve ser uma breve trégua (...) mas uma paz duradoura", insistiu.
Durante a campanha presidencial, Donald Trump prometeu acabar com o conflito na Ucrânia "em 24 horas" e apelou a um "cessar-fogo imediato" e a conversações. Mais tarde, admitiu que o processo poderá demorar meses.
O Kremlin continua a exigir oficialmente que a Ucrânia se renda, que renuncie à adesão à NATO e que a Rússia mantenha os territórios que afirma ter anexado no leste da Ucrânia.
Quanto ao presidente ucraniano, Zelensky felicitou igualmente Donald Trump na rede social X, cuja "política de paz pela força (...) oferece uma oportunidade de reforçar a liderança norte--americana e de alcançar uma paz justa e duradoura, a prioridade absoluta".
Russos apelam a Moscovo para salvar familiares em zona ocupada por Kyiv
Várias dezenas de russos apelaram hoje a Moscovo e Kyiv para que salvem os seus familiares presos na parte da região russa de Kursk ocupada pelos ucranianos, numa rara campanha de protesto lançada nas redes sociais.
"Infelizmente, até agora, poucas pessoas prestaram atenção à nossa ação", declarou à agência noticiosa France-Presse (AFP) Lioubov Priloutskaya, um dos líderes da campanha.
Desde sexta-feira, dezenas de utilizadores da rede social russa VK republicaram uma mensagem com a palavra-chave "Eu sou / nós somos Soudja", o nome da principal cidade ocupada por Kyiv na região de Kursk.
"Pedimos às autoridades de ambos os países [Rússia e Ucrânia] e às organizações internacionais que nos ajudem a salvar a vida dos nossos entes queridos", lê-se na mensagem, acompanhada de fotografias dos desaparecidos.
"Cerca de 3.000 civis estão sob ocupação no distrito de Soudja", continua.
O exército de Kyiv ocupou, numa ofensiva em agosto de 2024, várias centenas de quilómetros quadrados (km2) na região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia.
Este território poderia ser utilizado como moeda de troca em caso de negociações de paz com Moscovo.
Num vídeo publicado na rede social VK a 10 deste mês, Lyoubov Priloutskaya, que tenta em vão encontrar os seus pais há mais de seis meses, acusou as autoridades russas de não se preocuparem com os que vivem sob ocupação ucraniana.
O líder da campanha nas redes sociais criticou também a divulgação de uma lista de 517 cidadãos russos dados como desaparecidos na região, publicada a 09 deste mês pela Provedora dos Direitos Humanos russa, Tatyana Moskalkova.
A lista de 517 nomes revelou-se tão incompleta que Moskalkova teve de admitir que estava "longe de ser exaustiva".
No sábado, dezenas de civis retirados da região após a ofensiva das forças ucranianas manifestaram-se em Kursk, alegando que ainda não dispunham de alojamento permanente, segundo reportou o meio de comunicação social russo RBK.
O novo governador interino da região, Alexander Khinchtein, que veio falar com os manifestantes, prometeu resolver o problema, que disse ser causado pela "corrupção" dos funcionários locais, segundo o RBK.
Por seu lado, Priloutskaya disse hoje à AFP que ainda não conseguiu encontrar-se com Khinchtein, apesar do seu pedido.
"Nas entrelinhas, dizem-nos constantemente que ninguém tem qualquer intenção de tirar os nossos familiares desta situação", lamentou.
Ucrânia. Polícia faz operação contra tráfico de armas em todo o país
A polícia nacional da Ucrânia realizou mais de mil rusgas na Ucrânia no âmbito de uma investigação sobre tráfico ilegal de armas e munições, anunciaram hoje as autoridades de Kyiv.
"O principal objetivo é fechar os canais de venda e armazenamento e apreender armas" retiradas aos soldados russos no campo de batalha, bem como munições e explosivos resultantes do tráfico ilegal, declarou a polícia através de um comunicado divulgado através das redes sociais.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, tem-se verificado um aumento da circulação de armas no país, incluindo equipamento apreendido aos soldados russos, escapando aos controlos regulamentares e levantando receios de um aumento do tráfico internacional de armas.
Um filme partilhado pela polícia nas redes sociais mostra os agentes a arrombarem uma porta e a apreenderem munições e dinheiro.
Segundo o comunicado, os suspeitos podem ser condenados a uma pena de prisão até sete anos de cadeia.
Em setembro do ano passado, a polícia apreendeu mais de 38 mil euros em armas e explosivos na região Kyiv.
Em agosto de 2024, as autoridades detiveram suspeitos de tráfico de armas no oeste da Ucrânia, apreendendo 20 espingardas de assalto, mais de 70 pistolas, dezenas de granadas e 49 mil balas.
Forças russas continuam a aproximar-se de Pokrovsk na Ucrânia
As forças russas continuam a concentrar os seus maiores esforços para conseguir avanços ao longo da linha da frente de Pokrovsk, uma das cidades mais importantes ainda em mãos ucranianas na região oriental de Donetsk.
