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[h=1]Retirada de civis de Mariupol continua hoje, dizem autoridades locais [/h]
[h=2]A retirada dos residentes de Mariupol e da fábrica Azovstal, onde centenas de civis permanecem cercados e encurralados, iniciada no sábado, vai continuar hoje, disseram as autoridades locais na plataforma Telegram.
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De acordo com o município, foram acordados dois locais adicionais para retirar pessoas de Mariupol, sob os auspícios da ONU e da Cruz Vermelha.
"Há boas notícias. Com o apoio das Nações Unidas e da Cruz Vermelha, foram hoje acordados dois locais adicionais para colocar pessoas num comboio que saia de Mariupol. Estes são a aldeia de Mangush, na região de Donetsk, e Lunacharsky, perto de Berdiansk, a leste de Mariupol", indicaram as autoridades.
"Se tiver familiares ou conhecidos no local, tente contactá-los e fornecer-lhes informações sobre uma possível retirada", alertaram.
A Ucrânia conseguiu no domingo, com a ajuda da ONU e do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), retirar entre 80 e 100 refugiados civis de Azovstal em Mariupol, depois de várias operações fracassadas, no que Kyiv descreveu como a operação mais difícil desde que a guerra começou há mais de dois meses.
No início da semana passada, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reuniu-se com o Presidente russo, Vladimir Putin, de quem obteve um "acordo de princípio" para envolver a ONU e o CICV na operação.
Guterres viajou depois para Kyiv para acertar pormenores com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, e garantir que a ONU estava a fazer "tudo o que era possível" para conseguir a retirada dos civis da siderurgia.
"Apercebi-me de que a Rússia, como país, já não existe", disse Tinkov, que é o fundador de um dos maiores bancos digitais a nível global. Apesar de reconhecer que já sabia que o "regime de Putin era mau", o homem, de 54 anos, admitiu que "não tinha ideia" de que as ações do Kremlin poderiam chegar a esta "escala catastrófica".
O empresário disse ainda que nos últimos dias contratou seguranças, depois de amigos russos lhe terem dito que devia temer pela sua vida.
O empresário é um dos poucos russos que criticou o Kremlin publicamente, tendo escrito no Instagram que 90% dos russos eram "contra a guerra" e que o exército russo era "um exército de *****". "Como é que exército pode ser bom, se tudo o resto no país está mergulhado em nepotismo e subserviência?", questionou-se, na altura.
[h=1]'Fantasma de Kyiv' não morreu. "Continua vivo", dizem forças armadas [/h]
[h=2]Depois de relatos sobre a morte do mítico piloto, a Força Aérea Ucraniana desmentiu não só os rumores como a existência do militar, cuja história se tornou épica depois de muitos vídeos partilhados.
No entanto, a Força Aérea Ucraniana veio desmentir, mais uma vez, a existência do 'Fantasma'.
Através do Twitter, este ramo das forças armadas ucranianas afirmaram que "o 'Fantasma de Kyiv' continua vivo", pois "personifica o espírito coletivo dos pilotos altamente qualificados da Brigada Tática de Aviação, que defenderam com sucesso Kyiv e a região".
Os rumores sobre o 'Fantasma de Kyiv' começaram bem cedo na guerra, ainda em fevereiro, quando o próprio governo ucraniano catalogou com a alcunha um piloto que terá destruído seis aeronaves russas, na região de Lugansk.
Os vídeos virais do alegado piloto mortífero foram-se seguindo, uns atrás dos outros, criando uma imagem épica de um ás dos céus imbatível, digno de filme. Um dos vídeos foi tão partilhado que, pouco tempo depois, o Deutsche Welle analisou-o e confirmou que tinha sido retirado de um videojogo.
As forças ucranianas vieram agora admitir que, apesar de Tarabalka ser, ele próprio, um herói morto em combate, o mito foi uma bem sucedida ação de propaganda.
"O fantasma de Kyiv é um super herói — uma lenda e personagem criada pelos ucranianos", admitiram.
Para trás, fica a campanha de marketing, que colocou frente a frente um superpoder militar, dotado de uma força aérea composta por milhares de aeronaves, contra um único piloto. E fica também a venda de muitas, muitas t-shirts.
[h=1]Mariupol espera que milhares de civis cheguem hoje a Zaporizhzhya [/h]
[h=2]A autarquia de Mariupol disse hoje esperar que os milhares de civis que foram retirados no domingo daquela cidade portuária sitiada pelas forças russas, mas que ficaram retidos a meio do caminho, cheguem esta segunda-feira a Zaporizhzhya (sul).
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"Segundo as nossas informações, [muitos civis] já deixaram Mariupol e devem chegar a Zaporizhzhya esta tarde ou noite", disse um porta-voz da autarquia numa mensagem publicada na rede social Telegram, citado pela agência ucraniana de notícias Ukrinform.
As autoridades de Mariupol esperam que as tropas russas "permitam" que os civis prosseguiam hoje a viagem até Zaporizhzhya, de onde será posteriormente organizada a transferência destas pessoas para outras partes da Ucrânia.
Ao longo do dia de hoje, espera-se que prossiga a retirada dos civis retidos em Mariupol, especialmente do complexo industrial metalúrgico de Azovstal, último reduto da resistência ucraniana nesta cidade estratégica.
O gabinete da autarquia adiantou que os autocarros previstos para levar os civis para fora da cidade já receberam as necessárias autorizações e acrescentou que estes podem juntar-se a uma coluna composta por carros particulares.
Os primeiros civis retirados de Azovstal, um grupo de cerca de uma centena de pessoas composto sobretudo por mulheres, crianças e idosos, chegaram no domingo a Zaporizhzhya, numa operação mediada pelas Nações Unidas e pela Cruz Vermelha.
Enquanto isso, a Rússia continua a sua ofensiva no sul da Ucrânia, com o objetivo de ocupar toda a região de Kherson - importante porto do Mar Negro e do rio Dniepre e sede de várias empresas da indústria naval -, onde os moradores estão a ser pressionados para aceitar as tropas de ocupação como legítimas, segundo Kiev.
[h=1]Comparação com Hitler? Rússia esqueceu-se das "lições" da II Guerra [/h]
[h=2]Presidente da Ucrânia critica o facto de Moscovo não ter reagido após as declarações de Lavrov.
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, considerou, esta segunda-feira, que as recentes declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, mostram que Moscovo se esqueceu de todas “as lições da Segunda Guerra Mundial”.
No seu habitual discurso diário, o presidente ucraniano criticou as palavras de Lavrov, que o comparou a Adolf Hitler, dizendo que o ditador tinha “sangue judeu”, tal como Zelensky.
“Não tenho palavras. Ninguém ouviu qualquer justificação ou um desmentido da parte de Moscovo. Só temos silêncio. Isto mostra que a liderança russa se esqueceu de todas as lições da Segunda Guerra Mundial”, disse Zelensky.
