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Ucrânia. Alemanha confirma entrega de um dos maiores pacotes de armamento
A Alemanha confirmou o fornecimento à Ucrânia de uma série de armas e equipamentos militares, incluindo 15 tanques Leopard 1 A5, 30 veículos blindados resistentes a minas e 52 mil projéteis de artilharia de 155 mm.
A entrega das armas fez deste um dos maiores pacotes de assistência militar da Alemanha desde o início da invasão russa, informou a agência noticiosa ucraniana Ukrinform, citando a lista online de armas e equipamento militar que o governo alemão atualizou hoje .
O pacote incluía também um sistema IRIS-T SLM e um IRIS-T SLS com mísseis (foram entregues seis sistemas no total), cuja entrega foi confirmada anteriormente pelos líderes dos países, bem como dois lançadores de sistemas de defesa aérea "Patriot", dois radares aerotransportados e dois canhões antiaéreos autopropulsados Gepard, com 65.000 cartuchos.
Foram também entregues um obus de propulsão própria PzH 2000, cinco sistemas de desminagem controlados remotamente e uma quantidade não especificada de munições para os tanques Leopard 2 e Leopard 1, bem como vários drones, metralhadoras, espingardas de precisão e outros tipos de armas, equipamentos e munições.
No total, a República Federal da Alemanha concedeu ou comprometeu-se a conceder até à data 28 mil milhões de euros de ajuda militar à Ucrânia, segundo o governo.
Tribunal russo condena homem por sabotagem ferroviária em nome da Ucrânia
Um tribunal militar russo anunciou hoje ter condenado a 22 anos de prisão um homem acusado de, alegadamente, ter sabotado uma linha ferroviária em 2023 na Crimeia, península anexada pela Rússia há dez anos, em nome da Ucrânia.
Pavel Levtchenko foi acusado de ter provocado "duas explosões durante a passagem de comboios de mercadorias", declarou o Tribunal Militar do Distrito Sul, num comunicado.
O tribunal, com sede em Rostov-on-Don, no sudoeste da Rússia, afirmou que Levtchenko planeava novas sabotagens e que estava a agir sob ordens da Ucrânia.
Segundo o tribunal, Levtchenko foi recrutado e treinado pelos serviços de segurança ucranianos (SBU), tendo depois sido enviado para a Crimeia para cometer "atos de terrorismo".
A Rússia anexou esta península ucraniana em 2014.
Pavel Levchenko foi considerado culpado e condenado a 22 anos de prisão, segundo o tribunal.
Desde 2022, as autoridades russas têm vindo a aumentar o número de detenções sob a acusação de "espionagem", "traição", "sabotagem", "extremismo" e "descrédito do exército", resultando frequentemente em penas de prisão muito pesadas.
Mas os julgamentos são frequentemente realizados à porta fechada e são poucos os pormenores dos casos tornados públicos.
Desde fevereiro de 2022, milhares de pessoas foram punidas, ameaçadas ou presas devido à sua oposição ao conflito.
Rússia reivindica novos avanços no leste da Ucrânia
A Rússia reivindicou hoje novos avanços no leste da Ucrânia com a tomada da localidade de Guigant, na região de Donetsk, principal foco das movimentações militares russas nos últimos meses.
Moscovo, 26 dez 2024 (Lusa) -- A Rússia reivindicou hoje novos avanços no leste da Ucrânia com a tomada da localidade de Guigant, na região de Donetsk, principal foco das movimentações militares russas nos últimos meses.
"Como resultado das ações das unidades do grupo de forças do Sul, a localidade de Guigant, na República Popular de Donetsk, foi libertada", disse o Ministério da Defesa russo num comunicado citado pela agência espanhola Europa Press.
O ministério anunciou igualmente combates junto a Seversk, Kurakhovo, Chasiv Yar e Druzhkovka, também em Donetsk, onde as forças ucranianas "foram derrotadas", com cerca de 230 baixas, entre mortos e feridos.
Donetsk é uma das regiões que a Rússia declarou como anexadas ao seu território desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, juntamente com Lugansk, Zaporijia e Kherson, depois de ter feito o mesmo à Crimeia, em 2014.
A Ucrânia não comentou as informações do Ministério da Defesa russo, mas anunciou que atacou uma fábrica russa na região de Rostov que produz combustível para mísseis balísticos.
A força aérea disse num comunicado que a fábrica produz combustível sólido para mísseis balísticos utilizados para atacar as infraestruturas civis da Ucrânia, como hospitais, edifícios residenciais e centrais elétricas.
"O ataque faz parte de uma campanha global para enfraquecer a capacidade das forças armadas da Federação Russa de levar a cabo ataques terroristas contra cidadãos pacíficos da Ucrânia", disseram as forças de Kiev, segundo a agência espanhola EFE.
Kiev anunciou também que a Rússia lançou hoje mais de 30 'drones' de longo alcance contra várias regiões da Ucrânia, um dos quais, na cidade de Nikopol, provocou seis feridos.
Segundo as autoridades locais, o 'drone' atingiu o mercado central da cidade da região de Dnipropetrovsk.
"Todos os feridos foram hospitalizados. As mulheres, de 39, 63 e 64 anos, estão em estado grave. Os restantes estão em estado moderado", disse o chefe da administração militar regional, Sergui Lisak, nas redes sociais.
Segundo Lisak, a cidade da frente foi também atingida duas vezes pela artilharia russa durante a noite e pelo menos três edifícios residenciais e uma linha elétrica foram danificados.
As tropas russas atacam regularmente Nikopol a partir do território de Energodar, do outro lado do rio Dniepre, que a Rússia capturou em fevereiro de 2022, juntamente com a central nuclear de Zaporijia.
