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EUA avisam: Rússia poderá usar novo míssil letal na Ucrânia em breve
Serviços secretos dizem que ataque contra território ucraniano deverá acontecer nos "próximos dias".
A Rússia poderá voltar a usar o seu novo míssil balístico de médio alcance Oreshnik contra a Ucrânia nos "próximos dias". A informação foi adiantada por uma fonte dos EUA, esta quarta-feira, citando uma avaliação dos serviços secretos norte-americanos.
"A Rússia manifestou a sua intenção de disparar um novo míssil experimental 'Orechnik' contra a Ucrânia, potencialmente nos próximos dias", afirmou o alto funcionário norte-americano, citado pela agência noticiosa francesa AFP e que falou sob condição de anonimato.
O primeiro lançamento desta nova arma teve como alvo a cidade ucraniana de Dnipro, a 21 de novembro.
"Mas este míssil não é suscetível de inverter a dinâmica no campo de batalha. Tem como objetivo intimidar a Ucrânia e os seus aliados", referiu.
E acrescentou: "O 'Orechnik', com a sua ogiva mais pequena e disponibilidade limitada, não é suscetível de alterar o curso do conflito".
Outro responsável norte-americano, igualmente citado pela AFP, também procurou dissipar eventuais preocupações, referindo que "a Rússia possui provavelmente apenas uma mão-cheia destes mísseis experimentais".
A ameaça surge num momento em que ambos os lados tentam ganhar vantagem no campo de batalha e poucos dias depois de os EUA terem anunciado um novo pacote de ajuda para Kyiv.
Na terça-feira, recorde-se, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou um número adequado dos novos mísseis balísticos de médio alcance Oreshnik minimiza a necessidade de as forças armadas utilizarem armas nucleares.
"A existência de um número suficiente destes modernos sistemas de armas torna a necessidade de utilizar armas nucleares praticamente inexistente", afirmou Putin numa reunião do Conselho para o Desenvolvimento da Sociedade Civil e dos Direitos Humanos, citado pela agência russa TASS.
A Rússia anunciou há semanas o lançamento de um novo míssil contra o território ucraniano, em resposta à utilização de projéteis ocidentais de longo alcance pelas forças armadas ucranianas contra território russo.
Moscovo enalteceu a capacidade de destruição deste novo míssil, para o qual, segundo afirma, o Ocidente não tem resposta.
Ucrânia. Ataque russo envolveu 93 mísseis balísticos e de cruzeiro
O ataque de grande envergadura lançado hoje pela Rússia contra a Ucrânia envolveu 93 mísseis balísticos e de cruzeiro, afirmou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Foram lançados 93 mísseis, incluindo pelo menos um da Coreia do Norte", disse Zelensky nas redes sociais, citado pela agência francesa AFP.
Segundo Zelensky, 81 dos mísseis foram abatidos, 11 dos quais por caças F-16 que a Ucrânia começou a receber este ano dos aliados ocidentais.
O ministro da Energia ucraniano, Herman Halushchenko, tinha anunciado antes que o ataque em grande escala teve por alvo a rede elétrica do país.
Halushchenko disse que os trabalhadores do setor da energia estavam a trabalhar na reparação da rede para "minimizar as consequências negativas para o sistema de distribuição de eletricidade".
Um fornecedor privado de eletricidade, a DTEK, disse que as centrais térmicas ucranianas foram "seriamente danificadas" pelos ataques russos.
"Este é o décimo segundo ataque maciço ao setor energético da Ucrânia" só este ano, disse a DTEK num comunicado.
A Força Aérea ucraniana informou que vários 'drones' foram lançados contra a Ucrânia durante a noite, seguidos por mísseis de cruzeiro.
A Rússia também utilizou mísseis balísticos lançados contra as regiões ocidentais da Ucrânia.
Moscovo tinha ameaçado retaliar um ataque ucraniano com mísseis de longo alcance norte-americanos que disse ter sido realizado pela Ucrânia na quarta-feira contra um aeródromo em Rostov, no sul da Rússia.
Desde o lançamento da invasão, em fevereiro de 2022, a Rússia tem bombardeado o sistema elétrico da Ucrânia, o que resultou no encerramento frequente de sistemas críticos de aquecimento e de abastecimento de água potável durante os meses de inverno.
Moscovo declarou que os ataques se destinavam a prejudicar a indústria de defesa da Ucrânia, que produz mísseis, 'drones', veículos blindados e artilharia, entre outras armas.
O anterior ataque de grande escala, em 28 de novembro, envolveu cerca de 200 mísseis e 'drones' e deixou mais de um milhão de famílias sem eletricidade.
Polónia defende que Rússia deve ser "forçada" a negociar com Kyiv
O chefe da diplomacia polaca defendeu hoje que a Rússia deve ser "forçada" a iniciar conversações de paz e não Kyiv, enquanto a Europa teme pressões da futura administração Trump para um cessar-fogo em detrimento dos ucranianos.
A Polónia, que tem apoiado firmemente a vizinha Ucrânia desde a invasão da Rússia em fevereiro de 2022 e serve como um centro logístico crucial para a ajuda militar ocidental, assume a presidência rotativa da UE [União Europeia] a partir de 01 de janeiro de 2025.
"À luz da chegada ao poder de uma nova administração americana, a Europa deve mobilizar-se mais", vincou o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski, aos jornalistas em Bruxelas.
Segundo Sikorski, Washington e a UE devem ajudar a Ucrânia a "alcançar uma melhor posição para possíveis negociações futuras, nas quais é o agressor que deve ser encorajado e forçado, e não a vítima".
As declarações de Sikorski surgem dois dias antes de uma reunião informal em Bruxelas, na qual participarão o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, segundo um responsável da NATO.
O presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também deverão participar nesta reunião, segundo fontes diplomáticas.
António Costa, ex-primeiro ministro português e o presidente do Conselho Europeu, que reúne os 27 Estados-membros, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também deverão juntar-se a estes governantes.