“Ou então talvez nunca tenha aprendido essas lições”, acrescentou.
Recorde-se que as declarações do governante russo, ao canal Rete 4, surgiram depois de o jornalista questionar a razão que levava a Rússia a dizer que tinha que "desnazificar" a Ucrânia, se o presidente do país era judeu.
"Quando eles [ucranianos] dizem 'que desnazificação é esta se nós somos judeus', penso que Hitler também tinha ascendência judaica, por isso, isso não significa nada", disse Lavrov. "Durante muito tempo, ouvimos as pessoas sábias judias dizer que os maiores antissemitas são os próprios judeus", afirmou.
Líder do Exército russo esteve na frente de combate no Donbass
O chefe do Estado-Maior do Exército russo esteve na semana passada na frente de combate na região do Donbass, referiu hoje fonte do Pentágono, sem confirmar os rumores de que Valery Guerassimov terá sido ferido no leste da Ucrânia.
"O que podemos confirmar, é que sabemos que durante vários dias na semana passada esteve no Donbass", adiantou um alto funcionário do Departamento de Defesa (Pentágono) dos Estados Unidos, que falou sob a condição de anonimato.
Um assessor do ministro do Interior ucraniano, Anton Guerashchenko, referiu no domingo que muitos oficiais russos foram atingidos por uma "explosão" em Izium, no leste da Ucrânia, acrescentando que o general Valery Guerassimov estava no local.
Mas outro assessor do Ministério do Interior, Viktor Androussiv, afirmou, em declarações à televisão ucraniana, que o general não sofreu ferimentos.
"Temos a confirmação de que ele esteve lá, na região de Izium (...). Temos algumas confirmações de que ele não ficou ferido", referiu.
Segundo noticiaram vários 'media', Guerassimov esteve na frente de combate, onde inspecionou as condições no terreno.
As forças russas, depois de terem falhado a tomada de Kiev, concentraram-se nas últimas semanas na região do Donbass, onde procuram controlar as regiões de Donetsk e Lugansk.
A fonte do Pentágono acrescentou ainda que o Exército russo está a fazer "progressos limitados" nos confrontos com os ucranianos naquela região, considerado o seu avanço "anémico"
Os russos tomaram o controlo de aldeias que depois perderam para as forças ucranianas, exemplificou, citado pela agência France-Presse (AFP).
O alto funcionário norte-americano sugere que os militares russos estão desmoralizados e que sofrem de um comando desorganizado.
O progresso russo no terreno é "muito desigual (...) e em alguns casos, a melhor palavra para o descrever é anémico", frisou.
As entregas de armas aos ucranianos por parte dos Estados Unidos e aliados ocidentais continua a decorrer, incluindo material de artilharia pesada, sistemas de radar e 'drones' de combate, sublinhou ainda.
[h=2]O porto de Odessa, no mar Negro, foi hoje alvo dos mísseis das forças invasoras russas, revelou o governador da região do sudoeste da Ucrânia, adiantando que o ataque causou um número indeterminado de mortos e feridos.
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O governador da região de Odessa, Maksym Marchenko, divulgou através da rede social Telegram que outras infraestruturas foram atingidas no ataque russo.
Um adolescente de 15 anos morreu e um outro menor ficou ferido na sequência do ataque, anunciaram autoridades municipais daquela cidade portuária.
"Um ataque com mísseis danificou um prédio onde estavam cinco pessoas. Um menino de 15 anos morreu, outra criança menor foi levada para o hospital", divulgou fonte do município de Odessa, sem adiantar mais detalhes.
Pouco antes, Marchenko tinha indicado que as forças russas atacaram uma ponte estratégica no oeste do país, no rio Dniestre, única ligação ferroviária e principal ligação rodoviária para oeste de Odessa.
A ponte, no estuário do rio Dniestre, já tinha sido severamente danificada em dois ataques anteriores com mísseis russos e a sua destruição corta o acesso a carregamentos de armas e outras cargas a partir da Roménia.
Os ataques à ponte aconteceram depois de uma reivindicação por parte de um oficial superior das forças russas de que a Rússia pretende assumir o controlo de todo o sul da Ucrânia e construir um corredor terrestre para a região separatista da Transnístria, na Moldova, onde as tensões aumentaram recentemente.
A estimativa aponta para cerca de 1.500 soldados russos destacados nessa região.
Oficiais ucranianos e ocidentais manifestaram preocupação de que a Rússia pudesse usar a Transnístria para abrir uma nova frente na guerra contra a Ucrânia.
[h=1]Ucrânia: Medo dos russos ainda assusta quem vive na Transnístria [/h]
[h=2]Albina Bulat, moradora em Cosnita, Moldova, fala muito sobre a guerra na vizinha Ucrânia e promete solidariedade total do país vizinho, mesmo daqueles que vivem sob controlo militar russo, na Transnístria.
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O pequeno território moldavo autónomo fica junto à fronteira da Ucrânia e conta com, pelo menos, dois batalhões militares russos de uma força internacional após os acordos de paz com a província independentista, firmados em 1992.
Cosnita, com as suas duas centenas de habitantes, fica já depois do controlo fronteiriço russo que separa de facto a Transnístria do resto da Moldova.
Em conversa com a Lusa, Albina Bulat diz-se farta de um "país dividido" e pede a unificação total, um desejo que tarda em acontecer.
"Vou a Tiraspol e só se veem casas à venda, toda a gente quer fugir", explicou a moradora, referindo-se à capital do território montanhoso e autoproclamado independente pró-russo.
Victor é voluntário num centro de acolhimento de refugiados em Cosnita e não esconde o ódio aos russos e a quem os apoia, como as autoridades de Tiraspol.
"Moscovo é que nos dividiu há 30 anos", disse, numa referência à guerra civil na então nascente Moldova, que separou aquele território, com uma maioria russófona, do resto do país, mais próximo da Roménia.
Desde então, tropas russas asseguram o controlo das fronteiras, num acordo internacional que junta ainda a Ucrânia e a Roménia. O número de militares não é público e é estimado por analistas em cerca de 400 elementos.
Os moradores da Transnístria "dizem-se russos e não querem ser moldavos, mas todos eles agora também querem ter passaporte romeno e, por isso, europeu", acrescentou à Lusa, num tom indignado, Victor, numa menção à legislação de Bucareste que permite o acesso à nacionalidade caso tenham antepassados da Grande Roménia (que abrangia a maior parte da Moldova).
Mas Victor recusa que Chisinau ceda e permita a independência da Transnístria: "Só vamos entrar na União Europeia (UE) como um único país", outra coisa "seria dar a vitória a [Presidente russo, Vladimir] Putin e criar um precedente".