Quanto aos restantes 'drones', alguns de fabrico iraniano, a força aérea ucraniana disse que abateu pelo menos 20 nas regiões de Kharkiv, Kiev, Chernigiv e Dnipropetrovsk, enquanto 11 desapareceram dos radares sem causar danos.
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
A guerra foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia ordenada pelo Presidente Vladimir Putin para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.
Desconhece-se o número de vítimas civis e militares em quase três anos de combates, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.
Justiça russa condena mulher a 15 anos de prisão por alta traição
Uma residente de Sebastopol, na Crimeia anexada, foi condenada a 15 anos de prisão por "alta traição" em benefício da Ucrânia, anunciou hoje a Procuradoria-Geral russa num comunicado.
A mulher, Oksana Senedjouk, especialista-chefe do Instituto de Investigação e Design de Planeamento Urbano e Arquitetura de Sebastopol, foi considerada culpada de "alta traição" pelo tribunal municipal desta cidade portuária nas margens do Mar Negro, de acordo com o comunicado.
Foi condenada a 15 anos de prisão e multada em 200.000 rublos (cerca de 1.900 euros), disse a procuradoria russa.
"Foi estabelecido que Senedjouk foi recrutada por um agente dos serviços especiais ucranianos" que trabalhou na administração local antes de partir para a Ucrânia em 2015, disse o Ministério Público.
Este homem manteve-se, no entanto, em contacto com Oksana Senedjouk, afirmou.
Em março de 2023, ela entregou, "sob as suas ordens", informações e fotografias que permitiam a localização de navios pertencentes à frota russa do Mar Negro, cujo porto de origem é Sebastopol, segundo o comunicado.
Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, os processos por "traição", "terrorismo", "sabotagem" ou "espionagem", que implicam sempre penas pesadas, multiplicaram-se na Rússia.
Milhares de pessoas também foram punidas, ameaçadas ou presas devido à sua oposição ao conflito na Ucrânia.
Kyiv avança que tropas norte-coreanas sofreram pesadas perdas
As tropas norte-coreanas aliadas de Moscovo estão a sofrer pesadas perdas nos combates na região fronteiriça russa de Kursk e enfrentam dificuldades logísticas como resultado dos ataques ucranianos, avançaram hoje os serviços de informações militares da Ucrânia.
As autoridades militares ucranianas reivindicam que os ataques conduzidos pelas suas forças perto de Novoivanovka estão a infligir pesadas baixas às unidades norte-coreanas, acrescentando que estas também estão a enfrentar problemas de abastecimento e de acesso a água potável.
No início da semana, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já tinha avançado que três mil soldados norte-coreanos foram mortos e feridos nos combates na região de Kursk.
Esta foi a primeira estimativa da Ucrânia sobre as baixas norte-coreanas, várias semanas depois de Kiev ter anunciado que a Coreia do Norte tinha enviado 10.000 a 12.000 soldados para a Rússia, para ajudar no esforço de guerra.
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
As forças ucranianas, que enfrentam a invasão russa desde fevereiro de 2022, contra-atacaram em agosto passado e invadiram a região russa de Kursk, junto à fronteira, mantendo ainda o controlo sobre parte da região.
A Rússia tem desde então tentado expulsar o exército ucraniano do seu território, mas ainda não o conseguiu fazer na totalidade, apesar de ter recebido a ajuda de soldados enviados pela Coreia do Norte nos últimos meses.
Ao mesmo tempo, a Rússia tem procurado quebrar a resistência da Ucrânia com vagas de ataques com mísseis de cruzeiro e de 'drones' contra a rede elétrica ucraniana e contra outras infraestruturas vitais.
O mais recente ataque aconteceu na manhã do dia de Natal, envolvendo 78 mísseis e 106 'drones', que atingiu instalações energéticas e levou os ucranianos a abrigarem-se em estações de metro.
Hoje, a Rússia voltou a atacar a Ucrânia com 31 'drones', 20 dos quais foram abatidos e outros 11 não atingiram o alvo.
Rússia acusa serviços secretos ucranianos de ataques incendiários
A Rússia acusou hoje os "serviços secretos ucranianos" de estarem por detrás de cerca de 50 ataques incendiários e ataques com explosivos que atingiram edifícios administrativos na Rússia em dezembro.
De 18 a 26 de dezembro, "foram registados 55 crimes deste tipo" e a polícia deteve 44 pessoas suspeitas, segundo um comunicado de imprensa do Ministério do Interior russo.
"São os serviços secretos ucranianos que estão por detrás da organização de tais crimes", assegurou o ministério, acusando-os de utilizarem métodos de "pressão psicológica" e manipulação.
De acordo com Moscovo, os russos envolvidos nestes crimes são na maioria das vezes reformados, adolescentes ou estudantes, à procura de "dinheiro fácil".
Esses cidadãos russos "agiram sob ordens" de agentes ucranianos que comunicaram com eles por telefone ou através de mensagens 'online', segundo o comunicado, que acrescenta que lhe terão sido prometidas remunerações ou, pelo contrário, ter-lhes-á sido retirado dinheiro através de fraude, com promessas de devolução na condição de que cometessem estes crimes.
Os suspeitos, se forem condenados, podem enfrentar até 20 anos de prisão, segundo o Ministério.
Os ataques visaram edifícios administrativos, veículos da polícia, bancos ou postos de correio em várias regiões russas, nomeadamente em Moscovo e São Petersburgo, mas também na Sibéria.
Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, multiplicaram-se na Rússia os julgamentos por "traição", "terrorismo", "sabotagem" ou "espionagem", que sempre acarretam penas pesadas.