De acordo com o Estado-Maior de Kyiv, as forças ucranianas repeliram na quarta-feira mais de 60 ataques russos na região, rica em minerais no dia passado. De acordo com o relatório militar ucraniano, um total de 115 confrontos ocorreram ao longo da linha de contacto.
A plataforma de análise de guerra ucraniana DeepState reportou avanços russos em diversas áreas de Donetsk. A ofensiva russa é particularmente intensa no sul e sudoeste da cidade de Pokrovsk, onde os russos continuam a aproximar-se da cidade.
De acordo com o Estado-Maior ucraniano, as forças russas perderam 1.340 soldados em toda a linha da frente na quarta-feira. Além disso, o exército ucraniano afirma ter destruído 12 veículos blindados e 62 sistemas de artilharia do inimigo.
Desconhece-se o número de vítimas em quase três anos de guerra, mas diversas fontes, incluindo a Organização das Nações Unidas, têm admitido que será elevado.
Kyiv acusa Moscovo de executar pelo menos seis soldados ucranianos
A Ucrânia acusou hoje as forças russas de executar pelo menos seis soldados ucranianos desarmados, de acordo com o comissário ucraniano para os direitos humanos, Dmytro Loubinets, que tem mantido um registo das execuções de prisioneiros de guerra.
"Está a circular na Internet outro vídeo de alegados assassinatos cínicos de prisioneiros de guerra ucranianos desarmados pelo exército russo", avançou Loubinets numa mensagem na rede social Telegram.
Loubinets adiantou que o vídeo retrata os soldados russos a "dispararem pelas costas sobre seis soldados ucranianos capturados. O vídeo para quando o sétimo soldado está deitado no chão, sem que ninguém saiba o que lhe aconteceu".
O comissário ucraniano para os direitos humanos afirmou ter contactado a ONU e o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) sobre o caso, dado que os prisioneiros de guerra estão protegidos pela Convenção de Genebra e a sua execução constitui crime de guerra.
A alegada execução dos seis soldados ucranianos já está a ser investigada pelos procuradores ucranianos, informou hoje o gabinete do procurador-geral.
"De acordo com informações preliminares, durante um ataque contra as posições ucranianas em Donetsk, os soldados russos fizeram seis soldados ucranianos prisioneiros e, posteriormente, mataram-nos", afirmou a procuradoria-geral em comunicado.
A Ucrânia tem documentado violações generalizadas das Convenções de Genebra por parte das forças russas desde o início da guerra, incluindo a execução de mais de 100 prisioneiros de guerra só em 2024, de acordo com Lubinets.
Nos últimos meses, os relatos de tortura, assassínio e maus tratos de prisioneiros ucranianos, em especial em Donetsk, têm aumentado.
Em janeiro, a ONU admitiu estar "profundamente preocupada" com o aumento das alegações relativas a execuções sistemáticas de soldados ucranianos levados pelos russos.
Apesar dos combates intensos, Kyiv e Moscovo continuam a trocar regularmente prisioneiros de guerra, bem como os corpos de soldados e civis mortos.
A guerra na Ucrânia foi desencadeada em fevereiro de 2022 pela invasão russa, comandada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
Desconhece-se o número de vítimas civis e militares em quase três anos de combates, mas diversas fontes, incluindo a Organização das Nações Unidas, têm admitido que será elevado.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
Autoridades ordenam retirada de crianças de várias localidades de Kharkiv
As autoridades ucranianas ordenaram a retirada forçada das famílias com crianças de 16 localidades da região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, devido à intensificação dos ataques russos, anunciou hoje o governador.
"No total, 267 crianças e suas famílias devem ser retiradas de 16 localidades" próximas da linha da frente, indicou Oleg Synegubov, governador desta região fronteiriça com a Rússia, na plataforma digital Telegram.
Hoje, uma mulher de 54 anos foi morta na zona por um 'drone' (aeronave não-tripulada) explosivo, segundo o governador.
Kupiansk, que tinha uma população de 24.000 habitantes antes da invasão russa, há quase três anos, foi ocupada pelas forças de Moscovo nos primeiros dias da guerra, antes de ser retomada pelo Exército ucraniano numa contraofensiva relâmpago, no outono de 2022.
Importante nó ferroviário da região, é atravessado pelo rio Oskil, que se tornou uma linha da frente 'de facto' entre as tropas russas e ucranianas.
No início de janeiro, as forças russas conseguiram construir um acesso à ponte na margem ocidental, atravessando o rio a norte da cidade.
As forças de Kiev também estão em apuros na região oriental de Donetsk, em particular em torno de Pokrovsk, uma cidade-chave para a logística militar e a indústria do carvão.