"Se fizermos isso, o que é que vai acontecer à Gagaúzia?" - questionou, numa referência a outra pequena província moldava que quer ser independente.
Nas últimas semanas, as autoridades de Tiraspol queixaram-se de ataques no seu território. A Ucrânia já confirmou, no início de março, a demolição da ponte ferroviária que atravessava a província independentista, a única ligação deste tipo da Moldova ao leste.
"Foi um objetivo militar porque há um risco real que vem de lá", disse à Lusa o porta-voz da região militar de Odessa, o coronel Serhii Bratchuk. Tratou-se, segundo explicou, de "uma tática militar para prevenir uma situação mais difícil".
"Nunca deixámos de estar em guerra com a Rússia desde 2014 e sabemos que eles querem o Mar Negro" e a "Transnístria é um território não reconhecido, que não tem direito a existir, e é parte da Moldova, um estado vizinho independente", acrescentou o militar.
Na Transnístria, o tempo corre lentamente. "É quase um estado soviético", reconheceu Victor, salientando que a crise económica é "permanente" e "apenas o dinheiro de Moscovo sustenta a máquina do Sheriff", nome de um clube de futebol e o maior conglomerado empresarial do território, que pertence a um oligarca moldavo, com ligações próximas a Putin.
No dia em que os russos invadiram a Ucrânia, em 24 de fevereiro, o Sheriff foi eliminado da Liga Europa pelo Sporting de Braga por grandes penalidades. O Sheriff é o crónico campeão moldavo e fez um brilharete na Liga dos Campeões, com a vitória, esta época, na casa do Real Madrid, mas situa-se num território que não reconhece a autoridade de Chisinau.
Propriedade de Viktor Gu?an, antigo oficial do KGB (os serviços secretos da antiga União Soviética), o clube é o símbolo externo maior da Transnístria, embora o hino nacional que se oiça seja o moldavo.
Sheriff é também quase a única marca quotidiana de quem vive na Transnístria.
"Postos de combustível, bancos, supermercados, clube de futebol. É tudo Sheriff", apontou Natalia Foltea, 65 anos, moradora numa aldeia vizinha de Cosnita, junto ao rio Dniestre, que dá nome à Transnístria.
Em 1992, o território montanhoso serviu de ponto de resistência dos locais face aos militares moldavos, um país então recentemente fundado. Mas hoje, as autoridades de Chisinau recusam retomar a província pela força.
Alexandru Flenchea, antigo vice-primeiro-ministro para a reintegração, explicou à Lusa que a Moldova quer primeiro rever as condições de paz e integrar outros países na mediação. "Como as coisas estão não faz sentido. Os russos não podem ser parte da divisão e, ao mesmo tempo, apoiar a reunificação" do país, disse.
O Governo liderado pela primeira-ministra Natalia Gavrili?a tem como principal objetivo a integração europeia, tendo já assinado um acordo de associação com a UE que vai injetar no país quase 700 milhões de euros em três anos.
Mas o processo de adesão à UE só será possível se Chisinau controlar as fronteiras a leste, junto à Ucrânia.
Até ao momento, apesar da guerra na Ucrânia e do progressivo isolamento internacional de Moscovo, o Governo da Moldova tem insistido que só irá recuperar a gestão da Transnístria através da negociação, rejeitando qualquer solução armada.
"No fundo temos medo dos russos. Há uma memória que todos temos, das perseguições, da violência, da morte", desabafou à Lusa Natalia Foltea, em plena rua de Cosnita, pouco depois de ter comprado uns bifes de frango num talho local.
A sexagenária recorda bem a violência do regime comunista soviético.
"O meu pai esteve um ano na Sibéria apenas por esconder um saco de milho, que era apenas para garantir as sementes do ano seguinte. E por causa disso, foi levado um ano pelos russos. Parece ridículo, não é?", contou ainda Natalia, ao concluir a breve conversa e seguir caminho até à sua aldeia.
[h=1]Papa diz que pediu para ir a Moscovo mas não obteve resposta [/h]
[h=2]Francisco voltou a insistir que deixou mensagens ao Kremlin para que parasse a guerra e recordou o genocídio no Ruanda.
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O Papa Francisco voltou a dizer que estava disponível para ir a Moscovo e conversar com o presidente russo, Vladimir Putin, confirmando que já tentou contactar o Kremlin. Numa entrevista ao jornal italiano Corriere Della Sera, publicada esta terça-feira, Francisco lamentou ainda a falta de resposta pelo Kremlin.
Segundo o Sumo Pontífice, as tentativas de contactar Vladimir Putin surgiram pouco depois da guerra começar, quando quis "fazer um gesto claro para o mundo inteiro" e convocou o embaixador russo em Itália.
Vinte dias depois de começar a guerra, explica o Papa, foi pedido ao cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano (a quem classificou de um "grande diplomata), que "enviasse a Putin a mensagem de que estava disposto a ir a Moscovo".
No entanto, era necessário "alguma abertura" por parte da Rússia, que não surgiu.
"Ainda não recebemos uma resposta e continuamos a insistir, mesmo que eu tema que Putin não possa ou não queira ter este encontro agora", lamentou o Papa.
O Papa tem condenado a guerra mas, em concreto, os massacres e o impacto do conflito na população civil. Aludindo as situações encontradas nos arredores de Kyiv e em Mariupol, onde as tropas russas deixaram corpos nas ruas e valas comuns, o cardeal de Roma aludiu a um histórico genocídio para recordar a frieza da guerra.
"Como é que não se para com tanta brutalidade? Vinte e cinco anos depois, vivemos a mesma coisa que o Ruanda", afirmou.
Sobre a corrida ao armamento e ao fornecimento de material bélico à Ucrânia, por vários países ocidentais, o Papa optou por se distanciar, consentindo que o debate é confuso para os apologistas da paz acima de tudo. "Não posso responder, estou muito longe, à questão de saber se é certo fornecer aos ucranianos", apontou.
No entanto, optou antes por assinalar iniciativas cidadãs que fomentaram a paz, no meio de guerras que aumentaram os níveis de violência e de tecnologia militar.
"É claro é que armas estão a ser testadas naquela terra. Os russos, agora, sabem que os tanques são de pouca utilidade e estão a testar outras coisas. As guerras são travadas para isso: para testar as armas que produzimos. Foi o caso na Guerra Civil Espanhola antes da Segunda Guerra Mundial. O comércio de armas é um escândalo, poucos se opõem a isso.
Há dois ou três anos, um navio carregado de armas chegou a Gênova, e as armas tiveram de ser transferidas para um grande cargueiro para serem transportadas para o Iémen. Os trabalhadores portuários não quiseram fazê-lo. Eles disseram: 'vamos pensar nas crianças do Iémen'. É um gesto pequeno, mas bonito. Devia haver mais assim", apelou o Papa.
