Olá Visitante,
Está a decorrer o 5º sorteio Gforum onde vamos sortear um Tablet XIAOMI Redmi SE (11'' - 4 GB - 128 GB - Cinzento) para ajudar com as despesas do servidor, se quiser participar, pode fazê-lo no seguinte endereço: 5º Sorteio Gforum: Tablet XIAOMI Redmi SE (11'' - 4 GB - 128 GB - Cinzento)
[h=1]Rússia ameaça destruir veículos NATO com armas para forças ucranianas [/h]
[h=2]As forças armadas da Rússia destruirão qualquer veículo da NATO que chegue à Ucrânia com armas e munições destinadas ao exército ucraniano, avisou hoje o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu.
[/h]
"Qualquer transporte da Aliança Atlântica que chegue ao país com armas ou meios para as forças armadas ucranianas será visto por nós como um alvo legítimo para ser destruído", disse Shoigu numa reunião com chefias militares.
Shoigu alertou que "os Estados Unidos e os seus aliados da NATO continuam a despejar armas na Ucrânia", segundo relato da agência russa Interfax, citada pela espanhola EFE.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse ao seu homólogo francês, Emmanuel Macron, que o Ocidente deve deixar de fornecer armas à Ucrânia, durante uma conversa telefónica na terça-feira.
Na semana passada, o Presidente norte-americano, Joe Biden, pediu ao Congresso mais 33.000 milhões de dólares (mais de 31.000 milhões de euros, ao câmbio de hoje) para acelerar o envio de armamento para a Ucrânia.
O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, general Igor Konashenkov, disse hoje que as forças russas atacaram estações ferroviárias para impedir a chegada de armas fornecidas pelo Ocidente à Ucrânia, segundo a agência norte-americana AP.
Em comunicado, o Ministério da Defesa russo também disse que um submarino da Frota do Mar Negro lançou hoje dois mísseis cruzeiro "Kalibr", com um alcance de até 300 quilómetros, contra alvos na Ucrânia.
Na reunião com as chefias militares, segundo a EFE, Shoigu disse que as forças russas "estão a tomar medidas para garantir a segurança da população" e a prestar ajuda humanitária a civis.
O ministro assegurou que a "vida normal" está a ser "restaurada nos territórios libertados das repúblicas populares de Lugansk e Donetsk e da Ucrânia", referindo-se às regiões separatistas que iniciaram uma guerra contra Kiev, em 2014, com apoio de Moscovo.
Incluiu na lista a cidade portuária de Mariupol (sudeste), o maior centro industrial e de transportes do Mar de Azov, que disse estar sob controlo russo.
Relativamente aos combatentes e civis ucranianos bloqueados na fábrica Azovstal em Mariupol, disse que a área está cercada pelas tropas russas.
"De acordo com a ordem do comandante supremo [Vladimir Putin], os restantes combatentes na zona industrial Azovstal estão bloqueados em todo o perímetro deste território", disse.
[h=1]Rússia mantém cerco a Mariupol sem lançar ofensiva à fábrica Azovstal [/h]
[h=2]O Kremlin desmentiu hoje informações sobre uma eventual nova ofensiva das forças russas contra a fábrica Azovstal, na cidade ucraniana de Mariupol, último reduto dos combatentes armados no sul da Ucrânia.
[/h]
"A ordem foi comunicada (a 21 de abril) publicamente pelo comandante em chefe (Vladimir Putin) anulando todos os assaltos (militares). Não há nenhum assalto" atualmente, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
O porta-voz da Presidência russa acrescentou que as forças de Moscovo que cercaram as instalações da fábrica só atuam "no sentido de, rapidamente, pararem as tentativas" de posicionamento de tiro por parte dos combatentes ucranianos.
Na terça-feira, as autoridades ucranianas afirmaram que as forças russas lançaram "um poderoso assalto" com carros de combate e infantaria contra a fábrica com mais de 11 quilómetros quadrados de extensão.
Os subterrâneos das instalações da fábrica protegem combatentes ucranianos, forças regulares de Kiev e civis da cidade portuária de Mariupol.
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou "apenas" ataques de aviação de combate e artilharia de campanha para a "destruição das posições de tiro" ucranianas.
[h=1]PGR ucraniana mostra fotografia de veículo atingido durante fuga em Irpin [/h]
[h=2]A responsável deu como terminada a "primeira fase da investigação" na cidade da Ucrânia.
[/h]
A procuradora-geral da Ucrânia partilhou, esta quarta-feira, uma imagem de um carro destruído em Irpin, que foi atingido por um tanque russo. Dentro do veículo seguiam três pessoas, incluindo uma criança, que tentavam fugir.
"Uma mulher com o filho de 12 anos e, provavelmente, foram atingidos por um tanque russo enquanto fugiam", escreveu Iryna Venediktova na rede social Twitter.
A responsável, que está na Ucrânia a investigar eventuais crimes de guerra, anunciou também que a primeira fase da investigação nesta cidade ucraniana já está completa e correspondeu a "uma inspeção aos locais onde decorreram os crimes de guerra russos e 228 testemunhas foram interrogadas".
"Nós trabalhamos para punir cada um dos criminosos", garantiu.
A cidade de Irpin foi um dos primeiros locais a serem tomados pelo exército russo.
[h=1]Fábrica de Azovstal está a ser palco de "combates violentos" [/h]
[h=2]O presidente da câmara da cidade ucraniana de Mariupol disse hoje que se registam "combates violentos" em Azovstal, siderúrgica onde milhares de militares e civis procuraram refúgio das forças russas, apesar de Moscovo ter garantido que não atacaria.
[/h]
"Infelizmente, há combates pesados ??em Azovstal hoje", disse Vadim Boitchenko à televisão ucraniana, acrescentando que o contacto com os combatentes ucranianos no local foi perdido, pelo que não é possível saber o que está a acontecer "com exatidão".
Segundo o autarca, a Rússia está a usar artilharia pesada, tanques e aviação nesta ofensiva, assim como "navios que se aproximaram" da costa, sendo que Azovstal fica na zona costeira do mar de Azov.