O Exército russo está agora a apenas alguns quilómetros de Pokrovsk, ocupando os flancos sul e leste da cidade, e está também a avançar para oeste, em direção à região vizinha de Dnipropetrovsk e à sua capital, Dnipro.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
No terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
As tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguem o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk, e da recente autorização do então Presidente norte-americano cessante, Joe Biden, à Ucrânia para utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar a Rússia.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
Três mortos em ataque de drone russo na região de Kyiv
Três pessoas morreram e outra ficou ferida na região de Kiev após um ataque com um 'drone' russo que danificou um prédio de 11 andares e destruiu parcialmente casas, três carros e uma loja, segundo a polícia ucraniana.
O ferido, de 26 anos, foi levado para uma clínica onde está a receber tratamento.
Quase todas as noites, a Rússia ataca o território ucraniano com dezenas de 'drones' de longo alcance do Irão.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Ataque ucraniano com drones contra Moscovo paralisa três aeroportos
O presidente da Câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin, relatou hoje que vários drones ucranianos foram abatidos na capital russa e nos arredores, num ataque que levou à suspensão temporária de três aeroportos naquela zona.
O autarca escreveu na sua conta de Telegram que os primeiros drones com destino a Moscovo foram destruídos em Kolomna e Ramenskoe, na região de Moscovo.
"De acordo com os dados preliminares, não há danos ou vítimas no local onde os fragmentos caíram", referiu.
Poucos minutos depois, Sobyanin revelou que mais duas aeronaves não tripuladas foram abatidas em Podolsk, 40 quilómetros a sul de Moscovo.
O presidente da câmara escreveu então sobre mais drones destruídos, desta vez num subúrbio a sul de Moscovo e numa cidade a cerca de 40 quilómetros a norte da cidade.
O ataque provocou a suspensão temporária das operações em três aeroportos da capital russa, noticiou a agência Efe.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
No terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
As tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguem o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk, e da recente autorização do então Presidente norte-americano cessante, Joe Biden, à Ucrânia para utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar a Rússia.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território
Forças ucranianas atacam várias infraestruturas na Rússia
A Ucrânia atacou entre a noite de quinta-feira e hoje uma refinaria e um depósito de combustível na região russa de Ryazan e uma fábrica de componentes eletrónicos para mísseis em Bryansk, na Rússia, segundo as autoridades ucranianas.
"Houve muitas explosões em diferentes regiões da Rússia", declarou o responsável pelo Centro contra a Desinformação do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, Andriy Kovalenko, nas suas redes sociais, sublinhando que a refinaria atacada era uma das mais importantes da indústria petrolífera russa.
"Está localizada na região de Ryazan e desempenha um papel importante no fornecimento de combustível, tanto para civis como para o complexo militar-industrial russo", acrescentou Kovalenko, explicando que a refinaria fornece combustível e outros tipos de produtos para as aeronaves, tanques e navios russos.
Kovalenko relatou um novo ataque à fábrica de Kremni, na região de Bryansk, que produz 'microchips' para mísseis, 'drones' e outras tecnologias militares russas e que já foi atacada pela Ucrânia anteriormente.
Rússia reivindica abate de 120 'drones' ucranianos
O Ministério da Defesa russo declarou hoje que abateu 120 'drones' ucranianos entre a noite de quinta-feira e hoje em doze das suas regiões, num dos maiores ataques deste tipo contra o seu território desde o início do conflito.
O Ministério russo afirmou, num comunicado, que as forças de defesa aérea russas "intercetaram e destruíram" 120 'drones', a maioria destes sobre as regiões russas próximas das fronteiras da Ucrânia, mas também em Moscovo e na Crimeia, uma península ucraniana anexada pela Rússia em 2014.
"As forças de defesa aérea do Ministério da Defesa nos distritos urbanos de Kolomna e Ramenskoe repeliram um ataque com 'drones' que voavam na direção de Moscovo", disse hoje Sergei Sobyanin, presidente da Câmara de Moscovo, na rede social Telegram.
A comunicação social russa reportou danos em diversas regiões.
As autoridades ucranianas disseram hoje que atacaram entre a noite de quinta-feira e hoje uma refinaria e um depósito de combustível na região russa de Ryazan e uma fábrica de componentes eletrónicos para mísseis em Bryansk.
O exército russo intensificou os seus ataques no sul da Ucrânia nos últimos meses e continua a sua ofensiva na frente oriental, nas regiões de Donetsk e Kharkiv, onde as autoridades ucranianas ordenaram a retirada de mil pessoas na quinta-feira.
Com a invasão da Ucrânia pela Rússia prestes a entrar no seu quarto ano no final de fevereiro, ambos os lados estavam a trabalhar intensamente para maximizar as suas posições antes do regresso do Presidente dos EUA, Donald Trump, ao poder, que aconteceu na segunda-feira.
Antes da sua tomada de posse, Donald Trump prometeu acabar com a guerra na Ucrânia imediatamente após a sua tomada de posse.
Já as autoridades ucranianas disseram hoje que pelo menos três pessoas morreram num ataque com 'drones' russos contra um edifício e uma casa na região de Kiev.