Durante a entrevista, Francisco admitiu alguns problemas de saúde, especialmente nos joelhos, informando que tem infiltrações nos joelhos, um ligamento rompido e terá de ser operado. "Estou assim há muito tempo, não consigo andar. Antigamente, os papas iam na cadeira gestacional. Também é preciso um pouco de dor, humilhação", disse.
Segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a guerra na Ucrânia já fez mais de 3.100 mortos entre a população civil. No entanto, a ONU alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior depois de contabilizadas as baixas em cidades sitiadas e controladas pelos russos.
[h=1]"Desinformação ainda divide moldavos, mas Europa parece ganhar a guerra" [/h]
[h=2]Analistas moldavos consideram que a aproximação do país à União Europeia (UE) está a tornar-se irreversível, com o envelhecimento dos russófonos e o surgimento de media independentes do dinheiro russo, um processo gradual que a guerra na Ucrânia acentuou.
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"A desinformação, financiada por Moscovo, tem afetado muito o sistema democrático da Moldova, mas as coisas parecem estar a mudar", disse à Lusa Victoria Dodon, diretora do Centro Independente de Jornalismo, um 'think tank' (grupo de reflexão) moldavo que monitoriza a situação dos media no país e a desinformação.
A situação dos media tem melhorado, com "alguns medias independentes, televisões e rádios 'online' muito mais transparentes e com qualidade jornalística", prosseguiu Victoria Dodon, apesar de admitir que as plataformas com mais recursos financeiros ainda pertencem a "políticos ou pessoas com dinheiro russo".
"Há medias que omitem determinadas informações e há canais que não informam nada sobre a guerra da Ucrânia, por exemplo. Falam sobre os refugiados e é só", explicou a analista, salientando que esses canais pró-Moscovo "estão em risco de perder as suas licenças".
"A propaganda russa tem algum efeito, mas, se olharmos para os resultados eleitorais, podemos concluir que essa estratégia não é tão eficaz como era, digamos, há dez anos", admitiu.
A eleição nos últimos anos de uma Presidente e de um Governo pró-europeu mudou o panorama político do país. Para tal também ajudou o isolamento dos eleitores da província independentista da Transnístria, com as autoridades de Chisinau a exigirem o controlo central dos votos.
Os partidos socialista e comunista foram derrotados e há uma maioria constitucional favorável à UE.
"Na Moldova, a direita é pró-europeia e a esquerda é pró-russa. Essa é a única grande divisão ideológica que cá existe", salientou, por sua vez, a dirigente da organização não-governamental (ONG) moldava Ipsis Victoria Olari, que se mostra preocupada com a situação política da Transnístria, cujo isolamento internacional se tem traduzido no agravamento da situação de direitos humanos.
"Recentemente, as autoridades da Transnístria aprovaram uma lei que proíbe a população de desafiar o papel da Rússia na segurança do país" e "mesmo as pessoas que são contra a guerra na Ucrânia não podem falar", explicou.
Na província, com cerca de 350 mil habitantes, "não se fala sobre a guerra e as únicas notícias autorizadas são as transmitidas pela televisão russa", relatou a dirigente da ONG. Com o fecho da fronteira com a Ucrânia, a Transnístria está a entrar num colapso económico, admitiu.
Atualmente, segundo enumerou a representante, "mais de 60% das exportações da Transnístria vão para a Moldova e Europa" porque beneficiam do acordo de livre associação entre Chisinau e Bruxelas.
Apesar disso, a divisão do país não é tema de debate interno.
"A Transnístria não está sequer no top 10 dos assuntos mais falados na Moldova", disse Victoria Olari, considerando que as "pessoas aceitarão algum tipo de solução com a Transnístria", que até pode passar pela separação, desde que o caminho da integração europeia não seja afetado.
"A Europa parece ser, de facto, o caminho da Moldova", reconheceu a dirigente.
[h=1]Kyiv diz que travou operações terrestres russas no sul do país [/h]
[h=2]As forças ucranianas conseguiram travar as operações militares terrestres da Rússia no sul da Ucrânia, eliminando 122 soldados russos, afirmou hoje o Comando Militar Sul ucraniano na rede social Facebook.
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"O inimigo, fortificado em posições defensivas, não realizou ações ativas nas regiões de Kherson e Mykolaiv (no sul do país, onde controla grandes áreas) nas últimas 24 horas", assegurou o comando ucraniano posicionado na área.
"No entanto, Mykolaiv e os seus arredores foram atacados por vários lançadores de foguetes. O inimigo mais uma vez disparou contra instalações industriais. Felizmente, nenhuma vítima foi relatada", acrescentaram os militares ucranianos.
O Comando Militar ucraniano explicou que na região de Kherson "uma tentativa de um grupo de sabotagem e reconhecimento de tomar nosso posto de observação foi frustrada e esmagada por fogo de morteiro".
"As nossas unidades de mísseis e artilharia realizaram mais de uma centena de lançamentos" que causaram uma "perda total de 122 (soldados mortos) nas fileiras inimigas nas últimas 24 horas", acrescentou a fonte.
As forças ucranianas, agrupadas no comando "Pivden", lembraram que, além de dois barcos de assalto blindados que foram abatidos ao amanhecer, os militares ucranianos também eliminaram várias unidades blindadas e autopropulsadas, assim como um 'drone' de reconhecimento "Forpost" que tentava sobrevoar a cidade de Odessa a partir do mar.
Depois de os russos atacarem duas vezes a região de Odessa com mísseis nas últimas horas, "continuaram a destruir a ponte sobre o estuário do Dnister, atingindo-a com mísseis de cruzeiro 'Yakhont'", disse o Comando Militar ucraniano.
Um míssil "Oniks", lançado do complexo "Bastion" na Crimeia, destruiu um prédio residencial em Odessa, onde um jovem de 15 anos morreu e outro menor foi hospitalizado com ferimentos, segundo o Comando.
A frota naval russa no Mar Negro continua a manobrar na costa sudeste da Ucrânia e mantém a ameaça de ataques com mísseis de alto alcance, disseram as forças ucranianas.
[h=1]Zelensky declara que retirada de civis de Mariupol vai continuar [/h]
[h=2]O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse hoje que a retirada de civis da cidade de Mariupol, no sul do país, vai continuar hoje, esperando a eficácia dos corredores humanitários de Berdiansk, Tokmak e de Vasylivka.
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Num discurso que foi publicado hoje de manhã nas redes sociais, o chefe de Estado ucraniano disse que Kyiv continua a fazer "todos os possíveis para salvar" os civis de Mariupol e que a operação de retirada vai continuar.
"Amanhã (quarta-feira) também esperamos movimento através dos corredores humanitários de Berdyansk, Tokmak e de Vasylivka", em direção de Zaporijia, acrescentou.