Milhares de pessoas na Rússia foram sancionadas ou presas pela sua oposição ao conflito na Ucrânia.
As organizações não-governamentais independentes e os meios de comunicação social dizem que os serviços de segurança russos costumam recorrer à tortura ou a ameaças para extrair confissões.
Soldado norte-coreano capturado por Kyiv morreu devido aos ferimentos
O soldado norte-coreano capturado pelas forças ucranianas na região russa de Kursk morreu na sequência dos ferimentos que sofreu, anunciaram hoje os serviços secretos da Coreia do Sul.
"Foi confirmado, através de uma agência de inteligência aliada, que o soldado norte-coreano capturado vivo em 26 de dezembro morreu em consequência do agravamento dos ferimentos", declararam os serviços de inteligência, citados pela agência de notícias francesa AFP.
Os serviços secretos sul-coreanos tinham anunciado horas antes a captura do soldado norte-coreano pelas forças da Ucrânia, o que aconteceu pela primeira vez.
A confirmação de Seul surgiu depois de o portal noticioso ucraniano Militarnyi ter noticiado na quinta-feira a captura do militar da Coreia do Norte durante uma operação na região de Kursk, na linha da frente ocidental da Rússia.
As forças ucranianas, que enfrentam uma invasão russa desde fevereiro de 2022, contra-atacaram em agosto passado e invadiram a região russa de Kursk, junto à fronteira, mantendo ainda o controlo sobre parte da região.
A Rússia tem desde então tentado expulsar o exército ucraniano, mas ainda não o conseguiu fazer na totalidade, apesar de ter recebido a ajuda de soldados enviados pela Coreia do Norte nos últimos meses.
Mil soldados norte-coreanos mortos ou feridos numa semana em Kursk
Cerca de mil soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos na última semana em combates contra as forças ucranianas na região russa de Kursk, de acordo com estimativas hoje divulgadas dos EUA.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que os soldados norte-coreanos que apoiam a Rússia estão a lançar grandes ataques contra as forças ucranianas, mas são menos eficazes do que o previsto.
"A nossa estimativa é que, até ao momento, tenham sofrido mais de 1.000 mortos ou feridos neste combate, só na última semana", acrescentou o porta-voz, esclarecendo que os líderes militares russos estão a "tratar essas tropas como dispensáveis e a ordenar-lhes que conduzam ataques inúteis às defesas ucranianas".
"Estes soldados norte-coreanos parecem ser altamente doutrinados, realizando ataques mesmo quando é claro que estes são inúteis", explicou o funcionário da Casa Branca.
Os serviços de informação dos EUA também têm relatos de soldados norte-coreanos que tiraram a própria vida para evitar a captura pelas forças ucranianas, provavelmente "por medo de retaliação contra as suas famílias na Coreia do Norte", disse Kirby.
Segundo Kyiv, a Coreia do Norte tinha enviado entre 10 mil e 12 mil soldados para a Rússia, para ajudar no esforço de guerra.
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
As forças ucranianas, que enfrentam uma invasão russa desde fevereiro de 2022, contra-atacaram em agosto passado e invadiram a região russa de Kursk, junto à fronteira, mantendo ainda o controlo sobre parte da região.
O porta-voz explicou ainda que nos próximos dias os Estados Unidos vão aprovar um novo pacote de armamento para a Ucrânia.
Vários soldados norte-coreanos morreram na Ucrânia após serem capturados
Vários soldados norte-coreanos feridos morreram hoje na Ucrânia depois de terem sido feitos prisioneiros, anunciou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusando a Rússia de ter oferecido a estes militares apenas "uma proteção mínima".
"Vários soldados norte-coreanos morreram hoje. Os nossos soldados conseguiram capturá-los. Mas ficaram gravemente feridos e não puderam ser salvos", indicou o líder ucraniano no seu discurso diário, lamentando "a loucura de que as ditaduras são capazes", ao enviar militares para morrer "em batalhas na Europa".
"Eles sofreram muitas perdas. Muitas. E vemos que os militares russos e os supervisores norte-coreanos não estão minimamente interessados ??na sobrevivência destes coreanos", criticou Zelensky, acrescentando que "está a ser feito tudo para impossibilitar a captura" destes militares e que os "russos estão a enviá-los para a frente com proteção mínima".
Mais de mil soldados norte-coreanos destacados para a Rússia para combater a Ucrânia e usados ????como tropas "sacrificáveis" foram mortos ou feridos em ataques "sem esperança" na região fronteiriça russa de Kursk, relatou hoje o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da presidência norte-americana, John Kirby.
O envolvimento de um Exército regular estrangeiro constituiu uma escalada na invasão da Ucrânia, que foi desencadeada há quase três anos pelo Presidente russo, Vladimir Putin.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
Tragédia na Rússia. Jogou ante Portugal no Euro'2004 e morreu a combater
Aleksei Bugayev morreu aos 43 anos.
A imprensa russa revelou, ao final da tarde de domingo, que Aleksei Bugayev morreu aos 43 anos. O antigo futebolista participou no Campeonato da Europa de 2004, que se realizou em Portugal, e chegou mesmo a jogar contra a equipa das quinas.
"Infelizmente, as notícias sobre a morte de Aleksei são verdadeiras. Como isso aconteceu? Como eles o mataram durante o combate? Isso aconteceu hoje", disse o pai do jogador, Ivan Bugayev, à agência de notícias Sport24. Os intensos combates em solo ucraniano impossibilitaram a recolha do corpo de Bugayev para que este seja enterrado.
Bugayev disputou dois jogos pela seleção russa no Euro'2004. O ex-jogador Pertenceu aos quadros do Torpedo e Lokomotiv de Moscovo, assim como o Tom Tomsk e o Krasnodar. Terminou a sua carreira em 2010, com 29 anos.