"Infelizmente, morreram três pessoas", lamentou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O ataque devastou uma casa na cidade de Brovary, a leste de Kiev, matando um casal, informou o serviço de emergência estatal. O corpo da terceira vítima, um homem, foi encontrado num edifício, que foi fortemente danificado por estilhaços de um 'drone' na cidade de Glevakha, a sudoeste da capital, disse a mesma fonte.
As autoridades publicaram imagens de um edifício de nove andares em chamas e de dezenas de socorristas a trabalhar no local.
O Presidente Zelensky denunciou a negligência dos seus aliados em relação às entregas à Rússia de componentes para 'drones' e mísseis, que continuam apesar das sanções ocidentais.
"A Rússia não teria sido capaz de travar uma guerra se a capacidade dos cúmplices russos de contribuir para este terror tivesse sido realmente limitada", disse.
Kyiv reivindica ataques contra fábricas e refinarias na Rússia
O Exército ucraniano reivindicou hoje ataques contra uma refinaria na região russa de Ryazan, a sul de Moscovo, e a uma fábrica de componentes utilizados na produção de armas na região de Bryansk, a sudoeste da capital russa.
"As forças de defesa ucranianas atingiram alvos importantes dos ocupantes (Rússia) nas regiões de Ryazan e Bryansk", afirmou o Estado-Maior ucraniano em comunicado.
O ataque ocorrido hoje com drones terá provocado incêndios em duas instalações petrolíferas em Ryazan que abastecem de combustível o Exército russo e uma fábrica de micro componentes em Bryansk também foi alegadamente atingida.
Segundo Kyiv trata-se de uma das principais empresas da indústria microeletrónica russa que produz componentes para os sistemas de mísseis e aviões de combate que Moscovo utiliza para atacar a Ucrânia.
"A destruição de instalações que fornecem combustível, lubrificantes e equipamento militar ao Exército de ocupação russo vai continuar até que a agressão armada contra a Ucrânia seja completamente travada", refere ainda o Exército ucraniano.
Kyiv anuncia repatriamento de corpos de 757 soldados ucranianos mortos
As autoridades de Kyiv anunciaram hoje que 757 corpos de soldados ucranianos mortos em combate foram devolvidos pela Rússia à Ucrânia, no maior repatriamento desde o início da guerra.
"Os corpos de 757 defensores caídos foram devolvidos à Ucrânia", disse a Sede de Coordenação para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra na rede social Telegram.
O organismo estatal ucraniano que se ocupa dos prisioneiros de guerra explicou num comunicado que a maioria dos corpos se encontrava na parte ocupada pela Rússia da região de Donetsk, no leste da Ucrânia.
Outros foram repatriados da parte ocupada de Zaporijia (leste) e alguns regressaram de morgues no interior da Federação Russa.
Numerosas estruturas militares e civis estiveram envolvidas no processo que conduziu à devolução dos corpos, mais uma vez com a mediação do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
Retirada forçada de famílias com crianças por avanço de tropas russas
As autoridades ucranianas anunciaram hoje novas retiradas obrigatórias de famílias com crianças na região oriental de Donetsk, onde as tropas russas continuam a avançar.
Este anúncio surge um dia depois de uma decisão semelhante das autoridades da região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, ilustrando a situação dramática do Exército ucraniano, que perde terreno diariamente após quase três anos de invasão russa.
"Decidimos iniciar a retirada obrigatória de famílias com crianças" em 25 pequenas localidades situadas perto da cidade de Pokrovsk, o principal alvo do Exército russo nesta zona, e em torno da aldeia de Komar, mais a sul, escreveu o governador da região de Donetsk na plataforma digital Telegram.
No total, 110 crianças vivem ainda nesse setor, indicou o governador, Vadym Filachkin.
"Hoje, quando o inimigo intensificou o bombardeamento da região de Donetsk e as pessoas estão a sofrer e a morrer todos os dias, peço aos pais que encarem a retirada de forma muito responsável", instou o governador no comunicado.
"As crianças devem viver em paz e sossego e não ter de se proteger de bombardeamentos", acrescentou.
As tropas russas, mais bem armadas e mais numerosas que os soldados ucranianos, avançam há mais de um ano na frente Leste, tendo a sua progressão acelerado fortemente desde o outono passado, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk, e da recente autorização do então Presidente norte-americano cessante, Joe Biden, à Ucrânia para utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar a Rússia.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
Putin "espera" telefonema de Trump 'para' acabar com guerra na Ucrânia
O Kremlin explicou que está à espera de um "sinal", nomeadamente, de um telefonema de Washington para falar sobre o fim da guerra na Ucrânia. "Putin está pronto" para 'atender', diz o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, está pronto para conversar com o seu homólogo Donald Trump, depois de este último ter dito que queria acabar com a guerra na Ucrânia.