"Os nossos combatentes são corajosos e estão a defender a 'fortaleza', mas é muito difícil", afirmou à televisão ucraniana, adiantando que, "depois de conter o inimigo" durante semanas, os últimos soldados entrincheirados na cave do imenso complexo metalúrgico de Azovstal "tornaram possível ganhar algum tempo".
Vadim Boitchenko assegurou, mais uma vez, haver "centenas de civis" na fábrica, incluindo "mais de 30 crianças à espera de serem resgatadas".
Um comandante ucraniano do regimento Azov que está a defender a fábrica siderúrgica disse, na terça-feira, que os russos lançaram um "poderoso ataque" ao local, mas o Kremlin (presidência russa) negou hoje esta informação.
"A ordem foi comunicada (a 21 de abril) publicamente pelo comandante em chefe (Vladimir Putin) anulando todos os assaltos (militares). Não há nenhum assalto" atualmente, disse hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
O porta-voz da Presidência russa acrescentou que as forças de Moscovo que cercaram as instalações da fábrica só atuam "no sentido de, rapidamente, pararem as tentativas" de posicionamento de tiro por parte dos combatentes ucranianos.
[h=1]Analistas. Kremlin não conseguirá sucesso militar até 'Dia da Vitória' [/h]
[h=2]O Kremlin já reconheceu que não tem condições para reivindicar um sucesso militar na Ucrânia até às celebrações do Dia da Vitória, em 9 de maio, pelo que começou a desvalorizar a data, segundo analistas ouvidos pela Lusa.
[/h]
Em final de abril, a página oficial na rede social Facebook das Forças Armadas ucranianas citava o "trabalho de propaganda que está a ser distribuído entre as tropas da Federação Russa, que impõe a ideia de que a guerra deve terminar até ao dia 09 de maio".
A data apontada coincidia com a celebração do Dia da Vitória -- que assinala a capitulação do regime da Alemanha nazi perante as forças soviéticas, em 09 de maio de 1945, no final da Segunda Guerra Mundial -- que há várias décadas o Kremlin festeja com uma parada militar destinada a manifestar o seu poderio bélico.
Nas últimas semanas, contudo, o Kremlin começou a desvalorizar a relevância desta data para o curso da "operação militar especial" na Ucrânia, expressando a mensagem de que a invasão não está dependente de "marcos no calendário".
"Nem que o quisesse, o Kremlin não tem possibilidades no terreno para reivindicar qualquer vitória assinalável na Ucrânia, até 09 de maio. A realidade militar é tudo menos favorável, nesta altura", disse à Lusa Julian Waller, investigador do Centre for Naval Analysis, um centro de estudos militares no estado da Virgínia, EUA, e profundo conhecedor das estratégias militares russas.
"No entanto, não estou a defender que a Rússia não tente chegar a 09 de maio com uma ambição de visível progresso nos seus avanços militares na Ucrânia. O que digo é que, mesmo que reclame vitórias pontuais na zona de Donbass -- onde está a instalar um poderoso dispositivo de guerra -- o Presidente russo (Vladimir Putin) não vai querer fazer do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial um novo Dia da Vitória na Ucrânia", explicou Waller.
No início deste mês, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, durante uma palestra na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), avisou que a crise militar e política provocada pela Rússia poderá estender-se "por dois ou três anos", bem para além do 09 de maio.
Esta perspetiva é partilhada por Cristina Rivera, investigadora de Conflitos Internacionais na Universidade de Salamanca, para quem a guerra na Ucrânia ainda está na sua fase preliminar, com a Rússia a colocar as suas pedras no tabuleiro de xadrez mundial.
"Tratando-se de um regime autoritário, centrado numa personalidade forte como a de Vladimir Putin, as datas simbólicas têm importância. Mas, para o Presidente russo, o mais importante é garantir que daqui a um ano ele ainda estará no palco presidencial para assistir a mais uma parada militar. E, para isso, ele não pode perder esta guerra", disse à Lusa a investigadora espanhola.
"É uma questão de sobrevivência, para Putin. Ele precisa de, num destes dias, declarar um sucesso militar. Esse será o seu Dia de Vitória, mas ainda não será agora", explicou Rivera.
Para Julian Waller, este mês de maio será crucial para a posição militar russa na Ucrânia, em termos de recomposição e de refrescamento das tropas, pelo que os estrategos de Putin o devem estar a aconselhar a não apressar nenhuma operação.
"Este será o mês crucial para as forças russas reagruparem, reorganizarem-se e prepararem uma nova etapa do conflito, agora mais centrado na zona de Donbass, onde devem tentar consolidar as suas posições", explicou o analista militar.
Num artigo escrito em 2015 - quando das celebrações dos 70 anos do Dia da Vitória e poucos meses depois da anexação da Crimeia pela Rússia - Wladislaw Inosemzew, investigador do Conselho Alemão para as Relações Internacionais, defendia que o Kremlin deveria aproveitar a data de 09 de maio não para promover o seu poderio militar, mas para recordar os seus soldados que morreram na Segunda Guerra mundial.
"Enquanto a Rússia mantiver uma reivindicação exclusiva sobre a história soviética, esse legado não pode servir como fonte de verdadeiro patriotismo. Para tal, deve tornar-se uma história de povos, e não de governos", defendia Inozemtsev, para argumentar que o Dia da Vitória nunca poderá servir para o Kremlin se impor sobre outros países.
"Mas Putin gosta de se reinventar e de reinventar a história da Rússia. Por isso, não será de estranhar que queira recriar o Dia da Vitória à luz do seu papel na tentativa de reunificação da antiga União Soviética, mesmo que isso implique a ameaça à soberania de países como a Geórgia ou a Ucrânia", defendeu Cristina Rivera.
[h=1]Rússia anuncia cessar-fogo de três dias em Azovstal para retirar civis [/h]
[h=2]A Rússia anunciou na noite de hoje um cessar-fogo de três dias no complexo metalúrgico de Azovstal, na cidade portuária ucraniana de Mariupol, abrindo um corredor humanitário para retirar civis.
[/h]
"As forças armadas russas vão abrir um corredor humanitário das 08:00 às 18:00, horário de Moscovo [das 06:00 às 16:00, horário de Lisboa] nos dias 05, 06 e 07 de maio do local da fábrica metalúrgica de Azovstal para retirar civis", adiantou o Ministério da Defesa russo em comunicado.
