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Há guerra na Ucrania

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[h=1]"Vivemos as últimas horas". Comandante suplica por "extração" em Mariupol
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[h=2]Serguiy Volyna apela aos líderes mundiais que os ajudem e refere que há mais de 500 feridos e centenas de civis na zona de Azovstal, em Mariupol, que está a ser atacada pelos russos.




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Um comandante ucraniano da Brigada Marina 36, Serguiy Volyna, que se encontra na siderúrgica de Azovstal, em Mariupol, lançou esta quarta-feira um apelo desesperado por ajuda assumindo que ele e os seus militares poderão estar a "viver os últimos dias, talvez horas".




Num apelo em que identifica - na publicação feita no Facebook - líderes como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, o presidente do Reino Unido, Boris Johnson, e ainda o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o comandante ucraniano começa por dizer que aquele é o apelo dos militares para o mundo.



"Estamos provavelmente a viver os nossos últimos dias, se não horas. O inimigo supera-nos em número de 10 para 1. Têm vantagem aérea, na artilharia, nas suas forças terrestres, em equipamento e tanques", começa por dizer Serguiy Volyna.



"Nós só estamos a defender a siderúrgica de Azovstal onde, além dos militares, há também civis que se tornaram vítimas nesta guerra. Nós apelamos e suplicamos a todos os líderes mundiais que nos ajudem. Pedimos-lhes que usem o processo de 'extração' e levem-nos para um território neutro", pediu o soldado indicando que tem naquele lugar mais de 500 feridos e centenas de civis, incluindo mulheres e crianças.




Na mesma declaração, Volyna pede que os levem para um lugar seguro, num território neutro.







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[h=1]Azovstal. Por que é que a siderúrgica se tornou o bastião da resistência?
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[h=2]Do objetivo de controlar Mariupol, que possui potencial estratégico, às características do complexo industrial que ajuda os ucranianos a resistir.



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Desde o início da invasão russa à Ucrânia que a cidade portuária de Mariupol era um dos alvos do presidente russo, Vladimir Putin. Isto por causa do potencial estratégico da cidade costeira do mar de Azov.






Mariupol 'oferece' uma ponte terrestre entre a Crimeia - anexada pela Rússia em 2014 - e a região separatista do Donbass, especificamente Donetsk e Lugansk, os principais objetivos das tropas russas.




No dia 24 de março, as tropas de Putin conseguiram entrar na cidade que tinha 430 mil habitantes. Desde então, os ataques não têm parado e a Rússia foi ganhando mais e mais controlo sobre a cidade.




Neste momento, tal como referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, "a cidade já não existe". Ficou reduzida a escombros e destruição.




No dia 10 de abril, os russos conseguiram dividir Mariupol em dois polos e isolar as tropas ucranianas que se recusavam a render-se. Os lados disputados pelos ucranianos e russos naquela cidade reduziram-se à zona junto do principal porto a sudoeste de Mariupol e a zona industrial da siderúrgica de Azovstal.




Na passada quarta-feira um desses lados caiu nas mãos dos russos. No dia 13 de abril, a Rússia anunciava que havia tomado o principal porto da cidade de Mariupol.




Uma semana depois, e com três ultimatos lançados, resta o último reduto das tropas ucranianas que recusam rendição. A siderúrgica de Azovstal tornou-se o principal bastião da resistência ucraniana naquela cidade portuária.




É o bastião da resistência ucraniana e também o mais atacado pela artilharia pesada russa. Escondidos nos túneis e na rede de navios bombardeados estão os últimos militares ucranianos e cerca de mil civis, entre mulheres e crianças, como também relatou esta quarta-feira num apelo desesperado por "extração" o comandante ucraniano Serguiy Volyna.




A luta pelo controlo da cidade vê-se por dias, ou mesmo por horas, e, se conseguirem, esta será uma vitória significativa para os russos.




Porquê a dificuldade em vencer os ucranianos em Azovstal?




Além da já muito falada resiliência dos militares ucranianos, é preciso perceber as características da siderúrgica Azovstal, uma das maiores da Europa. Entenda-se que este é um complexo industrial no sudoeste da cidade, próximo ao principal porto, que se estende ao longo de 11 quilómetros quadrados numa complexa rede de navios, ferrovias e túneis subterrâneos.



Nestes túneis, escondem-se as tropas e civis ucranianos que lutam e sobrevivem aos bombardeamentos incessantes.