A informação foi confirmada esta sexta-feira pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que, em conferência de imprensa, adiantou que estava à espera do telefonema de Trump, que assumiu a presidência dos Estados Unidos esta semana.
"Putin está pronto. Estamos à espera de um sinal (de Washingont]. Todos estão prontos. Assim que houver alguma coisa, se é que vai haver, vamos informar-vos", explicou Peskov.
Putin espera telefonema, mas preferia encontrar-se com Trump
Já durante uma entrevista à televisão estatal russa, esta sexta-feira, foi o próprio presidente da Rússia quem manifestou a vontade não só de falar com Trump, como de se encontrar com ele.
"Seria bom se nos encontrássemos, tendo em conta a realidade atual, e discutíssemos calmamente todas as questões que são do interesse tanto dos Estados Unidos como da Rússia", começou por referir.
Putin acrescentou que Moscovo tomou nota da disponibilidade de Trump para "trabalhar em conjunto" e está aberta a esse cenário, reconhecendo que a Rússia pode ter "muitos pontos de acordo" com o novo governo norte-americano.
"Em geral, é claro, podemos ter muitos pontos de acordo com a administração atual, procurando soluções para questões-chave atuais. Estas são questões de estabilidade estratégica e económicas", disse Putin.
Putin - que disse ter relações de confiança com o novo presidente dos EUA - insistiu estar aberto ao diálogo sobre a Ucrânia, mas reiterou que Kyiv tem um decreto que inibe o começo dessas negociações com a Rússia.
"Acredito que aqueles que pagam dinheiro ]para armar a Ucrânia] devem ser forçados a fazê-lo [negociar com Moscovo]", acrescentou Putin.
Na mesma conferência de imprensa Peskov deu conta de que Moscovo queria cortar o uso de armas nucleares, mas disse que não era uma conversa tão 'fácil' assim. "Já falámos sobre esse interesse antes, por isso a bola está do lado dos EUA, que pararam todos os contatos substantivos com o nosso país", explicou o porta-voz do Kremlin.
As declarações surgem depois de Trump dizer, na quinta-feira: "Gostaríamos de ver a desnuclearização [...] e digo-vos que o presidente Putin gostou muito da ideia de reduzir o nuclear. E penso que teríamos conseguido que o resto do mundo o seguisse, e a China também".
"Todos barbeados". Os norte-coreanos descritos pelas tropas de Kyiv
As tropas norte-coreanas têm um equipamento melhor do que o de muitos russos e só se deslocam a pé. Mas, há um detalhe curioso: "Só tinham munições e chocolate" como mantimentos.
Soldados ucranianos revelaram alguns detalhes sobre os norte-coreanos que encontraram no campo de batalha, mais especificamente na região russa de Kursk. São descritos como "muito arranjados", "disciplinados", alvos de uma "lavagem cerebral" e preocupados em eliminar as provas da sua presença na zona de guerra.
"Estavam todos barbeados e perfeitamente arranjados, como modelos", disse um comandante das forças especiais ucranianas à Sky News, que se identificou com o nome de código 'Puls'.
"Todos eles - sem barba, cabelo despenteado ou carecas... Também era difícil determinar a sua idade. Pareciam todos ter entre 25 e 35 anos, talvez até 40", acrescentou.
Foi também identificada uma falta de consciência sobre ameaças de drones e de artilharia, com os soldados a atacarem a pé, "como algo saído da Segunda Guerra Mundial".
Além disso, fala-se também numa "lavagem cerebral" que os faz avançar, apesar de estarem sob fogo ucraniano. Há alguma recusa para que sejam capturados vivos, tendo sido vistos a explodir-se com granadas e a gritar "pelo general Kim Jong-un".
Tentam também eliminar as provas da sua presença na guerra. Foram vistos a tentar recuperar os feridos e mortos e as identificações encontradas eram russas.
As tropas norte-coreanas têm um equipamento melhor do que o de muitos russos e só se deslocam a pé e utilizam carrinhos de golfe para transportar munições. Mas, há um detalhe curioso: "Só tinham munições e chocolate" como mantimentos, segundo um soldado também ouvido pela Sky News.
"Nem um único soldado tinha uma garrafa de água", disse o soldado, que se identificou como 'Trainer'. "Eles confiam na ideia de que vão invadir, tomar posições e depois comer e sobreviver com os nossos mantimentos", acrescentou.
Trainer encontrou "cartas, cadernos, notas" e "mapas desenhados à mão". "Havia fotografias de crianças, mães, cartas que tentaram enviar para casa", sublinhou, referindo que as notas davam a entender que estariam a tentar aprender com a sua exposição à guerra moderna.
"É a experiência que estão a acumular para o seu país, para os conflitos que poderão enfrentar no futuro", afirmou. "São muito mais disciplinados, com uma moral e uma determinação excepcionais - de facto, sofreram uma lavagem cerebral completa", descreveu ainda.