"Durante este período, as forças armadas russas e as unidades da República Popular de Donetsk [proclamada pelo Kremlin e pelos separatistas pró-russos] vão cessar-fogo e as hostilidades unilateralmente", acrescentou.
Os civis que se refugiaram na fábrica vão poder chegar à Rússia ou aos territórios sob o controlo de Kyiv, segundo o texto.
No início do dia, o presidente da Câmara Municipal de Mariupol, Vadim Boïtchenko, afirmou que "ataques violentos" estavam em progresso, embora Moscovo tenha garantido não invadir a metalúrgica.
Por seu lado, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que ajude a "salvar" feridos em Azovstal.
Hoje, as tropas russas entraram no recinto do complexo industrial siderúrgico de Azovstal, na cidade ucraniana cercada de Mariupol, segundo o deputado e negociador ucraniano com a Rússia David Arahamiya, em declarações ao portal Ukrinform.
"As tropas [russas] já estão em território da empresa", disse o chefe da delegação negocial ucraniana, indicando que as autoridades do país continuam em contacto com as tropas que resistem no complexo industrial novamente sob fogo russo.
Pouco antes, o presidente da câmara de Mariupol, Vadym Boychenko, tinha afirmado na televisão ucraniana que tinha sido perdido o contacto com os resistentes.
O Estado-Maior ucraniano, por seu lado, tinha anunciado que o exército russo iniciara hoje uma nova ofensiva, com apoio aéreo, para tentar tomar o controlo das instalações da siderurgia, onde estão refugiadas centenas de civis.
"Prosseguem o cerco e as tentativas para derrotar as nossas unidades do complexo de Azovstal. Em alguns pontos, os ataques contam com o apoio aéreo, com o objetivo de tomar o controlo da siderurgia. Sem êxito", declarou o Estado-Maior num comunicado.
A câmara de Mariupol também alertou sobre estes novos ataques, recordando que naquele local continuam refugiadas centenas de civis, entre os quais 30 crianças, à espera de serem de lá retirados pelas equipas das agências humanitárias.
As autoridades ucranianas tentaram estabelecer hoje quatro pontos de recolha de cidadãos em Mariupol, mas advertiram de que a situação da segurança é "muito difícil", nas palavras da vice-primeira-ministra, Iryna Vereshchuk.
Segundo Kyiv, entre as ruínas da cercada cidade portuária do sudeste da Ucrânia, há mais de 10.000 habitantes sem água, comida, medicamentos e eletricidade.
[h=1]Rússia diz ter matado 600 combatentes ucranianos durante a noite [/h]
[h=2]O ministério da Defesa russo referiu que a artilharia atingiu várias posições e redutos ucranianos durante a noite.
[/h]
A Rússia disse, esta quinta-feira, que a sua artilharia atingiu várias posições e redutos ucranianos durante a noite, matando mais de 600 combatentes.
"As forças armadas da Federação Russa continuam a operação militar especial na Ucrânia", disse o Ministério da Defesa, citado pela Reuters, referindo que "mais de 600 nacionalistas e 61 unidades de armas e equipamentos militares foram destruídos".
Segundo relata a agência, o ministério referiu ainda que os seus mísseis destruíram equipamentos de aviação no aeródromo de Kanatovo, na região central de Kirovohrad, na Ucrânia, e um grande depósito de munições na cidade de Mykolaiv, no sul.
[h=1]Ucrânia. Rússia intensifica ataques contra a fábrica Azovstal [/h]
[h=2]As tropas russas intensificaram os ataques contra a fábrica Azovstal, na cidade sitiada de Mariupol, enquanto avançam no objetivo de controlar as regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, segundo o Alto Comando do Exército Ucraniano.
[/h]
De acordo com um relatório publicado no Facebook e divulgado pela agência local Ukrinform, "os invasores russos continuam a bloquear as unidades de defesa ucranianas dentro da fábrica de Azovstal", último reduto da resistência ucraniana naquela cidade portuária estratégica.
Segundo a agência Efe, ainda há centenas de civis entrincheirados desde o início da invasão em 24 de fevereiro, incluindo crianças, embora alguns já tenham conseguido sair graças a uma operação de evacuação patrocinada pela ONU e pela Cruz Vermelha.
Ao mesmo tempo, a ofensiva é mantida no leste, onde Moscovo aspira alcançar o controlo total das regiões de Donetsk e Lugansk e manter uma rota terrestre entre esses territórios e a Crimeia, anexada pela Federação Russa.
O relatório militar especifica que foram atacadas as posições ucranianas na direção de Lyman, Siversk e Popasna, enquanto no norte da região de Khérson e Mykolaiv, os invasores russos bombardearam área das quais se tinham retirado.
A situação tem sido mais calma na direção do rio Bug do Sul, o segundo mais importante do país que desagua no Mar Negro, onde as tropas russas mantiveram as fronteiras capturadas.
De acordo com o comando ucraniano, as tropas russas estão a expandir os sistemas de defesa aérea, enquanto reagrupam e restauram as capacidades de combate das suas unidades.
Estão igualmente a fazer reconhecimento aéreo para detetar as posições das forças ucranianas e as suas futuras rotas de avanço.
Segundo o relatório, cerca de 300 soldados "inimigos" feridos estão num hospital montado pelas tropas russas na cidade de Kupiansk.
[h=1]Rússia atacou Azovstal pelo 2.º dia consecutivo, confirmou Reino Unido [/h]
[h=2]Kremlin negou estar a desrespeitar o cessar-fogo prometido.
[/h]
Fontes do ministério da Defesa do Reino Unido anunciaram, esta sexta-feira, que as tropas russas continuaram a atingir o complexo siderúrgico em Azovstal, pelo segundo dia consecutivo.
"O esforço renovado da Rússia para manter Azovstal e assim assegurar o controlo de Mariupol está, provavelmente, relacionado com as comemorações do Dia da Vitória [9 de maio] e com os objetivos de Putin em ter uma vitória simbólica na Ucrânia", lê-se no documento.