Em setembro deste ano, Bugayev tinha condenado por um tribunal do sul da Rússia a nove anos e meio de prisão por tráfico de droga. Mais tarde, declarou a sua intenção de se alistar para combater na guerra contra a Ucrânia, acabando por morrer no domingo.
Letónia envia mil 'drones' de combate à Ucrânia (e promete mais)
A Letónia informou ter enviado hoje mil 'drones' de combate à Ucrânia, num gesto de ajuda no âmbito da designada "Coligação de 'Drones'", na qual este país báltico desempenha um papel de destaque ao lado do Reino Unido.
"Juntamente com os fabricantes de 'drones' (aeronaves sem tripulação) da Letónia, continuamos a prestar apoio à Ucrânia. O Ministério da Defesa da Letónia preparou outro carregamento de 1.000 'drones' de combate para diversas utilizações", indicou o ministro da Defesa letão na sua conta da rede social X (antigo Twitter).
Andris Spruds adiantou que, no âmbito da "Coligação de 'Drones'" que apoia a Ucrânia contra a agressão russa, o seu país enviará mais destas aeronaves para Kyiv em 2025, para as quais disponibilizará 20 milhões de euros, juntamente com o Reino Unido.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Ucrânia. Coreia do Sul avisa que Coreia do Norte ultima novo contingente
O Estado-Maior do Exército sul-coreano avisou hoje que a Coreia do Norte está a ultimar um novo destacamento militar para apoiar as forças russas na guerra na Ucrânia.
Este destacamento poderá juntar-se aos militares norte-coreanos que já se encontram na região russa de Kursk, para responder à incursão ucraniana que começou em agosto em território russo, ou pode ser um contingente rotativo.
"Uma avaliação exaustiva dos serviços secretos mostra que a Coreia do Norte se prepara para rodar ou aumentar o destacamento de tropas na Rússia, fornecendo atualmente lançadores de foguetes de 240 milímetros e artilharia autopropulsada de 170 mm", afirmou o Estado-Maior num comunicado divulgado pela agência noticiosa oficial sul-coreana Yonhap.
"Há também algumas indicações de que o Norte está a avançar cada vez mais para o fabrico e fornecimento de drones explosivos, revelados pela primeira vez durante a inspeção no local pelo (líder norte-coreano) Kim Jong Un, em novembro", acrescentou o exército sul-coreano.
No início desta semana, as autoridades sul-coreanas estimaram em cerca de 1.000 o número de militares norte-coreanos mortos ou feridos nos combates na região russa de Kursk entre os exércitos ucraniano e russo, que é apoiado pelas forças armadas de Pyongyang.
Rússia opõe-se ao possível envio de um contingente europeu de paz
O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, afirmou que a Rússia se opõe a um possível envio de um contingente europeu de paz para a Ucrânia em caso de paz com Moscovo.
"Não estamos certamente satisfeitos com as propostas feitas em nome dos representantes da equipa do presidente eleito [Donald Trump] destinadas a adiar a adesão da Ucrânia à NATO por 20 anos, bem como a introduzir um contingente de manutenção da paz composto por 'forças britânicas e europeias' na Ucrânia", disse Serguei Lavrov à agência estatal Tass.
Durante várias semanas tem havido muita especulação sobre possíveis negociações de paz entre os dois países, após quase três anos de conflito que fez centenas de milhares de mortos e feridos.
Entre as ideias exploradas pelas chancelarias europeias e por Washington, está a do envio de um contingente militar europeu para a Ucrânia, ao longo da linha da frente que se estende por cerca de mil quilómetros.
Esta hipótese poderá envolver os exércitos dos países membros da NATO, ou mesmo detentores de armas nucleares, como a França e o Reino Unido.
"É obviamente prematuro falar (...) de forças de manutenção da paz", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em 16 de dezembro.
O presidente eleito norte-americano apelou a um "cessar-fogo imediato", prometendo conseguir obter um acordo de paz "em 24 horas", sem nunca detalhar o seu plano.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por sua vez, disse que queria mais armas e garantias de segurança dos seus aliados ocidentais antes de qualquer negociação com Moscovo.
Vladimir Putin, por seu lado, exige ainda a rendição da Ucrânia, a sua renúncia à adesão à NATO e que a Rússia mantenha os territórios ucranianos que anexou.
Rússia irá expandir sistemas de mísseis de médio e curto alcance
A Rússia vai cancelar a sua moratória sobre a implantação de sistemas de mísseis de médio e curto alcance capazes de transportar ogivas nucleares, como resposta à expansão deste tipo de armamento pelos Estados Unidos noutros países.
"Os Estados Unidos ignoraram arrogantemente os avisos da Rússia e da China e, na prática, começaram a implantar armas desta classe em várias regiões do mundo", disse Sergei Lavrov, numa entrevista à agência de notícias TASS.
Lavrov argumentou que esta moratória é atualmente "praticamente inviável" e, por isso, "terá de ser abandonada" para serem tomadas "medidas compensatórias", como a expansão de mísseis de médio alcance Oreshnyk, previsto para serem colocados imediatamente na Bielorrússia.
Da mesma forma, Lavrov rejeitou as críticas vindas do Ocidente sobre a presença de soldados norte-coreanos na guerra na Ucrânia e referiu que esta participação responde aos tratados de cooperação entre Moscovo e Pyongyang e à escalada provocada pela NATO.
"Aqueles que culpam a Rússia por alguma coisa devem olhar-se ao espelho. Os militares e mercenários da NATO participam abertamente no planeamento e condução de operações militares ao lado das Forças Armadas da Ucrânia", disse.