A operação de retirada de cidadãos ucranianos de Mariupol, cidade portuária no Mar de Azov, que está a ser coordenada pelas Nações Unidas e pela Cruz Vermelha Internacional, mantém-se mas verificam-se muitas dificuldades pondo em questão a continuidade da operação.
O primeiro grupo de civis foi retirado no domingo da cidade assediada pelas forças russas mas os autocarros que transportam os deslocados ainda não chegou a Zaporijia a 200 quilómetros a norte porque tem de progredir em zonas de combate.
Funcionários municipais, médicos e membros de organizações humanitárias têm-se coordenado para receber os primeiros deslocados: cerca de uma centena de pessoas que permaneceram entrincheirados nas instalações da fábrica Azovstal que continua a ser bombardeada pelos russos.
[h=1]Rússia acusa Israel de apoiar "neonazis" na Ucrânia [/h]
[h=2]Isto depois do ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Yair Lapid, ter afirmado que as declarações de Lavrov eram uma falsidade "imperdoável" que rebaixavam os horrores do Holocausto nazi.
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O ministério dos Negócios Estrangeiros russo acusou, esta terça-feira, Israel de apoiar os "neonazis" ucranianos. Isto depois de, anteriormente, o ministro Sergei Lavrov ter alegado que Adolf Hitler tinha origens judaicas, tal como o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Afirmações essas que foram vistas com desagrado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Yair Lapid, que referiu, na segunda-feira, a este propósito, que a eram uma falsidade "imperdoável" e que rebaixavam os horrores do Holocausto nazi.
O governante russo, citado pela Reuters, veio agora dizer que os comentários de Lapid eram "anti-históricos" e que explicam "em grande medida porque é que o atual governo israelita apoia o regime neonazi em Kyiv".
Moscovo reiterou, assim, o ponto de vista de Lavrov, que tinha anteriormente apontado que as origens judaicas de Zelensky não impediam a Ucrânia de ser dirigida por neonazis. "O antissemitismo na vida quotidiana e na política não é travado e é, pelo contrário, alimentado [na Ucrânia]", adiantaram numa declaração.
A este propósito, o presidente ucraniano tinha já responsabilizado o ministro russo por "culpar o povo judeu pelos crimes nazis", frisando ainda que a Rússia "esqueceu-se de todas as lições da Segunda Guerra Mundial".
Retirada em Mariupol? "Grande vitória humanitária que Guterres conseguiu"
O comentador disse ainda que os militares que estão no complexo de Azovstal podem correr agora um risco "maior do que o que estão a passar ali dentro".
José Milhazes, como já vem sendo habitual, analisou os acontecimentos mais recentes do conflito na Ucrânia, na segunda-feira. O comentador habitual da SIC Notícias falou sobre o impacto dos encontros do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, com os presidentes russo e ucraniano, da retirada dos civis de Mariupol e também das mais recentes declarações do ministério dos Negócios Estrangeiros.
O historiador salientou que, apesar de as visitas de Guterres terem sido feitas "tarde e a más horas", o que está a acontecer em Mariupol é "uma grande vitória humanitária que conseguiu". "Se tivesse salvado uma vida já valia a pena ter ido aos dois países (...) como são centenas de pessoas que estão a caminho de ser libertadas, tem de se agradecer", considerou, tendo tecido duras críticas à ausência do responsável da ONU, ainda antes de as visitas oficiais serem anunciadas.
Milhazes alertou ainda que os militares que se encontram no complexo siderúrgico de Azovstal não terão a vida facilitada pelas tropas russas. "Bem pelo contrário. A vida deles vai correr um grande risco - talvez maior do que o que estão a passar ali dentro", afirmou, garantindo que o Kremlin não quer "a entrega de armas", mas sim "a rendição das tropas". "A Rússia pode deixar sair os civis, mas não vai deixar sair as tropas ucranianas", atentou.
"Daí os bombardeamentos", explicou, referindo-se aos bombardeamentos que aconteceram na segunda-feira à tarde junto ao complexo.
Considerou ainda que a situação em Mariupol não deverá estar resolvida até ao Dia da Vitória, assinalado a 9 de maio, porque os russos estão a fazer uma "revisão muito pormenorizada" das pessoas que estão a sair do complexo, por forma perceber se não há mulheres combatentes. Caso se resolva até à data, "até em Mariupol se poderá realizar uma parada da vitória, para frisar que 'nós [tropas russas] vencemos os ucranianos", disse.
Para o comentador o discurso do Kremlin começa já a ser "aberrante", referindo-se às declarações feitas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia em entrevista a um canal italiano, onde comparou Zelensky a Hitler falando da ascendência judaica. "Lavrov foi buscar esta tese às teorias mais aberrantes da conspiração", rematou.
[h=1]Ucrânia: Tropas russas e forças pró-russas atacam fábrica de Azovstal [/h]
[h=2]O exército russo e forças pró-russas atacaram hoje o complexo industrial siderúrgico de Azovstal, o último reduto da resistência ucraniana na cidade de Mariupol, de onde várias dezenas de civis têm sido retirados nos últimos dias.
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"Neste momento, unidades do exército russo e da República Popular de Donetsk, com recurso a artilharia e aviões, estão a começar a destruir" as "posições de tiro" dos combatentes ucranianos que saíram da fábrica, disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Vadim Astafiev, numa mensagem divulgada pelas agências de notícias russas.
Segundo o porta-voz das forças armadas russas, o regimento ucraniano Azov, que está a defender o complexo industrial, "aproveitou" o cessar-fogo declarado para retirar civis, para sair das caves da siderúrgica e "adotar posições de tiro no território e nos prédios da fábrica".
"Fomos bombardeados a noite toda (...) duas mulheres foram mortas e agora está a decorrer um ataque a Azovstal", adiantou o vice-comandante do regimento Azov, Sviatoslav Palamar, ao site de notícias Ukrainska Pravda.
Palamar pediu ainda ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "uma ação forte", alegando que "a situação está muito difícil".
Cerca de 100 civis foram retirados, no fim de semana, da enorme fábrica siderúrgica de Azovstal, em Mariupol, uma cidade portuária estratégica no sul do Donbass (leste ucraniano) quase inteiramente controlada pela Rússia.
Entretanto, vários milhares de pessoas ficaram a meio do caminho da cidade de Zaporijia (sul), para onde estão a ser levados os civis retirados de Mariupol.
De acordo com o presidente da câmara daquela cidade portuária, Vadym Boychenko, as tropas russas estão a impedir cerca de 2.000 civis, que saíram de Mariupol, de chegarem a Zaporijia.