[h=1]"Putin está disposto a ir até ao fim, não obstante todas as sanções" [/h]
[h=2]Jornalista, comentador e especialista em História da Rússia, José Milhazes é uma das opiniões mais ouvidas sobre a guerra na Ucrânia e passa esta sexta-feira pelo Vozes ao Minuto.
[/h]
A voz de José Milhazes tornou-se numa das mais conhecidas para os telespetadores portugueses, que colaram os olhos ao ecrã ao tentar acompanhar a invasão russa na Ucrânia. O seu livro 'A Mais Breve História da Rússia' foi publicado meros dias antes do início da guerra, servindo quase de prefácio para a história que se escreveu desde então.
Em entrevista ao Notícias ao Minuto, José Milhazes fala sobre as recentes notícias sobre a guerra na Ucrânia, especialmente sobre o próximo dia 9 de maio e as próximas (e possíveis) demonstrações de força da Rússia.
Por cá, o comentador e jornalista também criticou as investigações portuguesas, prevendo um desfecho dececionante para a polémica em Setúbal.
As tropas russas não conseguem ter êxitos significativos
As agências internacionais têm falado muito sobre paradas militares em Moscovo e em Mariupol no dia 9 de maio. Que análise faz sobre essas previsões?
Tudo isto está muito confuso, correm mil versões e boatos em Moscovo sobre o que poderá acontecer no dia 9 de maio. Não obstante o porta-voz do presidente Putin, Dmitry Peskov, vir dizer que o presidente não irá decretar o estado de guerra e de mobilização geral, há muita gente em Moscovo que receia exatamente isso. Que Putin anuncie que a NATO declarou guerra à Rússia e que vai mobilizar forças para combater na Ucrânia. Claro que isto não é uma declaração de guerra à NATO, mas é para dar corda à veia patriótica russa.
Essa declaração poderá motivar mais movimentações nas fronteiras com a NATO, nomeadamente através da mobilização de armas nucleares?
Penso que, neste momento, é mais demonstração de força, mais retórica, do que ameaça de passar à prática. Claro que as coisas vão evoluindo, as tropas russas não conseguem ter êxitos significativos. Se for realizada a tal parada, como dizem, em Mariupol, isso será mais uma grande humilhação para os ucranianos, não sei até que ponto o Kremlin poderá ganhar alguma coisa com isso a não ser em termos internos, indo ao encontro dos instintos mais selvagens de parte da população russa.
Eu espero bem que a Putin não lhe passe pela cabeça invadir a Finlândia e a Suécia
Numa altura em que a Finlândia e a Suécia se aproximam cada vez mais de uma adesão à NATO, como é que a Rússia vai reagir a essas adesões?
Eu espero bem que a Putin não lhe passe pela cabeça invadir a Finlândia e a Suécia. Isso seria loucura extrema ou extremíssima, mesmo, se ele desse esses passos. Do ponto de vista de retórica e de demonstração de força, iremos ver numerosas iniciativas por parte de Moscovo, mas daí até invadir a Finlândia e a Suécia vai um grande passo.
A Rússia já tem invadido várias vezes os espaços aéreos dos dois países.
Isso é demonstração de força e ameaça, no sentido de pressionar não só os políticos mas também a opinião pública dos dois países. Nós não podemos esquecer que a Finlândia e a Suécia são dois países democráticos, ou melhor, dos países mais democráticos do mundo, e onde a opinião pública é muito importante para os políticos. Por isso, a Rússia irá tentar também dirigir mensagens à opinião pública para que esta não adira a esta ideia da entrada desses países na NATO.
Ursula von der Leyen anunciou que a União Europeia tenciona embargar as importações de petróleo russo. Acha que este passo será tomado, mesmo com a intransigência da Hungria e da Eslováquia, e que tipo de sanções pode a UE continuar a tomar para dissuadir o governo russo?
Putin está disposto a ir até ao fim, não obstante todas as sanções, a não ser que na Rússia apareça alguma corrente nas elites que tente travar Putin e destroná-lo, de forma a parar com esta tragédia que está a ocorrer na Ucrânia. Isto porque há já algumas pessoas influentes que compreenderam que a Rússia não vai ganhar esta guerra - ela pode não a perder, mas não vai ganhar de certeza absoluta - e que isto vai ter consequências funestas para a Rússia, vai atirar o desenvolvimento russo para 30 ou 40 anos atrás. Daí que, se não houver essa perceção na elite russa, Putin irá até às últimas consequências.
Espero bem que não vá até à pior das consequências, ou que não o deixem ir, e aqui só gostaria de ver aumentar o papel da China neste processo.
O enfraquecimento da Rússia não será bom para a China, na sua luta contra os Estados Unidos e o chamado Ocidente
A China tem de reagir mais claramente, pressionando a Rússia a travar esta loucura e tentar, juntamente com os outros países, encontrar uma saída aceitável para as duas partes. Parece praticamente impossível, mas tem de ser feito de alguma forma, e a pressão da China, aqui, diria que é essencial para arrefecer um bocado os apetites russos.
Aproveitando a questão que mencionou sobre a China. Falou-se muito sobre a falta de ação da China e as abstenções na Organização das Nações Unidas, mas explicando as dinâmicas de Pequim nesta matéria, porque é que a China ainda não tomou uma posição mais vincada nesta invasão?
A China está a tentar sentar-se ao mesmo tempo em várias cadeiras. O enfraquecimento da Rússia não será bom para a China, na sua luta contra os Estados Unidos e o chamado Ocidente. A China não quer uma Rússia enfraquecida. Por outro lado, os grandes mercados chineses de exportação estão no Ocidente e, se isto continuar a derrapar, o que pode acontecer é que a China, que já está a ter graves prejuízos económicos, terá ainda muitos mais, caso isto continue. Não só porque pode perder mercados, mas também porque está a ser completamente destruído, por exemplo, o sistema logístico de transportes mundiais.
Em termos nacionais, a questão do acolhimento de refugiados em Setúbal continua a marcar a política nacional, nomeadamente com as acusações em torno de Igor Khaskin [um dos responsáveis pela receção dos refugiados ucranianos em Setúbal] e as ligações deste russo ao Kremlin. Como é que interpreta a presença de Khaskin nesta polémica e no acolhimento de refugiados?