"A NATO está envolvida na invasão da região de Kursk e em ataques com mísseis de longo alcance em território russo", sublinhou Lavrov.
Nos últimos meses, coincidindo com a autorização dos Estados Unidos e do Reino Unido para utilizarem os seus mísseis de longo alcance contra o território russo, as tropas ucranianas realizaram ataques à província de Kursk, sendo a primeira vez desde o início da guerra que a Rússia é o cenário do conflito.
Ucrânia acolhe 189 prisioneiros de guerra em nova troca com a Rússia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje o regresso de 189 ucranianos detidos na Rússia, na mais recente troca de prisioneiros com Moscovo, mediada pelos Emirados Árabes Unidos.
"O regresso do nosso povo do seu cativeiro russo é sempre uma notícia muito boa para todos nós e hoje é um desses dias. A nossa equipa conseguiu fazer regressar 189 ucranianos a casa", afirmou Zelensky na rede social Telegram.
De acordo com o presidente ucraniano, os prisioneiros incluem dois civis que foram capturados na cidade de Mariupol, capturada pelas forças de Moscovo no início da guerra, após um cerco de quase três meses, bem como os soldados que defenderam a cidade e a sua fábrica de aço Azovstal.
Zelensky afirmou que entre os libertados estão ainda os defensores da Ilha das Serpentes no Mar Negro, ao largo do porto da cidade de Odessa, tomada pela Rússia nos primeiros dias da sua invasão à Ucrânia, em fevereiro de 2022.
"É uma alegria termos conseguido trazê-los de volta. Hoje, mais 189 famílias estão felizes", afirmou o presidente ucraniano.
"Estamos a trabalhar para libertar todos do cativeiro russo. É esse o nosso objetivo. Não estamos a esquecer ninguém", sublinhou Zelensky, que também agradeceu a ajuda dos parceiros do país no estrangeiro, em especial dos Emirados Árabes Unidos.
Muitos dos prisioneiros de guerra regressados permaneceram detidos na Rússia durante mais de dois anos e meio e sofreram doenças em consequência dos seus ferimentos graves, informou a sede de coordenação ucraniana para o tratamento dos prisioneiros de guerra.
Segundo Zelensky, 3.956 prisioneiros ucranianos já regressaram da Rússia em 59 trocas efetuadas desde o início da invasão, dos quais 1.358 regressaram em 11 trocas em 2024.
As trocas tornaram-se mais frequentes após a ofensiva surpresa da Ucrânia em Kursk, em agosto, que levou à captura de centenas de soldados russos.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que 150 soldados russos foram libertados do cativeiro, no âmbito da troca de prisioneiros.
Os militares russos foram primeiro levados para o território da vizinha e aliada Bielorrússia, onde receberam "assistência psicológica e médica" antes de regressarem à Rússia, segundo Moscovo.
A grande maioria dos prisioneiros de guerra ucranianos, são torturados enquanto estão em cativeiro na Rússia, informou Danielle Bell, chefe da Missão de Monitorização dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia.
A Rússia e a Ucrânia já organizaram diversas trocas de prisioneiros de guerra desde o início do conflito, que envolveram milhares de pessoas de ambos os campos beligerantes.
A 20 de dezembro, a Rússia recuperou os restos mortais de 42 soldados mortos em combates com as forças ucranianas, e entregou à Ucrânia os corpos de 503 pessoas.
A anterior troca entre as duas partes teve lugar a 29 de novembro, quando a Ucrânia recebeu os restos mortais de um total de 502 soldados ucranianos cujos corpos estavam na posse da Rússia e devolveu os corpos de 52 soldados às autoridades russas.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
Rússia reclama abate de pelo menos 13 'drones' ucranianos
A Rússia declarou hoje que abateu pelo menos 13 'drones' ucranianos sobre cinco regiões do país na noite de quarta-feira e que já reiniciou as operações em cinco aeroportos após um encerramento temporário devido à ameaça de ataques.
Segundo o Ministério da Defesa russo, quatro dos aparelhos aéreos não tripulados foram destruídos na região de Bryansk, outros quatro em Kursk, três em Belgorod, um em Voronezh e um em Kaluga, região próxima a Moscovo.
Entretanto, o governador de Bryansk, Alexandr Bogomaz, atualizou para oito o número de 'drones' destruídos nesta região de fronteira, na noite de quarta-feira.
Bogomaz garantiu que o ataque não causou vítimas ou danos.
Ao mesmo tempo, as autoridades aeronáuticas levantaram as restrições impostas à operação de cinco aeroportos para garantir a segurança do tráfego aéreo.
Autoridades ucranianas abatem 47 drones dos 72 lançados pela Rússia
As forças de defesa ucranianas abateram 47 de 72 drones lançados pela Rússia entre a noite de quarta-feira e hoje, enquanto outros 24 desapareceram dos radares, declarou a força aérea ucraniana.
Num comunicado, as autoridades ucranianas especificaram que drones iranianos 'Shahed' e outros tipos de aparelhos aéreos não tripulados foram lançados a partir dos territórios russos de Bryansk, Oryol, Kursk e Primorsko-Akhtarsk.
"Até às 08h30 (06h30 em Lisboa), foi confirmado o abate de 47 drones Shahed e outros tipos de aparelhos aéreos não tripulados nas regiões de Poltava, Sumi, Kharkiv, Kyiv, Chernihiv, Cherkassy, Kirovograd, Dnipropetrovsk, Odessa, Kherson e Mykolayiv", indicou a nota militar.
Além disso, devido à ação ativa das forças de defesa, 24 drones de vários tipos desapareceram dos radares sem consequências negativas, enquanto outro ainda estava no ar no momento da publicação do comunicado.