"Esperávamos que hoje a retirada ocorresse perto de Berdyansk. Mas as tropas russas estão a impedir os nossos planos e não permitem que os nossos cidadãos cheguem a Zaporijia", disse o autarca, citado pela agência de notícias ucraniana Ukrinform.
Em Mariupol, as últimas tropas ucranianas têm continuado a resistir no grande complexo de Azovstal, onde também permanecem grupos de civis à espera de serem retirados.
[h=1]Putin pede ao Ocidente para deixar de dar armas a Kyiv [/h]
[h=2]O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje ao seu homólogo francês, Emmanuel Macron, que o Ocidente deve deixar de fornecer armas à Ucrânia e que Moscovo continua disponível para dialogar com Kiev.
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"O Ocidente poderia ajudar a pôr fim a estas atrocidades exercendo uma influência adequada sobre as autoridades de Kiev, bem como pondo termo ao fornecimento de armas à Ucrânia", disse Putin durante uma conversa telefónica com Macron, segundo o Kremlin (Presidência russa).
Putin afirmou que "apesar da inconsistência de Kiev (...), o lado russo ainda está pronto para o diálogo", anunciou o Kremlin num comunicado, citado pelas agências AFP, AP e EFE.
O Presidente russo também acusou os países da União Europeia (UE) de ignorarem os "crimes de guerra cometidos pelos militares ucranianos, o bombardeamento maciço de cidades e aldeias no Donbass, em que são mortos civis".
Na conversa telefónica, Putin informou Macron sobre o curso da "operação militar especial da Rússia" para "proteger as repúblicas do Donbass", no leste da Ucrânia.
Putin deu conta da "libertação de Mariupol" e da retirada de "civis detidos por nacionalistas na fábrica de Azovstal, em conformidade com o acordo alcançado" na reunião que manteve com o secretário-geral da ONU, António Guterres, em 26 de abril, disse o Kremlin, citado pela agência oficial TASS.
Segundo o Kremlin, Putin respondeu às preocupações francesas sobre a segurança alimentar mundial dizendo que a "situação nesta área é complicada principalmente devido às sanções ocidentais" contra a Rússia.
As relações entre a França e a Rússia têm sido tensas desde o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
Apesar desta crise, Macron reuniu-se várias vezes com Putin antes e depois da eclosão do conflito para procurar uma solução, sem sucesso.
A Presidência francesa ainda não deu conta do teor da conversa entre os dois chefes de Estado.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 69.º dia, provocou um número ainda por contabilizar de mortos, civis e militares, que a ONU admite ser muito elevado.
[h=1]Pelo menos 220 crianças mortas e 406 feridas na invasão russa da Ucrânia [/h]
[h=2]Informação foi avançada pelo presidente ucraniano que frisa que "os idosos que sobreviveram a duas ocupações dizem que não viram tais atrocidades há 80 anos".
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Pelo menos 220 crianças morreram e 406 ficaram feridas na sequência na invasão russa da Ucrânia, revelou, esta terça-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
“Todos os dias os ucranianos perdem crianças por causa dos ataques russos. E mais de 600 crianças foram vítimas desta invasão russa: 220 crianças morreram e 406 ficaram feridas”, afirmou Zelensky durante uma intervenção no parlamento da Albânia.
Lembrou ainda que em Kharkiv, a maior cidade do leste do país, “um quinto de todas as casas ficou destruído”. “Isto é mais de 2.500 casas. Foram queimadas, destruídas ou danificadas por bombardeamentos russo”, frisou.
Já Mariupol, “uma das cidades mais desenvolvidas da costa do Mar da Azov”, ficou “completamente destruída” e “não há prédios intactos”.
“Esta cidade de meio milhão de habitantes está sitiada pelo exército russo desde o início de março. Eles não permitiam água, comida, medicamentos - nada e ninguém. E eles não pararam de bombardear. Esta é literalmente uma cidade queimada”, revelou.
Zelensky acrescentou que “em qualquer cidade ou vila ucraniana” ocupada pelos russos há sinais de “destruição”, “assassinatos”, “torturas” e “deportação forçada de pessoas para a Rússia”.
“Os idosos que sobreviveram a duas ocupações - a ocupação nazi durante a Segunda Guerra Mundial e agora a ocupação pelo exército russo - dizem que não viram tais atrocidades há 80 anos”, atirou.
[h=1]Ucrânia. Vice do Gazprombank diz que Putin "deve ser julgado e enforcado" [/h]
[h=2]Igor Volobuyev, nascido na Ucrânia, decidiu juntar-se às tropas ucranianas após receber apelos de várias pessoas que precisavam de "ser salvas" dos russos.
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Igor Volobuyev - o vice-presidente do maior banco privado russo, Gazprombank, detido pela Gazprom, que decidiu abandonar a Rússia dias após Moscovo invadir a Ucrânia - afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, “tem de ser julgado e enforcado” pelos crimes cometidos no país vizinho.
“Putin tem de ser julgado e enforcado. Mas apenas de acordo com a lei”, disse Volobuyev ao jornal britânico The Telegraph.
Sobre ter decidido abandonar a Rússia e, na semana passada, ter aparecido em Kyiv para lutar com as tropas ucranianas, o vice-presidente do Gazprombank explica que assistiu à evolução da “operação militar especial” na Ucrânia e que recebeu apelos de várias pessoas que precisavam de ser “salvas das tropas russas”.
“Estava agarrado ao meu telemóvel. Senti como se estivesse sentado num cinema confortável a assistir a um filme de terror”, confessou ao The Telegraph. “É um sentimento miserável quando as pessoas te ligam e dizem: ‘Os russos estão a matar-nos. Trabalhas no Gazprombank. És uma pessoa importante. Podes fazer algo para parar isto?’”, acrescentou.
Volobuyev nasceu na cidade ucraniana de Okhtyrka e afirmou que “não podia ver do lado de fora o que a Rússia estava a fazer” com a sua cidade natal. “Os russos estavam a matar o meu pai, os meus conhecidos e amigos próximos. O meu pai morou num bunker frio durante um mês. Pessoas que eu conhecia desde a infância disseram-me que tinham vergonha de mim”, contou.
“Durante oito anos eu estive nessa turbulência interna: não trabalhei apenas na Rússia, mas trabalhei para a Gazprom. Trabalhei para o Estado russo”, acrescentou.
Apesar de ter família na Rússia, a invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro, intensificou a sua vontade de voltar ao país natal. “Eu não poderia viver assim durante muito mais tempo: tive de escolher entre a minha família e a minha pátria, e escolhi a minha pátria”, disse Volobuyev.
Foi então que rumou até à fronteira da Rússia com a Ucrânia, estacionou o seu carro e decidiu percorrer os 48 quilómetros até Okhtyrka a pé. No entanto, foi avisado de que poderia ser abatido por guardas da fronteira ou por um bombardeamento russo. Mudou de planos e comprou um bilhete de avião para Riga, na Letónia, através de Istambul.