Os europeus e o presidente ucraniano estão preocupados com a possibilidade de suspensão da ajuda militar norte-americana à Ucrânia, que continua em guerra com a Rússia.
Donald Trump tem indicado repetidamente que pretende trazer a paz à Ucrânia, prometendo fazê-lo "em 24 horas", mas sem nunca dizer como.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Responsável do exército russo morto em explosão em Moscovo
Um oficial superior do exército russo morreu hoje numa explosão perto de um edifício residencial no sudeste de Moscovo, anunciou o Comité de Investigação russo, responsável pelas principais investigações no país.
"Um engenho explosivo colocado numa motorizada estacionada perto da entrada de um edifício residencial foi ativado no dia 17 de dezembro de manhã [hora local], na avenida Ryazansky, em Moscovo", indicou o comité, em comunicado.
"O comandante das forças russas de defesa radiológica, química e biológica, Igor Kirillov, e o adjunto morreram" na explosão, acrescentou a mesma fonte.
Entretanto, a Ucrânia reivindicou o ataque.
De acordo com o The Kyiv Independent, que cita uma fonte, o tenente-general Igor Kirillov foi morto numa operação dos serviços secretos ucranianos.
O oficial superior russo e um adjunto morreram numa explosão perto de um edifício residencial no sudeste de Moscovo, Rússia.
Trata-se do mais alto responsável militar russo morto em Moscovo desde o início da ofensiva russa contra território ucraniano, em fevereiro de 2022.
De acordo com um jornalista da AFP no local, as janelas de vários apartamentos ficaram estilhaçadas pela explosão tendo a polícia isolado a zona.
A entrada do edifício também ficou muito danificada.
A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, lamentou através de uma mensagem difundida pelas redes sociais a perda de um "general destemido que nunca se escondeu nas costas dos outros", lutando "pela Pátria e pela verdade".
O vice-presidente da Câmara Alta do Parlamento russo, Konstantin Kosachev, prometeu que "os assassinos vão ser punidos sem piedade".
Em funções desde abril de 2017, Igor Kirillov passou a integrar a lista de cidadãos russos sancionados pelo Reino Unido "por ter utilizado armas químicas na Ucrânia".
As autoridades russas rejeitaram repetidamente as acusações, qualificando-as de "absurdas".
Na segunda-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, fez um balanço dos combates na Ucrânia, durante uma reunião com funcionários do Ministério da Defesa, elogiando o avanço das tropas.
Pequim critica sanções da UE a empresas chinesas por apoio à Rússia
A China manifestou hoje forte insatisfação e oposição às "sanções irracionais" impostas pela União Europeia (UE) contra algumas empresas do país asiático, pelo seu alegado apoio à Rússia na guerra na Ucrânia.
"A China sempre se opôs a sanções unilaterais que não têm base no direito internacional e não são autorizadas pelo Conselho de Segurança da ONU", afirmou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa.
Lin Jian afirmou que o seu país "sempre tentou facilitar as negociações de paz na Ucrânia" e "nunca forneceu armas às partes em conflito".
"A China controla rigorosamente a exportação de produtos de dupla utilização", acrescentou o porta-voz, assegurando que o controlo das exportações de veículos aéreos não tripulados ('drones') é "o mais rigoroso do mundo".
De acordo com o porta-voz, "os contactos e a cooperação normais entre as empresas chinesas e russas não devem ser interferidos", acrescentando que "a maior parte dos países, incluindo a Europa e os Estados Unidos, mantêm atualmente relações comerciais com a Rússia".
Lin instou a UE a "não aplicar dois pesos e duas medidas na questão da cooperação económica e comercial com a Rússia", "deixar de difamar e culpar a parte chinesa de forma infundada" e "deixar de prejudicar os interesses legítimos das empresas chinesas".
Na segunda-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE apoiaram a inclusão de 84 nomes na lista de entidades penalizadas: 54 pessoas e 30 empresas consideradas responsáveis por ações que comprometem ou ameaçam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia.
As entidades são principalmente empresas de defesa russas e companhias de navegação responsáveis pelo transporte marítimo de petróleo bruto e produtos petrolíferos, que "proporcionam receitas significativas ao governo russo", de acordo com a UE.
Pela primeira vez foram impostas sanções (proibição de viajar, congelamento de bens e proibição de disponibilizar recursos económicos) a uma série de entidades chinesas que fornecem 'drones' e componentes microeletrónicos para apoiar a guerra.
Desde o início do conflito na Europa, a China tem mantido uma posição ambígua, apelando ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e à atenção às "preocupações legítimas de todos os países", em referência à Rússia, com a qual intensificou os seus laços nos últimos anos.
"Terroristas". Rússia quer pena de quase 6 anos para advogados de Navalny
O julgamento de três advogados de Alexei Navalny está a decorrer à porta fechada a pedido de Moscovo. Igor Sergunin, Alexei Liptser e Vadim Kobzev estão detidos desde outubro do ano passado.
Procuradores russos querem que três advogados que representaram o opositor Alexei Navalny sejam condenados a seis anos de prisão.
De acordo com o que escreve a Reuters esta terça-feira, a informação foi transmitida por Ivan Zhdanov, um aliado de Navalny, a partir do Telegram.
O trio de advogados em causa são Igor Sergunin, Alexei Liptser e Vadim Kobzev, que estão acusados de cooperar com uma organização terrorista. Foram detidos em outubro do ano passado, e, no mês seguinte, adicionados à lista de "terroristas e extremistas" feita por Moscovo.
O próprio Navalny, que morreu em fevereiro deste ano, foi também acusado de fazer parte de uma organização terrorista, entre outras acusações. Segundo os procuradores russos, os três advogados passaram informações a Navalny quando este estava na prisão.
Já na semana passada a viúva de Navalny, Yulia Navalnaya, apontou que os advogados eram presos políticos. "Não cometeram nenhum crime", referiu ela, num vídeo no YouTube, citado pela Reuters. "Estão na prisão simplesmente por fazerem o seu trabalho, que qualquer advogado deve fazer com qualquer prisioneiro: preparar uma estratégia de defesa, discutir questões de detenção na prisão, escrever queixas, apresentar ações judiciais."