O ataque aéreo foi repelido pela aviação, por mísseis antiaéreos, pelas unidades de guerra eletrónica, pelos grupos móveis de ataque da força aérea e das forças de defesa ucranianas, segundo as autoridades ucranianas.
Corte de transporte de gás natural russo provoca alegria (e alarme)
A suspensão, a partir de hoje, do transporte de gás natural russo através da Ucrânia foi bem recebida pela Polónia e Áustria, mas deixaram a Hungria e a Eslováquia inquietas, enquanto a Moldova já declarou estado de emergência.
A reação mais exuberante até agora foi da Polónia, onde o ministro dos Negócios Estrangeiros considerou o gesto como "uma nova vitória" sobre Moscovo.
Cortar a capacidade de Moscovo exportar gás diretamente para a União Europeia (UE) é "uma nova vitória após o alargamento da NATO à Finlândia e à Suécia", considerou Radoslaw Sikorski, na rede social X.
Por seu lado, a Áustria mostrou-se calma, adiantando que o fornecimento de gás ao país está garantido.
"Fizemos o nosso trabalho e estamos bem preparados para este cenário", afirmou a ministra da Energia, Leonore Gewessler, explicando que o Governo já tinha feito contratos para fornecimento de gás natural através de outras rotas e fornecedores.
Além disso, o país da Europa Central tem capacidade para importar anualmente um valor muito alto de energia à Alemanha e à Itália.
O corte de fornecimento de gás pela russa Gazprom à Áustria já tinha acontecido em meados de novembro devido a um litígio sobre o cumprimento de contratos com a empresa austríaca de hidrocarbonetos OMV, a maior da Europa Central e propriedade do Estado austríaco.
As entidades gestoras de energia e o Governo alertaram então que estavam preparados para a situação, que a Áustria tem alternativas para abastecer estes fornecimentos e não sofrerá escassez, apesar de até então ter adquirido à Rússia mais de 80% do gás que consumiu.
Já na Eslováquia, a reação foi muito diferente. O primeiro-ministro, Robert Fico, alertou para as graves consequências da interrupção do trânsito de gás através da Ucrânia, afirmando que "terá um impacto drástico para todos na UE e não apenas para a Federação Russa".
Se a dependência da Europa foi significativamente reduzida desde o início da guerra na Ucrânia, os Estados localizados no Leste continuam a obter fornecimentos significativos de Moscovo.
Robert Fico, que continua próximo de Vladimir Putin e cujo país é muito dependente do fornecimento de gás russo, deslocou-se a Moscovo no dia 22 de dezembro para tentar encontrar uma solução urgente.
A Hungria, que será afetada apenas marginalmente já que a maior parte das suas importações de gás russo são recebidas através do TurkStream, que passa sob o Mar Negro, também criticou a situação, com o primeiro-ministro, Viktor Orbán, a defender que não se devia "abandonar esta estrada".
Outro dos países preocupados com a nova situação é a Moldova, que declarou mesmo o estado de emergência.
Este país vê ser-lhe cortado o fornecimento de gás russo no contexto de uma disputa financeira com esta antiga república soviética que acaba de reeleger uma Presidente pró-europa.
A Gazprom já tinha interrompido grande parte das suas entregas a este país após o início da invasão russa na Ucrânia, abastecendo agora apenas a região separatista pró-Rússia da Transdnístria.
A sua central térmica ainda fornece 70% da eletricidade consumida por todo o país, um dos mais pobres da Europa.
A Ucrânia suspendeu hoje, às 05h00 de Lisboa, o transporte de gás natural russo através do seu território, tal como tinha avisado, no âmbito do fim do contrato que se recusou a renovar com um país com quem está em guerra há quase três anos.
O contrato de fornecimento de gás era uma fonte de receitas multimilionárias para a Rússia, que permitia à empresa Gazprom exportar para a Áustria, a Hungria, a Eslováquia e a Moldova, mas também significava cerca de 700 milhões de dólares (cerca de 672 milhões de euros) por ano para a Ucrânia.
A decisão foi explicada pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa declaração feita em Bruxelas no dia 19 de novembro, quando afirmou recusar que a Rússia continua "a ganhar milhões" enquanto mantém uma política de agressão ao seu país.
A Rússia garantiu, no entanto, que vai sobreviver ao encerramento da passagem do seu gás pela Ucrânia.
Fontes da Comissão Europeia garantiram que o impacto desta nova situação "será limitado" no abastecimento da União Europeia, já que têm sido rápidos em encontrar fontes alternativas de energia.
Com o fim deste trânsito e mais de dois anos após a sabotagem dos tubos Nord Stream no Mar Báltico, a Europa passará a ser abastecida com gás russo apenas pela TurkStream e pela sua extensão Balkan Stream.
Além disso, importa grandes quantidades de gás natural liquefeito russo por navios-tanque.
A Gazprom, que já foi a maior exportadora de gás do mundo, registou um prejuízo de cerca de 6,5 mil milhões de euros em 2023, naquele que foi o seu primeiro ano sem lucros desde 1999.
As suas exportações diárias para a Europa através do território ucraniano ascenderam, nas últimas semanas, a cerca de 40 milhões de m3, para um volume total fornecido em 2023 de 14,65 mil milhões de metros cúbicos, segundo dados oficiais.
Neste contexto tenso, o preço do gás europeu atingiu na terça-feira a marca simbólica dos 50 euros por megawatt-hora, o valor mais alto desde há mais de um ano.
Tribunal condena homem a 15 anos de prisão por ajudar ataques da Rússia
Um tribunal ucraniano condenou um homem a 15 anos de prisão por ter oferecido ajuda à Rússia para localizar e bombardear armazéns de combustível na Ucrânia, anunciou hoje o Serviço de Segurança (SBU) de Kiev.