Consigo levou apenas uma mala e oito mil dólares [cerca de 7,6 milhões de euros], o máximo permitido para viajar entre fronteiras.
Entrar na Ucrânia, conta Volobuyev, “foi tão difícil quanto voar para a lua” e agora vive apenas com o dinheiro que levou consigo, uma vez que é uma das centenas de pessoas russas visadas pelas sanções do Ocidente e não tem acesso às suas contas na Rússia.
[h=1]Empresário russo diz ter sido "punido" por dar "opinião" sobre a guerra [/h]
[h=2]O empresário russo Oleg Tinkov, cujas ações do banco Tinkoff foram compradas por um oligarca próximo do Kremlin, disse na terça-feira que foi "punido" por ter dado a sua "opinião", após criticar a guerra na Ucrânia.
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"É pena que o meu país acabou afundado no arcaísmo, no paternalismo e no servilismo. Não existe mais Rússia, acabou tudo", escreveu Oleg Tinkov no Instagram.
"E as ameaças contra mim, uma pessoa que luta contra o mais grave cancro de sangue -- a leucemia --, o desejo de me punir apenas pela (...) minha honesta opinião, mostram a desumanização final do regime", acrescentou o homem de 54 anos.
Em 29 de abril, o fundo de Vladimir Potanin, um bilionário russo próximo do Kremlin, anunciou que havia comprado as ações de Oleg Tinkov no banco Tinkoff.
Fundado em 2006 por Oleg Tinkov e um grande sucesso da FinTech nos últimos anos, o banco tornou-se um dos primeiros de retalho do país, além da sua popularidade das suas funções inovadoras, bem como da personalidade atípica do seu fundador.
Alguns dias antes, em 19 de abril, Oleg Tinkov castigou publicamente o conflito russo-ucraniano.
O empresário assegurou no Instagram que "90% dos russos estão contra" a guerra, sublinhando que não via "nenhum beneficiário" daquele conflito "absurdo", onde "morrem pessoas e soldados inocentes".
Numa mensagem, o banco Tinkoff lembrou que o gestor abandonou o cargo de presidente executivo em 2020 e deixou de tomar decisões sobre as operações do grupo, e anunciou um redesenho da marca.
Em entrevista ao jornal norte-americano The New York Times no domingo, Oleg Tinkov falou pela primeira vez após a aquisição, dizendo que teve de fazer "uma venda desesperada", indicando que não conseguiu negociar e agora temia pela sua segurança.
Na terça-feira, no entanto, disse estar grato a Potanin por "resgatar rapidamente" os seus ativos.
"Adeus ao banco Tinkoff, adeus à Rússia. Não tenho mais nada na Rússia. E é mau para a Rússia. Fui um dos poucos que consegui, apesar, e não graças ao regime", acrescentou, lembrando que no seu "auge" a revista Forbes estimou a sua fortuna em 9,4 mil milhões de dólares (cerca de 8,93 mil milhões de euros).
"Eu estava orgulhoso, não da quantidade, mas do facto de que numa Rússia corrupta e arcaica você pode construir um negócio honesto, livre e ao estilo americano", prosseguiu, concluindo que "a Ucrânia vai vencer, porque o bem prevalece sempre sobre o mal".
Em entrevista ao jornal italiano Corriere dela Será na terça-feira, Oleg Tinkov disse que estava a morar na Toscana e confiou a sua proteção aos serviços secretos italianos.
O banqueiro é atualmente alvo de sanções britânicas.
[h=1]"Se Rússia usar a arma nuclear, acaba com Humanidade, não com a guerra" [/h]
[h=2]O jornalista russo e Prémio Nobel da Paz 2021 Dmitri Mouratov denunciou hoje a propaganda russa evocando o uso da arma nuclear na Ucrânia, o que iria conduzir ao "fim da Humanidade" em vez de acabar com a guerra.
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"Não excluo a possibilidade de utilização de armas nucleares", declarou Mouratov a jornalistas, em Genebra.
O Kremlin disse que colocou as suas forças nucleares em alerta máximo, pouco antes de ter invadido a Ucrânia, em 24 de fevereiro.
Face ao apoio internacional à Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, evocou a eventualidade de a Federação Russa usar armas nucleares táticas, as quais, segundo a doutrina militar russa, podem ser utilizadas para obrigar um adversário a recuar.
Ao intervir durante um evento por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, Mouratov, cujo jornal Novia Gazeta foi obrigado a suspender a publicação em plena invasão russa da Ucrânia, considerou que os propagandistas do Kremlin tentam tornar o uso de armas nucleares aceitável para a sociedade russa.
"Desde há duas semanas, vemos nas televisões que os silos nucleares deviam ser abertos", acrescentou. "E também ouvimos que estas armas deveriam ser utilizadas se as entregas de armas à Ucrânia prosseguirem".
Porém, ao contrário do que afirma a propaganda, realçou, o uso de tais armas "não significaria o fim da guerra". Mas "isso seria o fim da humanidade", contrapôs.
Para Mouratov, o poder "absoluto, sem restrições" adquirido por Putin é a coisa mais assustadora hoje na Federação Russa.
Se o dono do Kremlin decidir que as armas nucleares devem ser utilizadas, "ninguém o pode impedir de tomar essa decisão, nem o parlamento, nem a sociedade civil, nem o público", acrescentou.
[h=1]Tropas russas roubam tratores ucranianos mas nem os conseguem ligar [/h]
[h=2]xsdfAs tropas russas na cidade ocupada de Melitopol roubaram todo o equipamento de um concessionário de equipamento agrícola - e enviaram-no para a Chechénia.
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Desde o início da guerra na Ucrânia que os tratores são um elemento presente no conflito. Primeiro usados pelos uranianos para roubar tanques russos, agora usados pelos russos para: nada. Mas apenas por que não os conseguem sequer ligar.
As tropas russas na cidade ocupada de Melitopol roubaram todo o equipamento de um concessionário de equipamento agrícola - e enviaram-no para a Chechénia, de acordo com um empresário ucraniano da zona, em declarações à CNN Internacional.
Mas após uma viagem de mais de mil quilómetros, os ladrões não puderam utilizar nenhum dos equipamentos porque tinham sido desativados remotamente.
Nas últimas semanas, tem havido um número crescente de relatos de tropas russas a roubar equipamento agrícola, cereais e mesmo materiais de construção - para além da pilhagem generalizada de residências.
Mas a remoção de equipamento agrícola valioso de um concessionário em Melitopol fará parte de uma operação cada vez mais organizada, uma operação que utiliza mesmo o transporte militar russo como parte do assalto. Os materiais, que foram levados ao longo das últimas semanas estão avaliados em quase cinco milhões de euros
Um dos camiões filmados pelas câmaras de vigilância tinha um Z branco pintado, refere o canal de televisão. A CNN não revela o nome da fonte, por motivos de segurança e escreve que a maquinaria roubada está equipada com GPS, o que permitiu que a viagem pudesse ser rastreada.