Eu não quero pronunciar-me diretamente sobre isso, porque acho que é necessário fazer uma investigação profunda deste caso, porque se trata de um caso muito grave. O senhor, cujo nome citou, efetivamente está muito ligado às autoridades, ao governo e à embaixada russos, isso é um facto. Agora, resta provar que ele cometeu ilegalidades, e isso deverá ser fruto de investigação.
A única coisa que eu receio é que todas as investigações em Portugal não levam a coisa nenhuma. O caso da Câmara de Lisboa caiu, ou está a cair, no esquecimento; no caso do passaporte português de Abramovich também prometeram conclusões, e não há nada. E eu penso que este inquérito também vai acabar por não levar a lado nenhum.
[h=1]Fragata russa do mar Negro que Ucrânia diz ter atacado está a arder [/h]
[h=2]Uma fragata russa incendiou-se na ilha de Zmeiny, no Mar Negro, e algumas agências ucranianas locais atribuem o incidente ao impacto de um míssil lançado pelo exército ucraniano.
[/h]
Segundo a agência ucraniana Dumskaya, a fragata russa 'Almirante Makarov' foi alvo de uma explosão que provocou um incêndio, num incidente que terá acontecido na quinta-feira, e que foi atribuído ao impacto de um míssil do tipo Neptuno, lançado pelas forças militares ucranianas.
A agência observou que estavam vários aviões russos a sobrevoar esta área do Mar Negro e que navios de resgate foram chamados para ajudar o navio de guerra em chamas.
Um deputado ucraniano, Oleksiy Goncharenko, confirmou o incidente com a fragata numa mensagem publicada na rede Telegram, observando que "outro navio de guerra russo teve o que merecia".
Também a imprensa local destacou que os dados atualizados do Estado-maior ucraniano, hoje publicados, especificam que os russos perderam outro importante navio de guerra.
Segundo as fontes, a fragata danificada está ao serviço da frota russa do Mar Negro e faz parte da 30ª divisão de navios de superfície (os submarinos também são chamados navios). Segundo avançou hoje o site da revista Forbes, com este incidente, a juntar-se ao naufrágio do cruzador de mísseis 'Moskva', causado por mísseis ucranianos, em 14 de abril, a frota russa do Mar Negro fica reduzida a apenas três grandes navios de superfície de combate.
A 'Almirante Makarov' era considerada a mais importante da frota depois do naufrágio do "Moskva'.
O 'Moskva' afundou-se a 13 de abril, após um incidente que os russos atribuíram a um acidente fortuito e os ucranianos a um ataque com vários dos seus mísseis.
Encomendada em 2017, o 'Almirante Makarov' foi o terceiro e último navio da sua classe, mas também o mais moderno.
Todas as três fragatas da classe pertencem à frota do Mar Negro. Armadas com 24 mísseis terra-ar de médio alcance Buk e oito mísseis de cruzeiro Kalibr, todos em células verticais, as fragatas podem escoltar outras embarcações e também atacar alvos em terra.
Embora a Rússia ainda não se tenha pronunciado sobre o incidente, esta poderá ser a segunda mais grave perda da armada russa no Mar Negro desde que Moscovo invadiu a Ucrânia, no passado dia 24 de fevereiro.
[h=1]Putin poderá cometer "grave erro" se mobilizar tropas, diz especialista [/h]
[h=2]Há quem defenda que Vladimir Putin se prepara para declarar oficialmente guerra à Ucrânia, o que significaria que as tropas na reserva seriam obrigadas a juntar-se ao conflito.
[/h]
Um investigador independente e antigo membro do Wilson Center, um 'think tank' político apartidário nos Estados Unidos, defendeu, esta sexta-feira, que poderão surgir movimentos revolucionários contra o Kremlin nos próximos dias.
Numa publicação partilhada no Twitter, Kamil Galeev escreveu sobre a especulação que tem sido criada à volta do Dia da Vitória, assinalado a 9 de maio.
"A julgar pelo caráter e hábitos de Putin, eu diria que há 20% de probabilidades de ele anunciar a mobilização em massa de reservas militares", considerou o especialista.
"Ele pode escalar [o conflito] maioritariamente para efeitos de propaganda e para aumentar a sua legitimidade. Será, porém, um grave erro", adiantou, explicando que a mobilização em massa vai levar a "uma situação quase sem infraestruturas para isso e sem capacidade organizacional para algo desta dimensão".
"Em caso de mobilização [das tropas militares na reserva], vamos ter quartéis e espaços de treino sobrelotadas pelo elevado número de tropas desmotivadas, que estarão a ser lideradas por superiores fracos", reiterou, sublinhando que serão "toneladas" de pessoas armadas com "um interesse imediato em derrubar o regime".
[h=1]Rússia desvaloriza avisos e garante que não usará armas nucleares [/h]
[h=2]Tropas russas têm ameaçado mobilização de armas nucleares em zonas de fronteira com a NATO e com os países nórdicos.
[/h]
O ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia garantiu que não usará armas nucleares na Ucrânia, apesar dos avisos da inteligência norte-americana sobre essa ser uma ameaça a ter em conta.
O porta-voz do ministério russo, Alexei Zaitsev, disse aos jornalistas, citado pela Reuters, que essa não é a intenção do Kremlin, na sua "operação militar especial".
No mês passado, o diretor da CIA, William Burns, avisou que os percalços e parcos avanços sentidos pelas tropas russas na Ucrânia obriga a que não seja possível "encarar com leviandade a ameaça de um potencial recurso a armas nucleares táticas ou armas nucleares de baixo rendimento".
Ao longo da guerra, a Rússia tem ameaçado mobilizar armas nucleares em regiões fronteiriças, nomeadamente no enclave de Kaliningrado, como resposta às sanções da União Europeia e às aproximações dos países nórdicos à NATO.
[h=1]Ucrânia alerta para mais bombardeamentos domingo e segunda-feira [/h]
[h=2]Membros do conselho de segurança nacional da Ucrânia alertaram hoje os residentes para um aumento do risco de bombardeamentos no domingo e na segunda-feira, coincidindo com as celebrações do Dia da Vitória da Rússia.