O analista militar Oleh Zhdanov referiu à agência Reuters que este é um "espaço tão grande com tantos prédios que os russos simplesmente não conseguirão encontrar [as tropas ucranianas]". A instalação tornou-se o foco de ataques contínuos de artilharia pesada nos últimos dias.




Azovstal destruída novamente durante a guerra




Esta não é a primeira vez que a siderúrgica de Azovstal é destruída durante uma guerra.




A indústria foi construída pela União Soviética no início da década de 1930, e viu a sua atividade interrompida durante a ocupação nazi na Segunda Guerra Mundial.




Foi reconstruída e viria a tornar-se uma fábrica capaz de produzir mais de seis milhões de toneladas de aço por ano. Hoje está novamente no centro de uma guerra e o rasto da guerra é bem visível.




Quantos se refugiam nos túneis da siderúrgica




Apesar de haver a indicação de se tratarem de cerca de mil pessoas, entre militares e civis, o certo é que a quantificação não é assim tão linear. Isto porque a comunicação com o exterior é bastante residual após o cerco russo naquela área.




Esta manhã, o comandante ucraniano deste último bastião mencionava cerca de 500 feridos e centenas de civis ali refugiados, entre mulheres e crianças, sem especificar um número exato.




O ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba afirma que "o que resta das tropas ucranianas e um grande grupo de civis estão basicamente cercados por forças russas" em Azovstal.




"Eles continuam a luta, mas pelo modo como os russos estão a agir, parece que decidiram arrasar a cidade a qualquer custo”, acrescentou ainda Kuleba.




O mais recente ultimato



O Ministério da Defesa russo lançou um ultimato às forças ucranianas esta manhã. Este último ultimato acontece depois de ontem, terça-feira, nenhum soldado ucraniano se ter rendido perante as tropas russas.




Os ucranianos, mesmo reduzidos àquela siderúrgica, resistem e persistem na ambição de lutar pelo seu país.




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[h=1]Capitão de grande navio de desembarque russo morto na Ucrânia
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[h=2]Alexander Chirva é a mais recente perda russa de comandantes sénior.




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A Rússia perdeu mais uma alta patente na invasão russa à Ucrânia. Alexander Chirva era o capitão de um grande navio de desembarque russo da Frota do Mar Negro.







O comandante morreu devido a ferimentos sofridos durante a batalha contra os ucranianos, segundo o governador de Sevastopol Mikhail Razvozhayev.




"Hoje dizemos adeus a Alexander Grigorievich Chirva", disse Razvozhayev à agência russa TASS.




"A sua coragem, profissionalismo e experiência salvaram a vida dos tripulantes”, disse Razvozhayev sem dar mais detalhes sobre as circunstâncias da morte.




A Rússia não tem revelado quantas baixas ao certo já sofreu, tendo apenas as forças ucranianas indicando, no último balanço, que serão já 20.900.





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[h=1]Ucrânia. Sírios em combate pela Rússia "mortos" no campo de batalha
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[h=2]Oleksiy Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, revelou que os combatentes foram mortos na região de Lugansk.



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Vários sírios que se encontravam na Ucrânia a combater pela Rússia foram mortos no campo de batalha, adiantou o alto funcionário de Segurança do presidente ucraniano, citado pela Sky News.






Oleksiy Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, terá partilhado com a Sky News fotografias que mostravam três combatentes mortos, com os seus rostos claramente visíveis, juntamente com uma série de outros corpos indistinguíveis.




A mesma fonte terá revelado que se tratavam de combatentes estrangeiros que tinham sido mortos na região de Lugansk, no leste da Ucrânia, onde as forças ucranianas estão agora a combater uma nova ofensiva russa. Um assistente de Oleksiy Danilov terá, depois, acrescentado que se tratavam de soldados provenientes da Síria e da Líbia.




"Há muitos deles lá e continuam a reunir-se a partir de todo o mundo", disse o alto funcionário ucraniano, no contexto de uma entrevista dada à Sky News na quinta-feira. "Já temos fotografias de sírios mortos que, segundo sabemos, vieram para ajudar [Vladimir] Putin a combater a Ucrânia", assegurou.