"Com base nas provas recolhidas pela SBU, um agente que operava na região de Chernivtsi foi condenado. Estava a preparar ataques com mísseis do inimigo contra depósitos de petróleo" no oeste do país, disse a SBU, num comunicado hoje publicado na plataforma Telegram.
Segundo esta fonte, o arguido, de 36 anos, estava escondido "há dois anos" na região de Chernivtsi para escapar à mobilização militar e tinha trocado informações com os serviços russos.
O suspeito também "ateou fogo à bandeira ucraniana em sinal de lealdade ao regime do Kremlin [Presidência russa]", tendo mostrado a ação num vídeo transmitido em direto pela internet, adiantou a SBU.
O homem foi detido em junho de 2024 e condenado por "tentativa de alta traição" e por negar e tentar justificar "a agressão armada da Federação Russa contra a Ucrânia", detalhou a mesma fonte.
Kyiv acusou centenas de pessoas de colaborarem com a Rússia desde a sua invasão - em fevereiro de 2022 -, incluindo pessoas que transmitiram informações confidenciais aos militares russos.
Na Ucrânia, as penas para estes crimes são geralmente severas, variando entre os 15 anos e a prisão perpétua.
Rússia anuncia conquista de bastião ucraniano de Kurákhov
O Exército russo tomou o bastião ucraniano de Kurákhov, na região oriental de Donestsk, após vários meses de intensos combates, segundo revelou esta segunda-feira o Ministério da Defesa russo.
"No âmbito da ofensiva das unidades do grupo militar do Sul, a cidade de Kurákhov, o centro urbano mais densamente povoado da região sudoeste do Donbass, foi completamente libertada", indicou o ministério na rede social Telegram.
De acordo com a mesma fonte, "durante 10 anos o regime de Kiev transformou a cidade num poderoso bastião defensivo, com uma ampla rede de postos de tiro e túneis subterrâneos".
A cidade está protegida a norte pela barragem de Kurájove, "o que limitou substancialmente as possibilidades de manobra das unidades de assalto russas", acrescentou.
Para defender a cidade, a Ucrânia enviou um grande número de tropas, "que incluíam unidades nacionalistas e mercenários estrangeiros, apoiados por artilharia e tanques", afirmou a Defesa, segundo a qual o exército ucraniano concentrou 26 batalhões com mais de 15.000 soldados em Kurákhov .
"Graças às ações profissionais das forças russas, durante a libertação de Kurákhov o inimigo perdeu 80% dos seus homens (mais de 12.000 pessoas), cerca de 3.000 veículos de combate, incluindo 40 tanques e outros veículos blindados. A média diária de baixas do exército ucraniano variou entre 150 e 180 soldados, entre mortos e feridos", segundo o ministério.
A tomada desta cidade, um importante centro logístico, "tornou consideravelmente difícil o abastecimento da retaguarda e dos militares ucranianos no setor de Donetsk, com o qual o regime de Kiev perdeu a possibilidade de bombardear a população civil de Donetsk com a sua artilharia", explicou.
A captura de Kurákhov permite às tropas entrar no espaço operacional e "aumentar a velocidade de libertação dos territórios da República Popular de Donetsk", acrescentou o comando militar russo.
O ritmo da ofensiva russa aumentou no segundo semestre do ano passado e, sobretudo a partir de agosto, as perdas territoriais aumentaram todos os meses.
Em novembro, as Forças Armadas ucranianas perderam 610 quilómetros quadrados de território, ou 20,3 quilómetros quadrados/dia, nos confrontos com as tropas russas.
As maiores perdas territoriais registam-se nas regiões orientais de Donetsk e Kharkiv.
Foi no território da região de Donetsk que o exército russo concentrou o maior potencial ofensivo e alcançou os maiores sucessos.
A Ucrânia perdeu mais de 3.600 quilómetros quadrados de território em 2024, face aos 540 quilómetros quadrados que deixou de controlar um ano antes e aos 430 quilómetros quadrados que conseguiu libertar da ocupação russa, segundo dados da plataforma de análise militar russa.
Depois de garantir o controlo de Kurákhov, as forças russas vão concentrar-se na captura das cidades de Toretsk e Chasiv Yar, na região de Donetsk, enquanto continuam a avançar em direção a Pokrovks.
Exército ucraniano anuncia "operações ofensivas" na região russa de Kursk
O exército ucraniano anunciou hoje "operações ofensivas" com ataques a "um posto de comando militar" na região russa de Kursk, onde controla centenas de quilómetros quadrados de território desde agosto de 2024.
"Este ataque é parte integrante das operações de combate das unidades das Forças de Defesa ucranianas, que estão a realizar operações de combate no território da Federação Russa", afirmou o Estado-Maior ucraniano na rede social Telegram, sem esclarecer se foram utilizados mísseis de longo alcance ATACMS, de fabrico norte-americano.
A Rússia considera que os ataques ao seu território efetuados com mísseis ocidentais constituem uma linha vermelha e promete uma "resposta", ameaçando atacar a capital ucraniana como retaliação.
De acordo com o exército ucraniano, as suas tropas repeliram 94 ataques nesta região nas últimas 24 horas.
O exército russo já tinha anunciado no domingo passado uma nova ofensiva ucraniana na região de Kursk, onde os militares ucranianos controlam várias centenas de quilómetros quadrados desde agosto de 2024.
Na segunda-feira à noite, o Presidente Volodymyr Zelensky reiterou, no seu discurso diário, a "importância" de proteger o exército russo na região de Kursk, de modo a impedir que este posicione todas as suas forças nas frentes oriental e meridional.