[/h]
Uma publicação no Facebook na página do Centro de Combate à Desinformação, que integra o Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, instou os ucranianos a não ignorarem as sirenes de ataques aéreos.
"Como as tropas russas não se podem gabar de quaisquer conquistas significativas na frente até ao Dia da Vitória, o risco de bombardeamentos de cidades ucranianas por estes dias está a aumentar", diz o 'post'.
Na sexta-feira, o presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, anunciou que as autoridades não vão alargar o recolher obrigatório na capital ucraniana, já introduzido, mas que as patrulhas de rua seriam reforçadas.
Moscovo comemora a vitória soviética sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial, no dia 9 de maio.
[h=1]"Defendemo-nos contra o ataque da tirania que anseia por destruir tudo" [/h]
[h=2]Zelensky confirmou que mais de 40 civis - mulheres e crianças - saíram hoje do complexo siderúrgico de Azovstal, graças à mediação da ONU e da Cruz Vermelha.
[/h]
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sublinhou esta sexta-feira “a força extraordinária da posição ucraniana”, que está a “defender-se” contra o “ataque da tirania que anseia por destruir tudo o que a liberdade dá às pessoas e aos Estados”.
“Esta é a força extraordinária da posição ucraniana. Defendemo-nos contra o ataque da tirania que anseia por destruir tudo o que a liberdade dá às pessoas e aos Estados. E tal luta - pela liberdade e contra a tirania - é bastante compreensível para qualquer sociedade, em qualquer canto do nosso planeta”, afirmou Zelensky, na sua comunicação diária ao país.
O governante confirmou ainda que mais de 40 civis - mulheres e crianças - saíram hoje do complexo siderúrgico de Azovstal, na cidade portuária de Mariupol, graças à mediação da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Comité Internacional da Cruz Vermelha e espera que, “em breve”, estas possam “possam chegar a uma zona segura após dois meses de bombardeamentos, apenas no subsolo, em abrigos”.
Em relação aos militares ainda em Azovstal, o último reduto da resistência ucraniana em Mariupol, Zelensky diz que estão em curso conversações para “opções diplomáticas” e que “mediadores” e “Estados influentes” estão envolvidos.
“As tropas russas continuaram os bombardeamentos no nosso território, incluindo mísseis e ataques aéreos”, acrescentou Zelensky, que pediu aos cidadãos para não ignorarem os alertas de ataque aéreo. “Por favor, esta é a vossa vida, a vida dos vossos filhos. Além disso, sigam rigorosamente os regulamentos de ordem pública e toque de recolher nas cidades e comunidades”, apelou.
[h=1]Líder pró-russo afirma que Kherson foi "libertada de nacionalistas" [/h]
[h=2] O líder pró-russo da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, disse que a região de Kherson, no sul da Ucrânia, "foi libertada dos nacionalistas" e "do controlo de Kiev", noticiou hoje a agência russa Sputnik.
[/h]
"Hoje em dia não existem autoridades ucranianas a efetuar qualquer inspeção ou controlo de documentos. O território foi libertado dos nacionalistas" ucranianos, disse Sergei Aksionov, em entrevista à Sputnik.
"A vida voltou a ser pacífica na região de Kherson", próxima do mar Negro, acrescentou o chefe do governo autónomo da Crimeia.
A Sputnik notou que, numa "operação especial de desmilitarização da Ucrânia", o exército russo "assumiu o controlo de toda a região de Kherson no sul do país e da parte Azov da região de Zaporijia".
Aksionov indicou ainda que "foram constituídas administrações civis e militares, os canais de televisão e rádio russos retomaram as emissões e os laços comerciais com a Crimeia estão a ser restabelecidos".
[h=1]Autarca de Kyiv pede a residentes para ficarem em casa nos próximos dias [/h]
[h=2]Em causa está o facto de vários países ocidentais alertarem para o facto de o presidente russo, Vladimir Putin, querer declarar formalmente guerra à Ucrânia no dia 9 de maio.
[/h]
O autarca de Kyiv, Vitali Klitschko, apelou esta sexta-feira aos habitantes da capital ucraniana a permanecerem em casa no próximo domingo e segunda-feira. Em causa está o facto de vários países ocidentais alertarem para o facto de o presidente russo, Vladimir Putin, querer declarar formalmente guerra à Ucrânia no dia 9 de maio, no ‘Dia da Vitória’ russa, que assinala a capitulação do regime da Alemanha nazi perante as forças soviéticas, no final da Segunda Guerra Mundial.
Na rede social Facebook, o político revelou que não irá estar em vigor um recolher obrigatório, mas não irá decorrer qualquer evento público durante esses dias.
“Se alguém quiser colocar plantas, poderá fazê-lo em particular. Prestem atenção e sigam as regras de segurança em tempos de guerra”, escreveu. “Também peço que não ignorem os alertas de ataque aéreo e se protejam imediatamente. Nos próximos dias, há uma grande probabilidade de bombardeamentos com mísseis em todas as regiões da Ucrânia.
Fiquem atentos e cuidem da vossa própria segurança”, acrescentou.
"Como as tropas russas não se podem gabar de quaisquer conquistas significativas na frente até ao Dia da Vitória, o risco de bombardeamentos de cidades ucranianas por estes dias está a aumentar", lê-se numa publicação no site do Centro de Combate à Desinformação, que integra o Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia.
[h=1]Autoridades ucranianas noticiam intensos combates em Donbass [/h]
[h=2]As autoridades ucranianas noticiaram hoje intensos combates em Donbass, enquanto se mantém o cerco da siderurgia Azovstal, onde as tropas ucranianas de Mariupol estão a resistir.
[/h]
Kyiv acredita que a Rússia está a preparar um desfile para 09 de maio, Dia da Vitória sobre a Alemanha Nazi, em Mariupol.
A ofensiva em Donetsk e Lugansk continua, informou o Estado-Maior do Exército ucraniano no último comunicado, publicado no Facebook.
No entanto, de acordo com os meios de comunicação social, as tropas ucranianas conseguiram repelir oito ataques em ambas as regiões separatistas do leste do país. Em Kherson, controlada pela Rússia, estão em curso os preparativos para uma desagregação de facto da região no sul, relata o portal Ukrinform.