Questionado acerca de quantos sírios tinham sido mortos no campo de batalha, Oleksiy Danilov disse que era "difícil de dizer". "Nós não os contamos. Não temos tempo suficiente para os contar... Não importa quantos enviem para cá, todos eles serão mortos", assegura o alto funcionário de Segurança.




Isto porque, na sua perspetiva, esta guerra apenas tem um desfecho possível. "Acabará com a nossa vitória", afirma Danilov - que diz, no entanto, que o momento dessa vitória depende de uma série de fatores, entre os quais se destaca o armamento fornecido pelos parceiros ocidentais.




Na terça-feira, o The Guardian tinha noticiado, citando fontes militares europeias, que a Rússia teria mobilizado cerca de 20 mil mercenários de países como a Síria e a Líbia para combater na renovada ofensiva no Donbass, a leste na Ucrânia. Segundo o mesmo órgão de comunicação social, estes mercenários foram recrutados para combater sem equipamento de proteção pesada ou veículos blindados.




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[h=1]Putin cancela ataque a siderúrgica e é anunciado controlo de Mariupol
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[h=2]Presidente russo ordenou o bloqueio de Azovstal em vez de invadir a siderúrgica onde se encontra o último reduto da resistência ucraniana.




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O ministro da defesa russo, Sergei Shoigu, anunciou esta quinta-feira o controlo da cidade portuária de Mariupol. A informação é avançada pela agência Interfax e pela Sky News que acrescenta que o presidente Vladimir Putin ordenou o bloqueio de Azovstal em vez de invadir a siderúrgica onde se encontra o último reduto da resistência ucraniana.





"Considero inapropriado o assalto proposto à zona industrial. Ordeno o cancelamento", disse o chefe de Estado dirigindo-se ao ministro da Defesa, Serguei Shoigu, durante uma reunião governamental transmitida pela televisão pública russa Rossia 24.



O líder russo quer que o complexo industrial seja fortemente bloqueado para que nem mesmo "uma mosca" passe despercebida e garantiu a vida daqueles que deixarem as instalações. Putin terá ainda afirmando que estes serão tratados com respeito.



Na mesma transmissão, o presidente russo afirmou que as forças de Moscovo alcançaram com "êxito" o controlo da cidade portuária ucraniana.




"O trabalho final de libertar Mariupol é um sucesso", disse Vladimir Putin.



Refira-se que a siderúrgica de Azovstal era o último bastião de resistência dos ucranianos. O complexo industrial é o único fora do controlo russo e, nos seus túneis, encontram-se militares ucranianos e cerca de mil civis, entre eles mulheres e crianças.



Recorde-se que o comandante ucraniano Serguiy Volyna apelou ontem aos líderes mundiais que ativassem o processo de "extração" daquelas pessoas assumindo que as suas vidas podiam estar por dias, ou mesmo por horas.



A Rússia prepara a vitória para dia 9 de maio, uma data com simbolismo soviético visto que marca o feriado do Dia da Vitória que assinala a vitória da União Soviética frente à Alemanha nazi, em 1945.



Putin quer, por isso, assegurar que declara vitória nesse dia, custe o que custar.



















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Encontrados corpos de civis com sinais de tortura em Borodianka




Atenção, informamos que as imagens registadas no local podem ferir as suscetibilidades dos leitores mais sensíveis.







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Os corpos de nove civis foram encontrados na quarta-feira em Borodianka, perto de Kyiv, alguns mostrando "sinais de tortura", informou a polícia da capital ucraniana na quarta-feira à noite.




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"Estas pessoas foram mortas pelos ocupantes [russos] e algumas das vítimas mostram sinais de tortura", acusou o chefe da polícia local, Andrey Nebytov, numa publicação na rede social Facebook.




Borodianka foi, segundo Kyiv, o cenário de "massacres de civis" durante o mês de março, quando as forças russas ocuparam a cidade.


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Na quarta-feira, também, quatro autocarros conseguiram sair do porto ucraniano de Mariupol com civis, através da abertura de um corredor humanitário, adiantou hoje a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Verechtchuk.


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A retirada de civis deverá prosseguir hoje, num momento em que a cidade parece estar prestes a ser tomada pelos russos após quase dois meses de cerco.



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[h=1]Kharkiv está a ser alvo de intensos bombardeamentos esta manhã
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[h=2]A denúncia é feita pelo autarca da cidade.




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A segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, está a ser alvo de intensos bombardeamentos, afirma o autarca da cidade.