Recorde-se que a Ucrânia, os Estados Unidos e a Coreia do Sul acusam a Coreia do Norte, país com armas nucleares, de ter enviado mais de 10 mil soldados para ajudar as forças russas.
UE renova sanções à Rússia que estavam em risco de caducar
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) renovaram hoje as sanções impostas à Rússia na sequência da invasão da Ucrânia, há quase três anos, e que iriam caducar em 31 de janeiro.
"A Europa cumpre o prometido: os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE acabaram de concordar em alargar novamente as sanções contra a Rússia", escreveu a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, numa mensagem divulgada na rede social Bluesky.
"Esta medida continuará a privar Moscovo de receitas para financiar a sua guerra", acrescentou, salientando que "a Rússia tem de pagar pelos danos que está a causar".
Os 27 conseguiram ultrapassar as reticências da Hungria, uma vez que a aprovação tinha de ser por unanimidade dos Estados-membros.
Os 15 pacotes de sanções já adotados pela UE caducariam em 31 de janeiro se os ministros não tivessem chegado a um acordo para a sua renovação.
Portugal está representado na reunião pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Inês Domingos.
Uma centena de drones causaram danos em sete regiões da Ucrânia
A Rússia lançou na noite de segunda-feira uma centena de 'drones' contra o território ucraniano, que causaram danos em sete regiões do país, declarou hoje a força aérea ucraniana.
Segundo as autoridades ucranianas, 65 'drones' iranianos Shahed e outros modelos aparelhos aéreos não tripulados foram abatidos pelas defesas aéreas do país.
Outros 28 'drones' foram neutralizados devido à interferência eletrónica provocada pelas forças ucranianas e não causaram danos.
Como resultado do ataque, empresas privadas, infraestruturas públicas, edifícios residenciais, casas e veículos sofreram danos nas regiões de Odessa (sul), Kyiv e Chernihiv (norte), Sumy e Kharkiv (nordeste), Poltava e Cherkasy (centro).
Houve cortes de eletricidade na cidade de Uman, na região de Cherkasy, devido ao ataque, mas as linhas de energia já foram reparadas.
Várias pessoas ficaram feridas e receberam assistência médica nas zonas afetadas.
Ataques russos matam cinco pessoas no sul e leste da Ucrânia
Cinco pessoas morreram nas regiões de Kherson e Mykolaiv, no sul da Ucrânia, e em Donetsk, no leste do país, devido a fogo de artilharia e bombardeamentos das forças da Rússia, disseram hoje as autoridades.
De acordo com as autoridades de Kherson, os ataques russos causaram dois mortos e 14 feridos, durante a madurgada, na parte da região a oeste do rio Dnieper, que está sob controlo da Ucrânia.
No caso de Mykolaiv, o governador Vitali Kim disse que um míssil balístico russo Iskander-M atingiu uma fábrica de alimentos, causando a morte de duas trabalhadoras, de 54 e 56 anos.
Também na terça-feira à noite, os ataques russos causaram a morte de um outro civil no distrito de Pokrovsk, na região de Donetsk (leste), onde a Rússia concentra os maiores esforços para continuar a ganhar terreno na frente de batalha.
Por outro lado, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou hoje que abateu 104 drones ucranianos em nove regiões, um dos maiores ataques deste tipo em território russo desde o início do conflito.
Todas as 104 aeronaves foram "intercetadas e destruídas pelos sistemas de defesa aérea" durante a noite, incluindo 47 - o maior número - na região de Kursk, de acordo com a mensagem do ministério, publicada na plataforma Telegram.
A Ucrânia afirma controlado centenas de quilómetros quadrados em Kursk, desde uma ofensiva surpresa lançada em agosto.
Kyiv intensificou os ataques aéreos contra instalações militares e energéticas russas nos últimos meses, numa resposta ao bombardeamento da Rússia contra cidades e a rede eléctrica ucranianas.
Na região de Belgorod, onde quatro aeronaves ucranianas foram intercetadas, um civil ficou ferido numa zona residencial na cidade de Graivoron por drones e foi hospitalizado, disse o governador regional Vyacheslav Gladkov.
Na região de Nizhny Novgorod, os destroços de um drone provocaram um incêndio numa refinaria.
"Os bombeiros estão a combater o incêndio neste momento. De acordo com os relatórios iniciais, ninguém ficou ferido", disse no Telegram o governador regional Gleb Nikitin.
Outros 11 drones foram intercetados na região de Smolensk, incluindo um "durante uma tentativa de ataque a uma instalação nuclear" que não causou qualquer dano, disse o governador local, Vasily Anokhine, no Telegram.
Os ataques surgiram horas depois do Presidente russo, Vladimir Putin, ter garantido que está aberto a negociar a paz, mas rejeitando conversações diretas com o homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, por considerar que o fim do seu mandato o torna ilegítimo.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste do país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
Ucrânia diz ter atacado a quarta maior refinaria da Rússia
A Ucrânia atacou a quarta maior refinaria da Rússia, disse o responsável do Centro contra a Desinformação do Conselho de Segurança Nacional e Defesa ucraniano, Andriy Kovalenko.