"Estamos a manter uma zona tampão no território russo, destruindo ativamente o potencial militar russo", afirmou.
As autoridades russas anunciaram que, desde segunda-feira, as forças ucranianas em Kursk sofreram cerca de 325 baixas e feridos.
O Ministério da Defesa russo afirma também que a Ucrânia sofreu cerca de 50.000 baixas em Kursk desde o início da incursão.
A guerra na Ucrânia foi desencadeada em fevereiro de 2022 pela invasão russa, comandada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
Desconhece-se o número de vítimas civis e militares em quase três anos de combates, mas diversas fontes, incluindo a Organização das Nações Unidas, têm admitido que será elevado.
Apesar das pesadas baixas, a Rússia continua a lançar dezenas de ataques diários simultâneos em várias frentes no leste da Ucrânia, com os ataques mais intensos a ocorrerem em Kurakhovsk e Pokrovsk.
O Exército ucraniano, com poucos efetivos, tem estado sob forte pressão na linha da frente, especialmente nas zonas orientais.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
'Drones' ucranianos provocam incêndio em zona estratégica de cidade russa
Vários 'drones' enviados pela Ucrânia provocaram hoje um incêndio numa zona industrial da cidade russa de Engels, onde está localizada uma base aérea considerada estratégica para os ataques russos a infraestrutas energéticas na Ucrânia.
"Sarátov e Engels foram alvo de um ataque massivo de 'drones' esta noite (...). Ocorreram danos numa das zonas industriais", escreveu no Telegram Román Busargin, governador da região de Saratov, onde se situa a cidade atacada.
Román Busargin adiantou que o incêndio foi causado por fragmentos de aeronaves não tripuladas abatidas por baterias antiaéreas.
O governador especificou que, segundo dados preliminares, não houve feridos e que os "serviços de emergência procederam à eliminação das consequências do incidente".
Segundo o canal Baza do Telegram, testemunhas oculares relataram explosões na zona da refinaria de Engels.
No total, segundo o Ministério da Defesa, as defesas antiaéreas russas abateram hoje 32 drones ucranianos.
Treze civis mortos em ataque russo com mísseis em Zaporíjia
Um ataque com mísseis russos na cidade de Zaporíjia, no sul da Ucrânia, matou hoje pelo menos 13 civis e feriu dezenas, indicaram as autoridades de Kyiv.
Imagens divulgadas no canal Telegram pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mostraram civis deitados numa rua da cidade repleta de destroços, com alguns deles a serem tratados pelos serviços médicos de emergência.
Zelensky e o governador regional, Ivan Fedorov, disseram que o ataque matou pelo menos 13 civis.
Minutos antes do ataque, Fedorov tinha alertado para a ameaça de mísseis de alta velocidade e de bombas planadoras disparadas contra a região de Zaporíjia.
As tropas russas começaram a lançar bombas planadoras em Zaporíjia a meio da tarde e pelo menos duas delas atingiram edifícios residenciais na cidade, disse Fedorov, adiantando que quinta-feira será um dia de luto na região.
"Não há nada mais brutal do que o bombardeamento aéreo de uma cidade, sabendo que os civis comuns vão sofrer", escreveu Zelensky no Telegram.
Hoje, os militares ucranianos disseram ter atingido um depósito de combustível nas profundezas da Rússia, causando um enorme incêndio nas instalações que abastecem uma importante base aérea russa.
As autoridades russas reconheceram um "grande ataque de 'drones'" na área e disseram que as autoridades tinham criado um centro de comando de emergência para combater o incêndio.
O Estado-Maior da Ucrânia disse que o ataque atingiu a instalação de armazenamento perto de Engels, na região russa de Saratov, cerca de 600 quilómetros a leste da fronteira ucraniana.
O depósito abastecia um aeródromo próximo, utilizado por aviões que lançam mísseis através da fronteira com a Ucrânia, segundo uma declaração no Facebook.
A Ucrânia tem vindo a desenvolver o seu arsenal de mísseis e 'drones' de longo alcance produzidos internamente, capazes de atingir as zonas mais recuadas da linha da frente, uma vez que enfrenta restrições quanto ao alcance dos mísseis fornecidos pelo Ocidente para atacar a Rússia.
No ano passado, o presidente ucraniano disse que a Ucrânia desenvolveu uma arma que pode atingir um alvo a 700 quilómetros de distância.
Alguns ataques de 'drones' ucranianos atingiram alvos a mais de 1.000 quilómetros de distância.
O governador da região de Saratov, Roman Busargin, disse hoje que uma instalação industrial não especificada em Engels sofreu danos devido à queda de destroços de 'drones' que provocaram um incêndio, mas ninguém ficou ferido.
Engels, que tem uma população de mais de 220.000 habitantes, está situada na margem esquerda do rio Volga e alberga várias unidades industriais. Saratov, uma grande cidade industrial com cerca de 900.000 habitantes, fica em frente a Engels, do outro lado do rio.
"Os danos na base petrolífera criam sérios problemas logísticos para a aviação estratégica dos ocupantes russos e reduzem significativamente a sua capacidade de atacar cidades ucranianas pacíficas e objetos civis", referiu o Estado-Maior ucraniano.
As autoridades russas restringiram os voos na quarta-feira nos aeroportos de Saratov, Ulyanovsk, Kazan e Nizhnekamsk, numa aparente reação ao ataque ucraniano.
A principal base dos bombardeiros estratégicos russos, com capacidade nuclear, está situada nos arredores de Engels e tem sido alvo de ataques de 'drones' ucranianos desde a fase inicial da guerra, o que obrigou os militares russos a deslocar a maior parte dos bombardeiros para outras zonas.