Estes relatos chegam depois de as forças militares ucranianas terem afirmado que as forças russas continuavam a sua ofensiva no leste do país, com o objetivo de estabelecer um controlo total sobre as regiões de Donetsk e Luhansk.



Recorde-se, aliás, que a Rússia anunciou esta manhã o controlo da cidade de Mariupol, embora tenha cancelado o ataque a siderúrgica



Desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro, que Kharkiv tem sido constantemente bombardeada, com a sua população a estar desde então escondida em abrigos ou em estações de metro transformadas em bunkers.








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[h=1]Morreu médica que se tornou símbolo da resistência em Mariupol
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[h=2]Era uma das 100 mulheres que se alistaram no exército para defender Mariupol.




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Morreu este domingo, em Mariupol, a sargento e médica da Guarda Nacional ucraniana, Olena Kushnir, mulher que se converteu num símbolo da resistência ucraniana.





Em março, Olena partilhava um vídeo nas redes sociais em que afirmava que ninguém "conseguia imaginar quão grande era a catástrofe de Mariupol".



A mulher era uma das 100 que se alistaram voluntariamente no exército para defender a cidade portuária, cujo controlo foi esta quinta-feira tomado pelos russos, segundo Vladimir Putin.




Numa troca de mensagens recentes com uma amiga, Olena afirmava: "Sou médica, militar, ucraniana, estou a cumprir o meu dever. Não tenham pena de mim". Em resposta, a amiga pedia que resistisse pois não queria ela fosse "nem herói, nem mártir".



A 7 de amrço, Olena perdeu também o marido na sequência da guerra que assola o país desde 24 de fevereiro.



Olena morreu poucos dias antes dos russos anunciarem o controlo da cidade portuária de Mariupol. Vladimir Putin ordenou hoje o bloqueio de Azovstal em vez de invadir a siderúrgica onde se encontra o último reduto da resistência ucraniana.



O líder russo quer que o complexo industrial seja fortemente bloqueado para que nem mesmo "uma mosca" passe despercebida e garantiu a vida daqueles que deixarem as instalações. Putin terá ainda afirmando que estes serão tratados com respeito.



Na mesma transmissão, o presidente russo afirmou que as forças de Moscovo alcançaram com "êxito" o controlo da cidade portuária ucraniana.



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[h=1]Siderúrgica de Azovstal continua a ser bombardeada por tropas russas
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[h=2]O Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano assegura que o exército do país "continua a lutar" em Mariupol e que os civis escondidos "não confiam nas tropas russas".



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O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia revelou esta quinta-feira que o “exército ucruaniano continua a lutar” na cidade sitiada de Mariupol e que a siderúrgica de Azovstal está “constantemente a ser bombardeada pela Rússia”.







Numa publicação na rede social Twitter, o ministério tutelado por Dmytro Kuleba sublinha que “os ucranianos não confiam nas tropas russas” e “têm medo de serem deportados ou mortos”.




“O exército ucraniano continua a lutar na sitiada Mariupol, arruinada por pesados bombardeamentos russos. A situação em Azovstal é desesperante. Centenas de civis, crianças e defensores ucranianos feridos estão presos em abrigos de fábricas. Quase não têm comida, água e remédios essenciais”, lê-se.






O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou ontem, no seu balanço diária da invasão russa, que cerca de mil civis, "maioritariamente mulheres e crianças”, estão escondidos na siderúrgica de Azovstal e mostrou-se disponível para trocar prisioneiros de guerra russos pela abertura de um corredor humanitário em Mariupol. Já esta quinta-feira, o governo ucraniano defende que “é necessário um corredor humanitário urgente na fábrica de Azovstal com garantias de que as pessoas estarão seguras”.




E acrescenta: “A Rússia é responsável pelos seus crimes de guerra. As suas autoridades sabem que eles [militares russos] matam civis. A Rússia arruinou Mariupol. Os invasores mataram e torturaram milhares de civis. Eles agem como terroristas. A Rússia deve parar os seus crimes de guerra e enfrentar consequências, sanções mais rigorosas, mais isolamento”.




Por outro lado, Oleksiy Arestovych, conselheiro presidencial, afirmou hoje que as forças russas são "fisicamente incapazes" de tomar o complexo siderúrgico.