A agência de notícias detalha ainda que o julgamento dos três advogados está a decorrer à porta fechada a pedido dos procuradores russos, que justificam a situação devido à existência de um risco, mas sem mais detalhes.
Não se sabe a data exata da sentença destes três homens, mas é esperada em breve.
Medvedev promete vingança após morte de general. "Castigo inevitável"
O vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitri Medvedev, ameaçou hoje um "castigo inevitável" contra a Ucrânia pela morte do chefe das tropas de defesa radiológica, química e biológica da Rússia num atentado em Moscovo.
"As tentativas de intimidar o nosso povo, de travar o avanço do exército russo e de provocar o medo estão condenadas ao fracasso", afirmou Medvedev, citado pela agência espanhola Europa Press.
Medvedv avisou que a liderança militar e política da Ucrânia "enfrentará um castigo inevitável" pelo assassinato do tenente-general Igor Kirillov e de um seu assistente.
Kirillov foi vítima hoje de manhã de um atentado bombista em Moscovo reivindicado pelos serviços especiais ucranianos, de acordo com fontes do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) citadas pelas agências noticiosas ucranianas Ukrinform e UNIAN.
As fontes sublinharam que Kirillov "era um criminoso de guerra e um alvo completamente legítimo" e denunciaram que "deu ordens para utilizar armas químicas proibidas contra o exército ucraniano".
"O castigo para os crimes de guerra é inevitável", afirmaram as mesmas fontes do SBU não identificadas pelas agências ucranianas.
O ataque ocorreu um dia depois de o SBU ter acusado Kirillov de alegada responsabilidade na utilização de armas químicas na Ucrânia, no âmbito da invasão desencadeada em fevereiro de 2022 por ordem do Presidente Vladimir Putin.
As autoridades russas estão a investigar o ataque como um caso de terrorismo.
Medvedev, antigo presidente e primeiro-ministro da Rússia, acusou Kyiv se estar a tentar "prolongar a guerra e a morte".
"Este ataque terrorista é a morte do regime de [Stepan] Bandera", afirmou, referindo-se ao líder de extrema-direita da Organização dos Nacionalistas Ucranianos, que esteve alinhado com movimentos fascistas e nazis durante a Segunda Guerra Mundial.
Medvedev acusou que o regime ucraniano de estar "a tentar justificar a sua existência fútil perante os seus senhores ocidentais", numa referência aos aliados da Ucrânia, incluindo Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido.
"Percebendo a inevitabilidade da sua derrota militar, está a desferir golpes cobardes e vis em cidades pacíficas", criticou, de acordo com a agência noticiosa russa TASS.
Num telegrama de condolências, Medvedev disse que Kirillov "era um líder militar que se dedicava desinteressadamente" aos seus deveres e descreveu-o como "uma pessoa decente, responsável e de confiança".
O presidente da Duma (câmara baixa do parlamento federal), Vyacheslav Volodin, também reagiu ao assassinato de Kirillov e denunciou "a natureza criminosa do regime de Kyiv".
Volodin acrescentou que a Ucrânia "é um Estado terrorista liderado por um presidente ilegítimo, um nazi", em referência a Volodymyr Zelensky.
A Rússia invadiu a Ucrânia há quase três anos para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, segundo justificou na altura Vladimir Putin.
Igor Kirillov, que morreu aos 54 anos, comandava as tropas de defesa radiológica, química e biológica desde abril de 2017.
Estas tropas são responsáveis pela luta contra os efeitos das armas nucleares, radiológicas, biológicas e químicas, geralmente conhecidas como armas de destruição maciça, e também por operações de segurança civil em caso de acidente nuclear, bacteriológico, químico ou ambiental.
Rússia confirma conversações sobre "grande troca" de prisioneiros de guerra
As autoridades russas confirmaram hoje que Moscovo e Kyiv iniciaram conversações para negociar "uma grande troca" de prisioneiros de guerra, embora as partes não tenham ainda chegado a um acordo.
Esta informação foi avançada pela comissária para os Direitos Humanos russa, Tatiana Moskalkova, que precisou que a parte russa enviou já várias vezes uma lista com centenas de prisioneiros de guerra que está disposta a libertar.
Moskalkova sublinhou que estas conversações estão a ser lideradas pelo Exército russo, sob a premissa principal de que Moscovo espera receber o mesmo número de prisioneiros de guerra que liberta, segundo a agência noticiosa TASS.
A comissária para os Direitos Humanos russa indicou que está também em conversações com o homólogo ucraniano para entregar aos prisioneiros de guerra alguns objetos pessoais, incluindo correspondência dos seus familiares.
"É muito importante para eles, antes que se realize a troca de prisioneiros, saber que os seus familiares e amigos estão vivos, que estão a receber a ajuda necessária e que esta cumpre as normas internacionais", afirmou.
As trocas de prisioneiros de guerra são um dos poucos aspetos em que a Rússia e a Ucrânia chegaram a acordo desde o início da guerra, há quase três anos. Agora, de acordo com a proposta da Hungria, poderá ser efetuada uma nova troca.
As autoridades húngaras anunciaram na semana passada uma proposta humanitária para um cessar-fogo de Natal e uma grande troca de prisioneiros, que foi, no entanto, inicialmente rejeitada por Kyiv, embora a questão pareça agora continuar ainda em negociação.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
No terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
As tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguem o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk, e da recente autorização do Presidente norte-americano, Joe Biden, à Ucrânia para utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar a Rússia.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
Rússia lança contra-ofensiva em Kursk com tropas norte-coreanas
A Rússia lançou uma contra-ofensiva com a participação de tropas norte-coreanas na região de Kursk, parcialmente ocupada pelas forças ucranianas, afirmou hoje o comandante do Exército ucraniano, Oleksandr Syrsky.
"Há três dias que o inimigo realiza intensas operações ofensivas na região de Kursk, utilizando ativamente unidades do exército norte-coreano", que já "sofreram pesadas perdas", disse Syrsky.