Em Mariupol, onde segundo fontes russas e ucranianas coincidentes 50 civis foram retirados na sexta-feira, o cerco russo do complexo Azovstal continua, de acordo com os meios de comunicação ucranianos.
Há dois dias, foi noticiado que as primeiras tropas russas já tinham entrado no complexo industrial, onde várias centenas de civis e um número desconhecido de soldados ucranianos se diz que continuam refugiados.
Falando a partir de Kyiv na sexta-feira à noite, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, exortou a população a exercer a máxima disciplina e a seguir as instruções precisas das autoridades e os alarmes antiaéreos de modo a não colocar as suas vidas e as dos seus filhos em risco.
A capital está a ser patrulhada por 5.000 tropas, disse o presidente da Câmara de Kyiv, Vitali Klitschko, para evitar "provocações" por parte de amotinados ou pró-russos, especialmente entre 08 e 09 de maio.
O 09 de maio é tradicionalmente comemorado como o Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi, com a assinatura da Capitulação do Terceiro Reich e a entrada do exército soviético em Berlim.
O Presidente russo, Vladimir Putin, tem agendado proferir o seu tradicional discurso em Moscovo naquele dia.
Mas as autoridades de Kyiv acreditam que neste aniversário as tropas russas vão desfilar pelo centro de Mariupol, a estratégica cidade portuária do Mar Negro, que tem estado cercada desde o primeiro dia da invasão do país em 24 de fevereiro.
[h=1]Ucrânia: Autoridades da Transnístria denunciam novos ataques [/h]
[h=2]Autoridades no território separatista moldavo da Transnístria denunciaram hoje novos ataques de 'drones' de origem desconhecida.
[/h]
"Quatro engenhos explodiram perto da cidade de Voronkovo, na região de Ribnitsk, no território de um antigo aeródromo", relatou o serviço de imprensa do Ministério do Interior da Transnístria no Telegram, sem especificar a origem dos ataques.
Segundo as autoridades, "na noite de 06 de maio, aproximadamente às 21:40 (horas locais; 19:40 em Lisboa), foram lançados dois engenhos explosivos a partir de um 'drone'. Uma hora depois, o ataque foi repetido".
"Uma equipa de investigação operacional está a trabalhar no local. Os peritos recolheram os restos do engenho explosivo", disse o Ministério do Interior, observando que ninguém morreu ou ficou ferido em resultado do incidente.
Diz-se que este foi o segundo ataque na cidade de Voronkovo, na sequência de um incidente em 05 de maio às 22:20 (hora local; 20:20 em Lisboa), quando dois engenhos explosivos foram largados por um 'drone'.
A situação na Transnístria começou a ficar tensa no final de abril, depois de uma série de tiroteios e explosões em edifícios e infraestruturas governamentais, que, segundo as autoridades, tiveram origem em território ucraniano.
Kiev alegou que era uma operação de "bandeira falsa" da Rússia para culpar a Ucrânia pelos ataques, bem como os preparativos para lançar uma ofensiva, enquanto a Rússia descreveu os incidentes como uma tentativa de arrastar estes territórios para o conflito armado na Ucrânia.
A Rússia tem cerca de 1.500 soldados permanentemente na Transnístria.
A Transnístria, um território de apenas meio milhão de habitantes, na maioria eslavos, cortou laços com a Moldávia após um conflito armado (1992-1993), durante o qual recebeu assistência da Rússia.
Ao abrigo do Acordo sobre a Resolução Pacífica do Conflito na Transnístria, assinado em julho de 1992, a Rússia enviou 2.400 soldados para garantir a paz na zona, mas tem vindo a reduzir este contingente ao longo dos anos.
A Moldávia pediu para aderir à União Europeia (UE), enquanto Tiraspol pediu que a sua independência fosse reconhecida depois deste passo dado por Chisinau.
[h=1]Moscovo anuncia destruição de arsenal de armas provenientes dos EUA e UE [/h]
[h=2]O Exército russo destruiu um importante arsenal de armas provenientes dos Estados Unidos e da União Europeia na região de Kharkiv, no leste da Ucrânia, e causou 280 baixas do Exército ucraniano, disse hoje o comando militar russo.
[/h]
"Um grande arsenal de equipamento militar dos EUA e da UE foi destruído na estação ferroviária de Bohodukhiv, na região de Kharkiv. Como resultado dos ataques, cerca de 280 nacionalistas foram aniquilados e 48 peças de equipamento de combate foram destruídas", disse o porta-voz russo da Defesa, Igor Konashenkov.
De acordo com o comando militar, a Força Aeroespacial russa destruiu com mísseis de alta precisão cinco zonas de concentração de equipamento e forças militares, bem como um depósito de munições nas proximidades da aldeia de Bakhmut na região de Donetsk.
A aviação atingiu 18 alvos militares ucranianos, incluindo dois postos de controlo na localidade de Skovorodnikovo na região de Kharkiv, bem como depósitos de armas e de combustível na localidade de Dachnoye na região de Odessa, no sul do país.
Quarenta e quatro postos de controlo ucranianos e 196 fortificações foram também destruídos por ataques de mísseis e artilharia.
Os sistemas de defesa antiaérea russos abateram 13 drones ucranianos nas regiões de Mikolayev, Donetsk e Kherson na sexta-feira à noite, bem como três mísseis balísticos Tochka-U e nove cartuchos Smerch sobre a cidade de Izium.
[h=1]G7 acusa Putin de envergonhar Rússia e reitera apoio à Ucrânia [/h]
[h=2]Os países que integram o G7 defenderam hoje que o Presidente Vladimir Putin envergonha "os sacrifícios históricos" da Rússia e reiteraram apoio à Ucrânia.
[/h]
As ações de Putin na Ucrânia "cobrem de vergonha a Rússia e os sacrifícios históricos do seu povo", defendeu o grupo, citado pela Agência France Presse (AFP).
Numa reunião virtual, que contou com a presença do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, os chefes de Estado e do Governo da Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália Japão e Reino Unido reiteraram o compromisso de adotarem "mais medidas que ajudem a Ucrânia a garantir um futuro livre e democrático", assim como a "defender e repelir futuros atos de agressão", segundo um texto divulgado no final do encontro.