Comentando o anúncio do ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, que dava conta que as forças armadas russas tinham tomado Mariupol, restando apenas uma bolsa de resistência no complexo Azovstal, Arestovych frisou: "Isso indica que os russos são fisicamente incapazes de tomar Azovstal. A dificuldade pode ser explicada pelo facto de que algumas das suas tropas terem sido enviadas para norte, para melhorar as posições da Rússia nessa região e alcançar o objetivo principal, que são as fronteiras administrativas da região de Donetsk e da região de Lugansk".




Face à situação humanitária na cidade, o chefe da delegação de negociadores ucranianos, David Arakhamia, anunciou que está pronto para viajar até Mariupol para iniciar uma nova ronda de negociações. A proposta já tinha sido anunciada ontem pelo conselheiro presidencial e negociador Mykhailo Podolyak, que se mostrou disponível para um “ronda especial de negociações”.





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Zelensky e a ditadura em Portugal: "Vocês sabem o que estamos a sentir"




Presidente da Ucrânia tornar-se-á no primeiro chefe de Estado de um país a intervir no Parlamento nacional por videoconferência.







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"Estou grato pela oportunidade" de falar ao povo português "neste tempo complicado". Foi deste modo que Volodymyr Zelensky iniciou a sua declaração no Parlamento nacional, onde selecionou o 25 de Abril como momento histórico para apelar ao sentido nacional: "Vocês sabem o que estamos a sentir".






O presidente ucraniano seguiu a intervenção relatando os massacres bárbaros que as tropas russas deixaram nas cidades ucranianas por onde passaram, afirmando que "as pessoas foram violadas e torturadas". Em Bucha, destacou, "os russos não tentaram esconder os corpos".



"Os russos mataram para se divertir", vincou ainda o chefe de Estado ucraniano, sublinhando que estão, na Ucrânia, a lutar "pela nossa independência, mas também pela nossa sobrevivência". E contou um episódio onde as pessoas foram "obrigadas a cantar o hino da Rússia".




Zelensky frisou ainda, na mesma intervenção, que pelo menos 500 mil ucranianos foram deportadas para a Rússia, "duas vezes a população do Porto". Quando aos refugiados desta guerra, fez também um paralelismo com Portugal: "Imaginem se Portugal todo abandonasse o país".




"Mariupol está totalmente destruída" e "nenhuma casa está em pé", confirmou o presidente ucraniano: "Os russos fizeram de Mariupol um inferno", acrescentando que os russos fizeram "crematórios móveis" de modo a conseguirem destruir as "provas".



Pede armamento pesado e o reforço das sanções à Rússia




Zelensky pediu também "mais sanções" e "apoio militar" para "desocupar as nossas cidades". "Peço aceleração e reforço das sanções e também apoio militar, armamento", afirmou, pedindo especificamente "armamento pesado".



"O vosso povo vai celebrar o aniversário da Revolução dos Cravos"



O chefe de Estado ucraniano recorreu ainda à Revolução dos Cravos e destacou: "O vosso povo vai daqui a nada celebrar o aniversário da Revolução dos Cravos e sabem perfeitamente o que estamos a sentir". "Peço-vos: lutem contra a propaganda russa". "Espero o vosso apoio para defender a liberdade"




O discurso de Zelensky, que teve 15 minutos de duração, foi aplaudido de pé por todos os presentes no hemiciclo.




Recorde-se que Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, discursou esta quinta-feira à tarde na Assembleia da República (AR), numa sessão solene onde marcaram presença Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, e António Costa, primeiro-ministro (apesar de não discursarem). Já Augusto Santos Silva, presidente do Parlamento, fez uma intervenção.




O PCP é a grande ausência na AR, não tendo assistido à declaração do presidente ucraniano que se tornou, hoje, o primeiro chefe de Estado de um país a intervir no Parlamento nacional por videoconferência.




Volodymyr Zelensky discursou numa altura em que as relações bilaterais estão marcadas pelo apoio de Portugal ao regime de Kyiv, mas também por críticas à posição portuguesa quanto à adesão da Ucrânia à UE.




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[h=1]Kyiv garante que Rússia é incapaz de tomar complexo Azovstal em Mariupol
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[h=2][/h][h=2]O Governo ucraniano disse hoje que as forças russas são "fisicamente incapazes" de tomar o complexo siderúrgico Azovstal, na cidade sitiada de Mariupol, onde soldados ucranianos resistem e algumas centenas de civis estarão refugiados.
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Oleksiy Arestovych, conselheiro do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, comentava assim o anúncio do ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, feito hoje de manhã, segundo o qual as forças armadas russas tinham tomado Mariupol, restando apenas uma bolsa de resistência no complexo Azovstal.