O general ucraniano assegurou que as tropas ucranianas "mantiveram firmemente" as linhas de defesa, "destruindo pessoal e equipamento inimigo".
O serviço de informações militares ucraniano (GUR) disse na segunda-feira que "pelo menos 30 soldados" norte-coreanos, a combater ao lado do Exército russo, foram feridos ou mortos no sábado e domingo na região russa de Kursk, na fronteira com a Ucrânia.
Hoje, as forças especiais ucranianas garantiram ter matado 50 soldados norte-coreanos e ferido outros 47 na região de Kursk.
Enfrentando uma invasão de Moscovo há quase três anos, a Ucrânia lançou no início de agosto uma ofensiva surpresa na região russa de Kursk, a mais importante em território russo desde a Segunda Guerra Mundial, e ainda controla uma pequena parte desta zona.
Vários milhares de soldados norte-coreanos foram enviados para a Rússia nas últimas semanas para apoiar o Exército russo, segundo vários serviços de informações ocidentais.
O Kremlin tem evitado as perguntas sobre o assunto, não querendo confirmar esta informação e Pyongyang não confirma nem desmente esta mobilização das suas tropas.
A Rússia e a Coreia do Norte assinaram nos últimos meses um acordo de defesa mútua, que entrou em vigor no início de dezembro, cujo artigo 4.º prevê "ajuda militar imediata" em caso de agressão armada de países terceiros.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse no sábado que as tropas norte-coreanas que combatem pela Rússia estavam a realizar ataques na região russa de Kursk, onde a Ucrânia ainda ocupa várias centenas de quilómetros quadrados.
A Ucrânia afirmou que a Rússia reuniu cerca de 50 mil soldados, incluindo vários milhares de militares norte-coreanos, para recuperar o controlo total da região de Kursk.
Ucrânia. Rússia já perdeu quase 800 mil soldados desde o começo da guerra
São ainda divulgados os números de perdas de material, como veículos, drones, entre outros.
A Rússia já perdeu quase 800 mil tropas desde que a guerra com a Ucrânia começou a 24 de Fevereiro de 2022, de acordo com o Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas.
O The Kyiv Independent avança que, desde o início do conflito com o país ucraniano, a Rússia já perdeu 766.690 soldados russos. Informação que foi reportada na terça-feira pelo Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas.
Este número divulgado inclui também 1.580 baixas que os russos sofreram no último dia.
Num relatório divulgado nas redes sociais, o exército russo já perdeu mais de 9 mil tanques, 19 mil carros de combate blindados, 21 mil sistemas de artilharia, 369 aviões, mais de 20 mil drones, entre outros.
Kyiv reclama a destruição de 51 'drones' russos nas últimas horas
As defesas aéreas ucranianas reclamaram o abate de 51 'drones' lançados pela Rússia entre a noite de terça-feira e a manhã de hoje sobre 10 regiões do centro, nordeste, norte e sudeste da Ucrânia.
Outros 30 aparelhos aéreos não tripulados lançados pelas forças russas com a finalidade de confundir as defesas ucranianas falharam o alvo sem causar danos, de acordo com a força aérea ucraniana, que neutraliza uma percentagem crescente de 'drones' através de interferências eletrónicas.
Os 'drones' russos foram lançados na terça-feira de Bryansk, Kursk, Milerovo e Orel, territórios situados perto da fronteira ucraniana.
A Rússia ataca todas as noites o território ucraniano com dezenas de 'drones' Shahed (fabrico iraniano) e "outros tipos 'drones'" nas últimas semanas.
Rússia detém suspeito de assassinato de general russo em Moscovo
Tem 29 anos e é do Uzbequistão, segundo a Rússia.
Os serviços de segurança russos informaram, esta terça-feira, que detiveram um homem pelo assassinato do general Igor Kirillov e do seu assistente, numa explosão em Moscovo.
De acordo com o o gabinete de imprensa do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), citado pela imprensa estatal russa, trata-se de um cidadão do Uzbequistão, de 29 anos, que foi recrutado pelos serviços secretos ucranianos e a quem foi prometida uma recompensa de 100 mil dólares, mais de 95 mil euros, e uma viagem para um dos países da União Europeia.
"O FSB conduziu ações operacionais e de investigação conjuntas com o Ministério do Interior russo e o Comité de Investigação russo. Como resultado, as forças de segurança identificaram e detiveram um cidadão do Uzbequistão, nascido em 1995, que detonou um engenho explosivo caseiro perto de um edifício residencial na Avenida Ryazansky, em Moscovo", anunciaram.
Recorde-se que os serviços de segurança ucranianos (SBU) reivindicaram a responsabilidade pelo homicídio do general russo, responsável pela defesa nuclear, biológica e química, disse uma fonte à France Presse.
Em outubro, as autoridades britânicas apontaram o general Kirillov como o responsável de Moscovo pela alegada utilização de armas químicas na Ucrânia.
Trata-se do mais alto responsável militar russo morto em Moscovo desde o início da ofensiva russa contra território ucraniano, em fevereiro de 2022.
O oficial de alta patente do Exército russo morreu numa explosão perto de um edifício residencial no sudeste de Moscovo, anunciou inicialmente o Comité de Investigação russo.
"O comandante das forças russas de defesa nuclear, biológica e química, Igor Kirillov, e o assistente morreram" na sequência da detonação de um engenho explosivo, indicou o organismo russo em comunicado.
De acordo com os investigadores de Moscovo, o engenho explosivo foi colocado num motociclo estacionado perto da entrada de um edifício residencial na Avenida Ryazansky.
De acordo com um jornalista da France Presse no local, as janelas de vários apartamentos ficaram estilhaçadas pela explosão tendo a polícia isolado a zona.
A entrada do edifício também ficou muito danificada.
A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, lamentou através de uma mensagem difundida pelas redes sociais a perda de um "general destemido que nunca se escondeu nas costas dos outros", lutando "pela Pátria e pela verdade".
O vice-presidente da Câmara Alta do Parlamento russo, Konstantin Kosachev, prometeu que "os assassinos vão ser punidos sem piedade".