O dirigente disse que o ataque, lançado durante a madrugada, teve como alvo uma refinaria, localizada na cidade de Kstovo, na região de Nizhny Novgorod, no oeste da Rússia, processava entre 15 e 17 milhões de toneladas de petróleo por ano para produzir gasolina, gasóleo, combustível para aviação e alcatrão.
"Quanto menor for a refinação, menos combustível e outros recursos terão os russos", acrescentou Kovalenko, que descreveu as infraestruturas como importantes para o exército da Rússia.
Pouco antes, o governador da região de Nizhny Novgorod, Gleb Nikitin, tinha dito que os destroços de um drone abatido pela defesa aérea russa provocaram um incêndio numa refinaria.
"Os bombeiros estão a combater o incêndio neste momento. De acordo com os relatórios iniciais, ninguém ficou ferido", disse o dirigente, na plataforma de mensagens Telegram.
Kyiv intensificou os ataques aéreos contra instalações militares e energéticas russas nos últimos meses, numa resposta ao bombardeamento da Rússia contra cidades e a rede eléctrica ucranianas.
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou hoje que abateu 104 drones ucranianos em nove regiões, um dos maiores ataques deste tipo em território russo desde o início do conflito.
Todas as 104 aeronaves foram "intercetadas e destruídas pelos sistemas de defesa aérea" durante a noite, incluindo 47 - o maior número - na região de Kursk, de acordo com a mensagem do ministério, publicada no Telegram.
A Ucrânia afirma controlado centenas de quilómetros quadrados em Kursk, desde uma ofensiva surpresa lançada em agosto.
Na região de Belgorod, onde quatro aeronaves ucranianas foram intercetadas, um civil ficou ferido numa zona residencial na cidade de Graivoron por drones e foi hospitalizado, disse o governador regional Vyacheslav Gladkov.
Outros 11 drones foram intercetados na região de Smolensk, incluindo um "durante uma tentativa de ataque a uma instalação nuclear" que não causou qualquer dano, disse o governador local, Vasily Anokhine, no Telegram.
Na direção oposta, cinco pessoas morreram nas regiões de Kherson e Mykolaiv, no sul da Ucrânia, e em Donetsk, no leste do país, devido a fogo de artilharia e bombardeamentos das forças da Rússia, disseram hoje as autoridades ucranianas.
Os ataques surgiram horas depois do Presidente russo, Vladimir Putin, ter garantido que está aberto a negociar a paz, mas rejeitando conversações diretas com o homólogo ucraniano, por Volodymyr Zelensky já ter terminado o mandato.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste do país vizinho, independente desde 1991 e que tinha vindo a afastar-se de Moscovo e a aproximar-se do Ocidente.
"Putin voltou a confirmar que tem medo de negociações e líderes fortes"
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje o chefe de Estado russo têm medo de negociações e de líderes fortes e voltou a acusar Vladimir Putin de querer prolongar a guerra indefinidamente.
"Hoje, Putin voltou a confirmar que tem medo de negociações e de líderes fortes e que está a fazer tudo o que é possível para prolongar a guerra", afirmou Zelensky através das redes sociais.
O Presidente ucraniano escreveu a mensagem depois de Putin o ter acusado de não ter legitimidade para assinar um acordo de paz com a Rússia, uma vez que o mandato expirou em maio do ano passado e que, desde então, não convocou eleições.
A Constituição ucraniana proíbe a realização de eleições enquanto se encontrar em vigor a lei marcial.
"Todos os movimentos que faz e os truques cínicos procuram tornar esta guerra interminável", escreveu Zelensky referindo-se a Putin.
Zelenski apelou ainda aos líderes mundiais para que não repitam os "erros do passado" em relação à Rússia.
"Putin tem capacidades significativas para minar a estabilidade global, mas é demasiado fraco para resistir à pressão real de líderes fortes", escreveu sem especificar mas frisando que é preciso atuar de forma decisiva e unida.
"A paz é possível se a Rússia for forçada a isso", reiterou o chefe de Estado ucraniano.
Ucrânia. Caças romenos levantam voo após deteção de drones russos
A Roménia acionou dois caças bombardeiros F-16 durante as primeiras horas da manhã após ser detetado 'drones' russos em território ucraniano que se dirigiam à fronteira romena, anunciou o Ministério da Defesa.
Os aviões da Roménia - país membro da União Europeia (UE) e da NATO - regressaram à sua base, no sudeste do país, após duas horas de patrulha. Os dados dos radares não indicaram qualquer aeronave a entrar no espaço aéreo romeno.
As autoridades romenas emitiram uma mensagem alertando a população do distrito de Tulcea, perto da fronteira com a Ucrânia, para o risco de queda de objetos e instruíram ainda os seus cidadãos a abrigarem-se em caves ou abrigos e, se tal não fosse possível, que permanecessem em casa e longe das janelas.