"Isso indica que os russos são fisicamente incapazes de tomar Azovstal. A dificuldade pode ser explicada pelo facto de que algumas das suas tropas terem sido enviadas para norte, para melhorar as posições da Rússia nessa região e alcançar o objetivo principal, que são as fronteiras administrativas da região de Donetsk e da região de Lugansk", disse Arestovych.



"As forças russas não serão capazes de completar esta missão e esta proclamação antecipada de vitória, sem esperar pela Páscoa [ortodoxa], mostra que os russos perceberam a futilidade da sua última operação nesta fase da guerra", acrescentou o conselheiro do gabinete de Zelensky.



Em relação a outros locais de confronto, o conselheiro presidencial ucraniano disse que "a direção dos principais esforços do inimigo permanece inalterada, de Izium para Sloviansk e Kramatork" e que a Rússia "não conseguiu avançar nem na região de Lugansk nem na direção de Huliaipole".





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[h=1]Oligarca russo e família encontrados mortos. É o 2.º caso no mesmo dia
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[h=2]As duas famílias terão sido encontradas mortas a 20 de abril, a muitos quilómetros de distância, refere o El Mundo.



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Um oligarca russo foi encontrado morto, ao lado do corpo da mulher e da filha, no apartamento onde viviam, em Lloret de Mar, Espanha. Este é o segundo caso de uma família de oligarcas russos encontrada morta em casa.





O corpo de Sergey Protosenya, de 55 anos, da sua mulher Natalya, de 53, e da filha Maria de 16 anos, foram encontrados no apartamento de luxo onde viviam.



Os investigadores estão a tentar determinar se se tratou de um homicídio seguido de suicídio ou de um golpe encenado pela família empresário, que foi vicepresidente da empresa de gás natural Novatek e que tem uma fortuna avaliada em mais de 400 milhões de euros.



Os corpos das duas mulheres foram encontrados nas suas camas, com ferimentos provocados por um machado. Já o homem ter-se-á enforcado.




Os corpos foram encontrados depois de o filho do casal, que se encontrava em França, ter avisado a polícia que estava preocupado por não conseguir entrar em contacto com a família.




Segundo o El Mundo, a morte destes terá acontecido no mesmo dia em que a cerca de 3.500 quilómetros de distância, em Moscovo, outro oligarca russo era encontrado morto em casa, juntamente com a sua mulher e a sua filha.



No caso de Vladislav Avayev, ex-oficial do Kremlin e antigo vice-presidente do Gazprombank, este foi morto depois de ter sido fatalmente alvejado.




Vários meios internacionais referem que serão já três os oligarcas a cometerem suicídio nas últimas semanas, situação que consideram ser um mistério.














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[h=1]Imagens apontam para possível existência de mais de 200 valas em Mariupol
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[h=2]Imagens de satélite apontam para a possível existência de mais de 200 valas comuns perto de Mariupol, num momento em que a Ucrânia acusa a Rússia de ali enterrar 9.000 civis para esconder o massacre.




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As fotografias divulgadas esta quinta-feira surgiram horas depois do Presidente russo, Vladimir Putin, ter reclamado vitória na batalha por Mariupol, apesar de cerca de 2.000 combatentes ucranianos ainda se encontrarem barricados numa siderurgia.






O fornecedor de imagens de satélite Maxar Technologies divulgou as imagens, que, supostamente, mostram mais de 200 valas comuns numa cidade onde os responsáveis locais ucranianos dizem que os russos têm estado a enterrar residentes de Mariupol.




As imagens mostram longas filas de sepulturas que se afastam de um cemitério existente na cidade de Manhush, fora de Mariupol.




O autarca de Mariupol, Vadym Boychenko, acusou os russos de "esconderem os seus crimes militares", retirando os corpos de civis da cidade e enterrando-os em Manhush.




Os túmulos podem conter até 9.000 mortos, segundo a autarquia de Mariupol, numa mensagem de quinta-feira na plataforma social Telegram.




"Os corpos dos mortos foram levados camiões e, na realidade, simplesmente a ser despejados em montes", disse um assessor de Boychenko, Piotr Andryushchenko, no Telegram.