Em funções desde abril de 2017, Igor Kirillov passou a integrar a lista de cidadãos russos sancionados pelo Reino Unido "por ter utilizado armas químicas na Ucrânia".
As autoridades russas rejeitaram repetidamente as acusações, qualificando-as de "absurdas".
Na segunda-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, fez um balanço dos combates na Ucrânia, durante uma reunião com funcionários do Ministério da Defesa, elogiando o avanço das tropas.
EUA dizem que há "centenas" de norte-coreanos mortos ou feridos na Rússia
Um alto funcionário militar dos Estados Unidos afirmou terça-feira que "centenas" de soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos em combates com o exército ucraniano na região russa de Kursk.
"Várias centenas de baixas é a nossa última estimativa das perdas norte-coreanas", disse o oficial sob condição de anonimato, acrescentando que a contagem incluía "baixas ligeiras, bem como os mortos em combate".
Hoje, o comandante-chefe do exército ucraniano, Oleksandre Syrsky, afirmou que "durante três dias, o inimigo tem conduzido intensas operações ofensivas na região de Kursk, utilizando ativamente unidades do exército norte-coreano", acrescentando que estas últimas já tinham "sofrido pesadas perdas".
Confrontada com a invasão de Moscovo há quase três anos, a Ucrânia lançou uma ofensiva surpresa na região russa de Kursk no início de agosto, a maior ofensiva em território russo desde a Segunda Guerra Mundial, e ainda controla uma pequena parte deste território.
Vários milhares de soldados norte-coreanos foram enviados para a Rússia nas últimas semanas para apoiar o exército russo.
O Kremlin, porém, esquiva-se ao assunto, não querendo confirmar a informação. Pyongyang não confirmou nem desmentiu este destacamento sem precedentes.
Estas tropas "nunca tinham combatido antes", disse o responsável americano, considerando que isso poderia explicar "porque é que sofreram tantas perdas contra os ucranianos".
Nos últimos meses, a Rússia e a Coreia do Norte assinaram um acordo de defesa mútua, que entrou em vigor no início de dezembro, segundo a diplomacia russa. O artigo 4º do acordo prevê "assistência militar imediata" em caso de agressão armada por parte de países terceiros.
Os EUA têm sido o principal apoiante militar de Kiev desde o início da invasão russa em 2022, e a administração do Presidente Joe Biden, que está a deixar o cargo, fez nas últimas semanas uma série de anúncios sobre o envio de equipamento militar para a Ucrânia.
Ainda há 5,6 mil milhões de dólares em fundos disponíveis, mas nem todos podem ser gastos e enviados para a Ucrânia antes da tomada de posse de Donald Trump, a 20 de janeiro, que está cético em relação a esta ajuda, disse hoje um alto funcionário da defesa dos EUA.
Estes fundos podem, no entanto, ser transferidos "para que estejam disponíveis para a próxima administração", acrescentou o responsável.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu hoje aos seus aliados ocidentais que "fortaleçam urgentemente a Ucrânia no campo de batalha", já que as forças de Kiev têm vindo a recuar contra o Exército russo.
"A principal coisa que nos vai unir é determinar como fortalecer urgentemente a Ucrânia no campo de batalha, política e geopoliticamente", disse Zelensky durante uma conferência de imprensa com o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.
O Presidente ucraniano - cujo país luta há quase três anos para repelir uma invasão russa - apelou ainda aos europeus para que se juntem a Kiev face ao Presidente eleito norte-americano, Donald Trump, que deverá tomar posse em janeiro.
O regresso do líder republicano à Casa Branca fez com que a Ucrânia e os seus aliados temessem uma redução na ajuda militar crucial dos EUA e uma pressão para compromissos favoráveis à Rússia durante possíveis conversações de paz.
"É muito importante que estes sinais sejam enviados para os Estados Unidos, que a nova administração também os ouça, que estejamos todos unidos no nosso desejo de uma paz justa na Ucrânia", disse Zelensky.
Ucrânia detém alegados espiões russos que procuravam F-16
Os serviços de segurança ucranianos(SBU) afirmaram hoje ter detido membros da "maior rede de agentes russos", alegadamente responsáveis pela espionagem de aeródromos militares ucranianos aptos a receber aviões militares F-16.
"O serviço militar de contraespionagem do SBU neutralizou uma vasta rede" composta por 12 'agentes russos e seus informadores', declarou o SBU em comunicado.
Kyiv recebeu o seu primeiro lote de caças F-16, de conceção americana, no início de agosto, depois de ter solicitado estes aviões durante dois anos para ajudar a intercetar os mísseis russos, mas a sua localização está a ser mantida em segredo.
Os alegados agentes russos operavam em cinco regiões do sul e do leste do país para descobrir a localização de "aeródromos militares secretos" que poderiam receber F-16, segundo a mesma fonte.
Para além de observarem os F-16, os suspeitos terão espiado "posições de tiro para sistemas de defesa aérea", bem como a localização de empresas que produzem equipamento de guerra eletrónica para combater os drones russos.
O SBU publicou imagens de quatro homens detidos, com os rostos desfocados, assinalando que alguns deles eram desertores do exército ucraniano que estavam detidos. Os detidos podem ser condenados a penas entre oito anos e prisão perpétua.
As tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguem o seu avanço na frente oriental apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk, e da recente autorização do Presidente norte-americano, Joe Biden, para a Ucrânia utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar a Rússia.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
Suécia descola 2 caças após detetar bombardeiros russos sobre Mar Báltico
A Força Aérea Sueca descolou hoje dois caças JAS para assinalar a sua presença no espaço aéreo do Mar Báltico, sobre o qual as autoridades do país detetaram a presença de dois aviões bombardeiros russos.
A intervenção foi feita em conjunto com as forças da Dinamarca e Finlândia.
Segundo a agência dinamarquesa Ritzau, que citou um comunicado do Ministério da Defesa sueco, o incidente envolveu dois bombardeiros russos Tu-22 que eram escoltados por outros dois caças Su-27.