[h=1]Primeiro-ministro do Canadá faz visita surpresa a Irpin [/h]
[h=2]O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, fez hoje uma visita surpresa à cidade ucraniana de Irpin, palco de combates entre soldados da Ucrânia e da Rússia, segundo um autarca local.
[/h]
"[Trudeau] Veio a Irpin para vner com os seus próprios olhos todos os horrores que os ocupantes russos fizeram à nossa cidade", escreveu o presidente da câmara, Oleksandr Markushin, na plataforma Telegram, onde partilhou fotos do chefe do Governo canadiano.
A visita de Justin Trudeau à Ucrânia não tinha sido anunciada.
"O primeiro-ministro está na Ucrânia para se encontrar o com o Presidente [ucraniano, Volodymyr] Zelensky e reafirmar o nosso apoio inabalável ao povo ucraniano", afirmou o seu gabinete, citado pela agência France-Presse (AFP).
Markushin disse ter "agradecido sinceramente" ao primeiro-ministro canadiano pelo "apoio do Canadá à Ucrânia".
"Acreditamos na cooperação contínua entre os nossos países na reconstrução das cidades ucranianas após a nossa vitória", acrescentou o autarca.
Irpin, na periferia de Kiev, foi palco de fortes combates entre russos e ucranianos nos primeiros dias da invasão da Rússia, no final de fevereiro.
As forças russas tomaram rapidamente o controlo da cidade -- com cerca de 60.000 habitantes antes da guerra -- e ocupou-a durante todo o mês de março.
Kiev acusa as forças russas de terem cometido massacres em Irpin -- assim como na vizinha Bucha --, depois de anunciar ter encontrado dezenas de corpos com roupas de civis após estas terem abandonado a cidade.
[h=1]Ucrânia: Soldados em Azovstal descartam render-se à Rússia [/h]
[h=2]Os soldados ucranianos que estão há várias semanas nas galerias subterrâneas do complexo siderúrgico de Azovstal, em Mariupol, garantiram hoje que não se vão render à Rússia.
[/h]
"A rendição não é uma opção porque a Rússia não está interessada na nossa vida. Eles não querem saber se ficamos vivos", afirmou um membro do batalhão de Azovstal, Ilya Samoïlenko, em conferência de imprensa, transmitida por vídeo.
Samoïlenko notou ainda que as reservas dos soldados são limitadas, precisando que dispõem de água e munições.
"Nós somos as testemunhas dos crimes de guerra cometidos pela Rússia", vincou o soldado.
Este sábado, a Ucrânia pediu aos Médicos Sem Fronteiras (MSF) para retirarem e tratarem soldados entrincheirados no complexo siderúrgico de Azovstal, num comunicado difundido algumas horas após o anúncio de retirada dos civis.
No mesmo dia, mulheres, crianças e idosos foram retirados de Azovstal, anunciou a vice-primeira-ministra da Ucrânia.
"A ordem do Presidente foi cumprida: todas as mulheres, crianças e idosos foram retirados de Azovstal", adiantou Iryna Veheshchuk, citada pela agência Associated Press (AP).
Por sua vez, a agência de notícias russa Tass já tinha indicado que outras 50 pessoas tinham sido retiradas da fábrica.
Na sexta-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a cidade de Mariupol está "completamente destruída" e que à Rússia apenas resta apoderar-se do seu complexo siderúrgico, Azovstal.
[h=1]Kyiv denuncia preparativos russos para combate "iminente" na Transnístria [/h]
[h=2]O Estado-Maior das forças armadas ucranianas alertou hoje para o que descreveu como "preparações para entrar em combate iminente" por parte de grupos armados e tropas russas na Transnístria, um território separatista na vizinha Moldávia.
[/h]
As forças concentradas naquele território estão "em plena preparação" para o combate, segundo o comunicado do Estado-Maior General, divulgado pelo portal de informação Unian.
As autoridades ucranianas alertam há semanas para uma possível extensão do conflito em direção àquela região separatista pró-russa da Moldávia.
Ataques de 'drones' [aparelhos aéreos não tripulados] não identificados foram reportados na Transnístria.
A situação na Transnístria começou a ficar tensa no final de abril, após uma série de tiroteios e explosões em prédios e infraestruturas do Governo, que, segundo as autoridades separatistas, vieram do território ucraniano.
Kyiv assegurou que foi uma operação de "bandeira falsa" da Rússia para culpar a Ucrânia pelos ataques, além dos preparativos para lançar uma ofensiva, enquanto a Rússia descreveu esses incidentes como uma tentativa de arrastar este território para o conflito armado na Ucrânia.
Estima-se que a Rússia tenha estacionado permanentemente na Transnístria, com meio milhão de habitantes, um contingente de cerca de 1.500 soldados.
A Moldávia solicitou a adesão à União Europeia (UE), enquanto a Transnístria pediu que sua independência fosse reconhecida após esta decisão dada por Chisinau, a capital da Moldávia.
A Transnístria, um território de apenas meio milhão de habitantes, na maioria eslavos, cortou laços com a Moldávia após um conflito armado (1992-1993), durante o qual recebeu assistência da Rússia.
Ao abrigo do Acordo sobre a Resolução Pacífica do Conflito na Transnístria, assinado em julho de 1992, a Rússia enviou 2.400 soldados para garantir a paz na zona, mas tem vindo a reduzir este contingente ao longo dos anos.
[h=1]Rússia "não é diferente dos nazis", diz embaixadora da Ucrânia nos EUA [/h]
[h=2]Embaixadora ucraniana considera que a Ucrânia está também a defender a democracia mundial do regime russo.
[/h]
A embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos considerou, esta segunda-feira, que a Rússia “não é diferente dos nazis”.
Durante uma cerimónia no Memorial da Segunda Guerra Mundial em Washington, D.C., Oksana Markarova deixou uma coroa de flores em memória das vítimas e fez depois uma associação entre o regime russo e o nazismo.
“Hoje a Ucrânia defende-se a si própria e a democracia no mundo do regime russo, que não é diferente dos nazis, nem em retórica e agressão, nem em métodos de crimes de guerra”, considerou.