Em comunicado, o Ministério da Defesa romeno condenou os "ataques levados a cabo pela Federação Russa contra alvos civis e infraestruturas ucranianas", considerando-os "injustificados e em séria contradição com as normas do direito internacional".
As autoridades romenas estão a inspecionar a região em busca de possíveis destroços de 'drones' em solo romeno e reportaram o incidente à NATO.
Não é a primeira vez que a Roménia coloca as suas defesas em alerta devido à presença próxima ou mesmo dentro do seu espaço aéreo de 'drones', que a Rússia utiliza para atacar as infraestruturas na Ucrânia, ou devido à queda destes aparelhos aéreos não tripulados no seu território.
Rússia opera drones na Ucrânia com comandos da PlayStation? UE diz que sim e quer impedi-lo!
A União Europeia (UE) acredita que a Rússia está a utilizar comandos da PlayStation para operar drones na Ucrânia, planeando impedi-lo com novas sanções.
Numa reunião com os meios de comunicação social, a vice-presidente da Comissão Europeia, Kaja Kallas, afirmou que a UE poderia impor sanções para impedir a venda de consolas de videojogos na Rússia. Conforme partilhou, o exército de Vladimir Putin tem utilizado estes dispositivos para atacar alvos em Kiev.
Estamos a analisar todos os tipos de coisas que ajudam a Rússia a combater nesta guerra e a colocá-las na lista de sanções.
Afirmou a vice-presidente da Comissão Europeia, acrescentando que está a ser negociada com outros Estados a inclusão de consolas e periféricos, como comandos e controladores especiais, uma vez que são utilizados pelos soldados russos para operar drones.
Embora a vice-presidente da Comissão Europeia não tenha dado pormenores sobre os produtos que serão proibidos, informação do Financial Times aponta que a UE vai, também, proibir a venda de produtos químicos e restringir a importação de alumínio.
Ainda que a PlayStation, a Xbox e a Nintendo tenham cortado relações com a Rússia aquando do início da guerra, os utilizadores do país nunca perderam totalmente o acesso a consolas como a PlayStation 5, a Xbox Series e a Nintendo Switch.
A venda de videojogos, tal como de outros bens sancionados, é obtida através de intermediários.
Podem os comandos de consola operar drones durante a guerra?
A utilização de comandos de videojogos para operar drones é uma prática, aparentemente, comum. Afinal, o utilizador pode sincronizar um comando DualSense ou Xbox Series, por via de Bluetooth ou utilizar um adaptador para o ligar diretamente às portas de comando.
Além disso, os soldados russos podem modificar o firmware do drone para torná-lo compatível com um comando específico.
Pela ergonomia dos comandos de consola, uma das suas vantagens reside na precisão de efetuar manobras complexas com um drone, facilitando a operação à distância.
Embora a medida da UE procure impedir o acesso da Rússia a estes dispositivos, a verdade é que as sanções impostas desde 2022 não tiveram o efeito esperado. Afinal, a Rússia obtém recursos através dos seus parceiros comerciais, sendo a China o principal fornecedor de tecnologia estrangeira.
Australiano dado como morto na guerra na Ucrânia está, afinal, vivo
Em dezembro do ano passado, circulou um vídeo nas redes sociais que mostrava o australiano rodeado por tropas russas, no leste da Ucrânia.
Oscar Jenkins, um cidadão australiano dado como morto pelas tropas russas na guerra na Ucrânia, está, afinal, vivo. A informação foi avançada esta quarta-feira pela ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Penny Wong, que adiantou que Jenkins, de 32 anos, continua como "prisioneiro de guerra".
"O governo australiano recebeu confirmação da Rússia de que Oscar Jenkins está vivo e sob custódia", adiantou Wong, citada pela imprensa internacional, vendo com "preocupação" o facto de o professor, sem formação militar, ser um "prisioneiro de guerra".
"Tornámos claro à Rússia, em Camberra e em Moscovo, que o Sr. Jenkins é um prisioneiro de guerra e que a Rússia é obrigada a tratá-lo de acordo com o direito humanitário internacional, incluindo um tratamento humano", frisou.
A ministra garantiu ainda que, "se a Rússia não fornecer ao Sr. Jenkins as proteções a que tem direito ao abrigo do direito internacional humanitário", terá uma resposta "inequívoca".
Oscar Jenkins, natural de Melbourne viajou para a Ucrânia e alistou-se para combater com o exército ucraniano, em 2024.
Em dezembro do ano passado, circulou um vídeo nas redes sociais que mostrava o australiano rodeado por tropas russas, no leste da Ucrânia.
Estava vestido com um uniforme militar, com as mãos atadas e o rosto sujo, enquanto era agredido por alguém que lhe fazia perguntas em russo.
Em resposta, identificou-se como Oscar Jenkins, de 32 anos, e disse que era um professor de biologia e que viveu na Austrália e na Ucrânia.