"Não é claro porque é que os quatro aviões russos estavam na região", adianta a Ritzau sobre um incidente em que os aviões russos estiveram sempre no espaço aéreo internacional, segundo o jornal sueco Aftonbladet.
Segundo esta publicação, as aeronaves da Finlândia e Dinamarca intervieram inicialmente na operação do Exército sueco, e "só quando os aviões russos se aproximaram do leste da ilha de Gotland é que o Ministério da Defesa tomou a decisão de enviar os dois JAS".
"Fomos lá para mostrar que estamos aqui e que eles não devem tentar nada. Há muito que colaboramos com os nossos parceiros finlandeses, fazemos parte da NATO e outros membros da NATO também colaboraram", disse ao Aftonbladet o chefe do Estado-Maior da Força Aérea Sueca, Dennis Hedström,.
Kyiv anuncia mortes, mas norte-coreanos estão "motivados". Porquê?
Uma análise feita pela CNN Internacional dá conta de que não se deve subestimar os soldados norte-coreanos e revela ainda histórias de quem tem experiência no meio militar do país - e desertou.
Já com quase dois anos de invasão a marcar a Ucrânia, a Rússia decidiu 'ligar' a Kim Jong-un para pedir reforços - que entraram aos milhares em território ucraniano em outubro.
Esta ajuda foi denunciada por Kyiv, que avisou a comunidade internacional de que Moscovo se preparava para ir buscar esta ajuda à Coreia do Norte - e as previsões estavam certas, com as primeiras imagens destes soldados a serem partilhadas na recolha de uniformes.
Cerca de três meses depois desta entrada, muito pouco é sabido sobre estes soldados na Ucrânia, tal como aponta uma análise feita pela CNN Internacional. Atualmente, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deixa críticas a Moscovo, com acusações de que a Rússia tenta "esconder mortes de norte-coreanos", nomeadamente, na região de Kursk.
O que se sabe destes soldados?
A presença ou intenção destas tropas na Ucrânia não foi confirmada 'preto no branco' por Moscovo ou Pyongyang, mas estima-se que cerca de 11 mil soldados tenham sido enviados para a Europa.
Em Kursk já terão sido vítimas desta guerra, com "ferimentos e mortes". Segundo Kyiv, no último fim de semana, homens com diferentes uniformes dos russos terão morrido em Kursk, usando "as mesmas táticas usadas há 70 anos", numa referência à guerra entre as Coreias.
"Se eu fosse descrever a sua capacidade de uma forma mais geral e não pensasse no equipamento que tinham, dir-lhe-ia que não se trata de tropas com experiência de combate, que nunca estiveram em combate antes", explicou Michael Madden, um funcionário dos Estados Unidos citado pela CNN Internacional, acrescentando que a sua avaliação era de que as baixas incluíam todos os escalões, incluindo líderes de comando.
"Mais bem treinados, em melhor forma e mais motivados"
Mas se por um lado tanto Kyiv como Washington dão conta de centenas de mortes nestes batalhões, há quem alerte que este exército não deve ser subestimado. De acordo com o antigo general sul-coreano Chun In-bum, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, enviaria soldados de uma corporação conhecida como 'Storm Corps', que são altamente treinados e doutrinados.
Segundo o que o veterano deste batalhão disse, fazem parte soldados das forças especiais - como os Rangers norte-americanos, por exemplo - e também 'snipers'.
Estes soldados são "mais bem treinados, têm uma melhor forma física e estão mais motivados que a maioria dos soldados norte-coreanos". "Estes soldados estão programados, doutrinados", reforçou, perguntando: "A questão é quão bem doutrinados e programados?"
"Estão, provavelmente, mais bem posicionados do que outros membros das forças armadas, ou outros membros de forças armadas que vão para um conflito no estrangeiro, em termos de preparação das suas mentes", supôs.
Segundo a imprensa internacional, Moscovo está a ensinar termos como "disparar" ou "em posição" para que estes possam seguir ordens superiores.
Também um desertor do exército norte-coreano conta a sua experiência, que durou 12 anos, servindo nos anos 90, numa altura em que a fome causou a morte a um milhão de pessoas.
"Antes de 1991, ainda podíamos comer carne, mas a partir desse ano, a carne começou a escassear", explicou 'Kim Seong-han', que pediu para usar um pseudónimo por razões de segurança, acrescentando: "A ração de arroz, que costumava ser de 800 gramas por refeição, foi reduzida para 800 gramas por dia e, por fim, só nos davam farinha de milho sem arroz".
'Kim' desertou para a Coreia do Sul em 2017, quase duas décadas depois do seu serviço militar, detalhou as condições em que esteve. Para além da malnutrição, o soldado falou dos acidentes regulares que aconteciam, "como falhas de tiro, soldados que detonavam acidentalmente granadas e outros acidentes com armas."
"Um exemplo do nosso treino seria uma marcha de inverno - de 150 quilómetros - durante três dias sem dormir”, recordou. 'A favor' havia o aquecimento nos locais onde dormiam, dado que as casas norte-coreanas não eram aquecidas e estes lugares sim, durante 24 horas.
Há ainda alegações de que estes soldados têm roubado comida de algumas vilas, e, de acordo com a CNN Internacional, há unidades em que o abastecimento de comida está a acontecer de forma regular. "Têm o suficiente para comer. Ou até mais do que os norte-coreanos [na Coreia do Norte]", disse Michael Madden.
Pelo menos 100 soldados norte-coreanos mortos na guerra da Ucrânia
Os serviços secretos da Coreia do Sul disseram hoje estimar que cerca de 100 soldados norte-coreanos enviados para combater com a Rússia contra a Ucrânia morreram em combate e perto de mil ficaram feridos.
A informação foi avançada numa sessão da comissão dos serviços secretos da Assembleia Nacional (Parlamento), indicou o deputado do Partido do Poder Popular (PPP, no poder) Lee Seong-kwon, em conferência de imprensa.
Este mês "participaram em combates reais, durante os quais pelo menos 100 mortes foram registadas", declarou Lee, citando os serviços de informações sul-coreanos.