“Quando os invasores levaram as ceifeiras roubadas aperceberam-se que nem as conseguiam ligar”, revela a fonte à CNN, que acrescenta que sabem que os russos estão a tentar contornar o engenho que bloqueia as máquinas.
“Mesmo que só as vendam para peças, conseguirão algum dinheiro”, acrescenta.
O equipamento parece agora estar a definhar numa quinta perto de Grozny, Chechénia.
[h=1]Empresa eslovaca vai reparar veículos ucranianos danificados pela guerra [/h]
[h=2]Uma empresa da Eslováquia vai reparar os veículos blindados ucranianos danificados, dando assim resposta a um pedido de Kyiv, anunciou hoje o Ministério da Defesa em Bratislava, citado pela AFP.
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"A empresa estatal Konstrukta-Defense celebrou um contrato com a Ucrânia para a reparação e modernização de equipamentos militares ucranianos", disse a porta-voz do Ministério da Defesa, Martina Koval Kakascikova, em comunicado.
O primeiro lote de equipamento militar enviado para a Eslováquia consistirá em dezenas de veículos blindados de reconhecimento BRDM-2, precisou a porta-voz.
O primeiro-ministro eslovaco, Eduard Heger, e o ministro da Defesa, Jaroslav Nad, já haviam manifestado a intenção de ajudar a Ucrânia, reparando os equipamentos militares daquele país.
Com sede em Lieskovec, leste da Eslováquia, a empresa Konstrukta-Defesa repara veículos e equipamentos de todas as categorias utilizados pelas forças armadas eslovacas, conforme indica o site da empresa. A empresa também produz obuses.
Ajuda idêntica foi oferecida à Ucrânia no mês passado pela República Checa. Inicialmente, subsidiárias da holding industrial Czechoslovak Group (CSG) assumirão a reparação de tanques médios T-64 de design soviético, usados pelas forças ucranianas.
[h=1]"Há cada vez menos diferenças entre o Kremlin e o ISIS" [/h]
[h=2]O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, defende que "a Rússia deve ser reconhecida como patrocinadora do terrorismo".
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O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, afirmou esta terça-feira que “há cada vez menos diferenças” entre o regime de Moscovo e o Estado Islâmico.
“Ao início, declarações antissemitas de Moscovo. Agora, ataques maciços de mísseis contra cidades ucranianas. Lviv, Vinnytsia, Kirovohrad, Zakarpattia”, começou por afirmar o conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Quando eles dizem 'que tipo de desnazificação é esta quando somos judeus', eu acho que Hitler também tinha origens judaicas, portanto isso não importa. Durante muito tempo, ouvimos as pessoas sábias judias dizer que os maiores antissemitas são os próprios judeus", disse Lavrov, desvalorizando as origens judaicas do presidente ucraniano.
Devido às declarações e aos ataques a cidades ucranianas, Podolyak defende que “a Rússia deve ser reconhecida como patrocinadora do terrorismo” e sublinha: “Há cada vez menos diferenças entre o Kremlin e o ISIS, mesmo a nível verbal”.
[h=1]Descobertos 290 corpos de civis após saída de tropas russas de Irpin [/h]
[h=2]"Destes, 161 homens, 73 mulheres, uma criança e 53 restos humanos. Foram reconhecidos, até agora, apenas 185 corpos", revelou o autarca de Irpin.[/h][h=2][/h]
Foram encontrados 290 corpos de civis após as tropas russas abandonarem a cidade de Irpin, nos arredores da capital ucraniana, Kyiv. A informação foi avançada, esta terça-feira, pelo autarca da cidade, Oleksandr Markushin, na rede social Facebook
“Após a libertação de Irpin dos ocupantes russos, 290 corpos de civis foram descobertos na cidade. Destes, 161 homens, 73 mulheres, uma criança e 53 restos humanos. Foram reconhecidos, até agora, apenas 185 corpos”, especificou o autarca.
Segundo o responsável, a causa da morte da maioria está relacionada com “explosões e ferimentos de bala”, sendo que há cinco pessoas “com lesões cerebrais e efeitos da fome”.
“Recebemos informação sobre sete civis baleados e o local do seu sepultamento. Cinco civis foram baleados num quintal”, acrescentou.
Markushin dá ainda conta de “885 edifícios completamente destruídos” e 2.738 “parcialmente destruídos”.
No comunicado, o autarca revela que os dados já foram denunciados à Procuradoria-Geral da Ucrânia e espera, agora, “sinceramente que todos os ocupantes russos que mataram, violaram, assaltaram sejam encontrados e punidos”.
[h=1]Ataques russos em cidade ocidental de Lviv deixaram-na sem energia [/h]
[h=2]Ataques russos terão hoje atingido a cidade ucraniana de Lviv (oeste) pouco antes das 20:30 locais (18:30, em Lisboa), de acordo com a agência de notícias AP.
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Pelo menos quatro explosões diferentes foram ouvidas no centro da cidade, próxima da fronteira com a Polónia.
Não ficou claro qual era o alvo das forças russas, segundo a AP.
O presidente da Câmara Municipal de Lviv, Andriy Sadovyi, escreveu num serviço de mensagens que os habitantes deveriam abrigar-se e que os comboios não estão a circular.
Depois das explosões, os alarmes das viaturas dispararam, as sirenes de emergência foram ouvidas e a luz falhou momentaneamente.
Sadovyi reconheceu noutra mensagem que os ataques afetaram o fornecimento de energia, sem adiantar mais pormenores.
De acordo com o autarca, os mísseis russos destruíram três centrais termoelétricas na cidade, que se encontra agora parcialmente privada de eletricidade.
"Três centrais termoelétricas foram danificadas após um ataque de mísseis", disse Sadovyi, acrescentando que as estações de bombeamento estavam sem eletricidade devido aos danos.
Pelo menos uma pessoa ficou ferida, indicou.
Segundo a imprensa ucraniana, os cortes de energia afetaram vários distritos de Lviv.
Os bombardeamentos também foram relatados por autoridades locais nas regiões de Vinnytsia (centro), Odessa (sudoeste) e Kirovograd (centro), sem assinalar os danos.
A região da Transcarpácia, que faz fronteira com a Hungria no oeste da Ucrânia e até então poupada, foi afetada pela primeira vez desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.
"Um míssil caiu numa área montanhosa da Transcarpácia. Os serviços estão a trabalhar no local, estamos a esclarecer informações sobre os feridos e possíveis vítimas", referiu o governador da região, Viktor Mikita, no Telegram.