Esta semana, os Estados Unidos e a Ucrânia tinham já indicado que centenas de soldados norte-coreanos foram mortos ou ficaram feridos em combates com o exército ucraniano, na região russa de Kursk.
Confrontada com a invasão de Moscovo há quase três anos, a Ucrânia lançou uma ofensiva surpresa em Kursk, no início de agosto.
Vários milhares de soldados norte-coreanos foram enviados para a Rússia nas últimas semanas para apoiar o exército russo, na sequência da assinatura de um acordo de defesa mútua entre Moscovo e Pyongyang, que prevê "assistência militar imediata" em caso de agressão armada por parte de países terceiros.
Putin diz que situação "muda radicalmente" na Ucrânia. "Todos os dias"
O Kremlin faz esta quinta-feira o balanço anual da Rússia. O tema central é a guerra na Ucrânia, tema no âmbito do qual o presidente, Vladimir Putin, garante que há avanços todos os dias. A um residente da região de Kursk, onde se trava combate, disse que todas as casas seriam "reconstruídas".
O presidente da Rússia, Vladimir, Putin, fez, esta quinta-feira, um balanço do ano, como já é habitual.
Entre a inflação causada pela guerra e outros temas relacionados que estão em cima da mesa - com questões vindas não só de jornalistas, como também de uma linha telefónica criada para tal -, Putin mostrou-se positivo em relação à ofensiva que leva a cabo em território ucraniano.
"A situação está a mudar radicalmente. Estamos a avançar ao longo de toda a linha da frente todos os dias", garantiu o presidente, afirmando que as forças russas estão a capturar "quilómetros quadrados" de território ucraniano todos os dias.
"Estamos a avançar para a concretização dos principais objectivos que delineámos no início da operação militar especial", afirmou.
Ainda quanto a este tema, o líder do Kremlin disse que as tropas russas estão a expulsar "heroicamente" as forças ucranianas de Kursk.
Expulsar... Mas quando?
O presidente russo admitiu, no entanto, não saber quando é que o exército conseguirá expulsar as forças ucranianas da região russa de Kursk, parte da qual ainda está ocupada após uma ofensiva surpresa em agosto.
"Vamos absolutamente derrotá-los", afirmou Putin, acrescentando: "Mas quanto à questão de uma data exata, lamento, mas não posso dizer neste momento".
Após o tema ser colocado em cima da mesa, Putin a linha telefónica instalada recebeu uma chamada de um residente de Kursk, que questionou Putin acerca dos estragos que estão a ser feitos na região. "Tudo vai ser reconstruído. Não há dúvidas", garantiu Putin.
As forças ucranianas, que enfrentam a invasão russa desde fevereiro de 2022, contra-atacaram em agosto e invadiram a região russa de Kursk, junto à fronteira, mantendo ainda o controlo sobre para da região.
A Rússia tem desde então tentado expulsar o exército ucraniano do seu território, mas ainda não o conseguiu fazer, apesar de ter recebido a ajuda de soldados enviados pela Coreia do Norte nos últimos meses.
Putin desafia EUA para "duelo" em Kyiv com novos mísseis russos
O presidente russo, Vladimir Putin, desafiou hoje os Estados Unidos para uma espécie de duelo em Kiev entre o novo armamento hipersónico russo e os sistemas de defesa antimíssil ocidentais.
"Que escolham qualquer instalação para atacarmos, digamos, em Kyiv. Que concentrem aí todos os seus sistemas antiaéreos e antimísseis. E nós atacaremos com [um míssil] Oreshnik", afirmou, citado pela agência espanhola EFE.
"Veremos o que acontece. Estamos prontos para essa experiência", disse Putin durante a sua conferência de imprensa para fazer o balanço do ano, vista pela televisão por milhões de russos
A Rússia usou recentemente pela primeira vez os mísseis hipersónicos Oreshnik contra a Ucrânia e tem afirmado que nenhum sistema de defesa antiaérea ocidental é capaz de enfrentar a nova arma russa.
Pelo menos uma pessoa morreu em ataque russo à capital ucraniana
Pelo menos uma pessoa morreu no ataque russo realizado hoje em Kyiv, assumido por Moscovo como uma resposta ao ataque de quarta-feira contra a região de Rostov, no sudoeste da Rússia.
O presidente da Câmara de Kyiv, Vitali Klitschko, declarou na rede social Telegram que as equipas de busca e salvamento localizaram um corpo após o ataque russo , antes de especificar que quatro dos cerca de dez feridos "foram hospitalizados".
Klitschko indicou que há danos materiais em vários bairros devido ao impacto de "fragmentos" dos mísseis intercetados, antes de afirmar que "630 edifícios residenciais, 16 instituições médicas, 17 escolas e treze creches estão sem aquecimento" como resultado do ataque.
O Ministério da Defesa russo sublinhou no Telegram que o bombardeamento foi uma resposta a um ataque com seis mísseis ATACMS - de fabrico norte-americano - e quatro mísseis Storm Shadow - construídos pelos britânicos -, realizado na quarta-feira contra a região russa de Rostov.
"Em resposta às ações do regime de Kiev, suportado pelos seus apoiadores ocidentais, um ataque massivo com armas de precisão e de longo alcance foi lançado esta manhã contra um centro de comando do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU)", destacou o Ministério russo.
Da mesma forma, os responsáveis russos sublinharam que entre os objetivos estavam também "o departamento de planeamento Luch, que projeta e fabrica sistemas de mísseis Neptune e mísseis de cruzeiro Olja", assim como "posições do sistema de mísseis antiaéreos Patriot".
A Defesa russa garantiu que "todos os alvos foram atingidos".
Pelo menos 6 mortos e 10 feridos em ataque ucraniano com mísseis em Kursk
Pelo menos seis pessoas morreram, incluindo uma criança, e outras dez ficaram feridas num ataque ucraniano com mísseis contra a cidade de Rilsk, informou hoje o governador da região fronteiriça russa de Kursk, Alexandr Khinshtein.
"As forças armadas ucranianas atacaram a cidade de Rilsk com mísseis", afirmou o governador num vídeo publicado na rede social Telegram.
Khinshtein acusou os soldados ucranianos de "escolherem deliberadamente civis" como alvo e comprometeu-se a ajudar as pessoas afetadas, sem mencionar quantas.
O governador informou que seis pessoas foram mortas no ataque, incluindo uma criança, e outras dez sofreram ferimentos e foram hospitalizadas.
Segundo Alexandr Khinshtein, o ataque a Rilsk, uma cidade com cerca de 15.000 habitantes perto da fronteira ucraniana, danificou vários edifícios, incluindo a Casa da Cultura, uma escola, uma escola de aviação e os escritórios de várias empresas de logística e comércio eletrónico.
Algumas casas e 15 veículos foram também danificados no ataque, executado com sistemas de foguetes de artilharia de grande mobilidade (HIMARS, na sigla em inglês), fornecidos pelos Estados Unidos.
A Ucrânia, que enfrenta a invasão russa desde fevereiro de 2022, lançou uma ofensiva surpresa na região russa de Kursk no início de agosto, a maior ofensiva em território russo desde a Segunda Guerra Mundial, e ainda controla uma pequena parte deste território.
Posteriormente, a Rússia lançou uma contraofensiva para retomar a região e recapturou várias localidades.
Ucrânia: Quase 800 pessoas acusadas de traição na Rússia em três anos
O número de cidadãos russos acusados de traição e espionagem durante os quase três anos de guerra na Ucrânia subiu para 792, quase metade dos quais este ano, afirmou a organização de defesa dos direitos humanos Perviy Otdel.
De acordo com a organização, 536 dos acusados foram processados, 359 dos quais em 2024, enquanto os restantes continuam sob investigação.
Estas acusações visam quem transfira dinheiro para o exército ucraniano, partilhe informações sobre instalações militares ou condene publicamente a campanha militar russa na Ucrânia, nomeadamente os alegados crimes de guerra cometidos pela Rússia durante o conflito.
"Durante a guerra, não houve uma única absolvição ao abrigo destes artigos" do código penal russo, sublinhou a organização, referindo-se aos artigos sobre alta traição, colaboração com uma potência estrangeira e espionagem.
Desde 1991, foram processadas pelo menos mil pessoas, ainda que o departamento judicial do Supremo Tribunal não comunique todos os casos.
Segundo o departamento judicial do Supremo Tribunal, nove prisioneiros morreram enquanto cumpriam pena e sete pessoas morreram em prisão preventiva antes de serem julgadas.
Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, milhares de pessoas foram punidas, ameaçadas ou presas devido à sua oposição real ou suposta ao conflito.
Desde 2022, as autoridades russas aumentaram o número de detenções por espionagem, traição, sabotagem, extremismo ou simples críticas ao exército, resultando frequentemente em penas de prisão muito pesadas.
Ksenia Karelina, uma cidadã russo-americana, foi condenada a doze anos de prisão em agosto após ter doado 50 euros à organização não-governamental Razom, que presta assistência material à Ucrânia.
O jornalista anglo-russo e político da oposição, Vladimir Kara-Murza, foi inicialmente condenado a 25 anos de prisão, mas foi libertado a 01 de agosto numa troca de prisioneiros, depois de ter cumprido cerca de dois anos de uma pena de 25 anos por se ter oposto à invasão russa da Ucrânia.
O jornalista norte-americano Evan Gershkovich foi condenado a 16 anos de prisão por espionagem, mas também foi trocado, juntamente com outros 16 prisioneiros norte-americanos, alemães e dissidentes russos que cumprem penas em prisões da Rússia e da Bielorrússia.
Os Estados Unidos e a oposição russa acusam o Kremlin (presidência russa) de fazer reféns os prisioneiros estrangeiros e políticos para serem trocados por cidadãos russos que cumprem penas em prisões ocidentais.
A Rússia invadiu a Ucrânia com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
Kyiv diz que conflito vitimou mais de 3.000 soldados norte-coreanos
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que mais de 3.000 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos em combates com as forças ucranianas na região fronteiriça russa de Kursk.
"De acordo com as informações iniciais, o número de soldados norte-coreanos mortos ou feridos na região de Kursk já ultrapassou os 3.000", disse Zelensky, numa mensagem na rede social X.
Estes números excedem em muito as estimativas do Estado-Maior do Exército sul-coreano, que denunciou hoje que mais de 1.100 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos enquanto lutavam contra a Ucrânia ao lado da Rússia.
Confrontada com a invasão russa durante quase três anos, a Ucrânia lançou um ataque surpresa na região de Kursk no início de agosto, a primeira ofensiva terrestre em território russo desde a Segunda Guerra Mundial.
Vários milhares de soldados norte-coreanos foram enviados para a Rússia nas últimas semanas para apoiar as forças russas, segundo os ocidentais.
Hoje, Zelensky corroborou as declarações de Seul sobre o provável fornecimento de novas tropas e armas norte-coreanas à Rússia.
"Há riscos de a Coreia do Norte enviar tropas e equipamento militar adicionais para o Exército russo", avisou Zelensky, prometendo "respostas tangíveis" por parte de Kiev.
O Estado-Maior do Exército sul-coreano disse ainda ter observado preparativos que fazem acreditar que a Coreia do Norte se prepara para enviar novas tropas para a Rússia, como reforços ou para socorrer os que já combatiam.
Os serviços de informações sul-coreanos acreditam que a Coreia do Norte "está a produzir e a entregar 'drones'" à Rússia.
Segundo a Ucrânia, o Exército russo lançou "operações ofensivas intensas na região de Kursk em meados de dezembro, utilizando ativamente unidades do Exército norte-coreano", que já "sofreram pesadas perdas".
O Presidente russo, Vladimir Putin, durante a sua conferência de imprensa anual, em 19 de dezembro, admitiu que não podia especificar quando é que o seu Exército conseguiria repelir as forças ucranianas da região de Kursk, mas mostrou-se confiante na vitória das forças controladas por Moscovo.