O Kremlin não reagiu de imediato. Quando foram descobertas valas comuns e centenas de civis mortos em Bucha e noutras cidades à volta de Kiev, após as tropas russas terem recuado, os oficiais russos negaram que os seus soldados tivessem matado quaisquer civis e acusaram a Ucrânia de encenar as atrocidades.




Em comunicado, a Maxar disse que uma análise das imagens indica que as sepulturas em Manhush foram escavadas em finais de março e expandidas ao longo das últimas semanas.

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[h=1]Jornal diz que Rússia assumiu 13 mil mortes, mas apaga publicação
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[h=2]Além dos óbitos, o Ministério da Defesa de Moscovo terá ainda admitido o desaparecimento de 7 mil soldados.



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A rede de notícias pró-russa Readovka terá avançado, esta sexta-feira, que Moscovo assumiu a morte ou desaparecimento de 20 soldados russos na invasão à Ucrânia. No entanto, à semelhança do que já aconteceu no passado, rapidamente a publicação foi apagada.







De acordo com a notícia, destacada pela plataforma NEXTA.TV, o Ministério de Defensa de Moscovo terá confirmado que "13.414 soldados russos foram assassinados e outros 7.000 estão desaparecidos".




A informação foi já apagada e eliminada do site. Num tweet partilhado pela plataforma NEXTA.TV é partilhado um 'print' da alegada publicação do Readovka.





Entretanto, a Readovka alega que a publicação feita foi resultado da conta ter sido "hackeada por ucranianos".




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[h=1]Idoso morre ao sair para comprar pão em Kharkiv e é encontrado pela filha
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[h=2]Imagens registadas pela Reuters, e que podem ferir a suscetibilidade dos leitores mais sensíveis, mostram a dor de Yana Bachek.



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São cenas chocantes captadas pela mira do fotógrafo Alkis Konstantinidis, da Reuters, em Kharkiv, na Ucrânia. Victor Gubarev saiu de casa para ir comprar pão quando foi atingido por fragmentos de uma explosão que chegou ao bloco de apartamentos onde vivia.


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Uma equipa de paramédicos estava no local, na segunda-feira, a recolher o corpo do homem, quando a filha chegou e se deu conta de que o pai tinha morrido.




Yana Bachek é professora de inglês e estaria a preparar uma aula online na cozinha da sua casa, que fica junto ao local onde moram os pais, quando se apercebeu dos bombardeamentos. A mulher recebeu uma chamada da mãe, em lágrimas, dando-lhe conta de que o pai tinha saído para comprar o pão e não mais regressara a casa.




Yana saiu para procurá-lo e acabou por encontrar o corpo. A mulher teve de receber apoio dos paramédicos, que a afastaram do local para conseguir transportar o cadáver.


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Kharkiv tem sido uma das cidades mais afetadas pela guerra, que teve início a 24 de fevereiro, onde já morreram dezenas de militares. Recorde-se que Volodymyr Zelensky chegou a afirmar que cidades como "Vassylkiv, Cherniguiv, Sumi, Kharkiv e muitas outras vivem em condições que não víamos (...) desde a Segunda Guerra Mundial".




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[h=1]ONU. Algumas das ações da Rússia em Bucha podem ser crimes de guerra
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[h=2]A ONU documentou "assassínios, incluindo por execução sumária" de 50 civis em Bucha, nos arredores de Kiev, sublinhando que as ações da Rússia na Ucrânia podem "constituir crimes de guerra", disse hoje uma porta-voz da organização.




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"Durante uma missão a Bucha em 09 de abril, investigadores dos direitos humanos da ONU documentaram o assassínio, incluindo execuções sumárias, de cerca de 50 civis", disse Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, durante uma conferência de imprensa em Genebra.






De acordo com a porta-voz, "as forças armadas russas bombardearam indiscriminadamente e pilharam áreas povoadas, mataram civis e destruíram hospitais, escolas e outras infraestruturas civis, todas ações que podem constituir crimes de guerra".




"Durante as últimas oito semanas, o direito internacional humanitário não foi apenas ignorado, foi simplesmente 'lançado borda fora'", disse hoje Michelle Bachelet, Alta-Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, num comunicado.




"O que vimos em Kramatorsk, na área controlada pelo Governo em 08 de abril, quando munições de fragmentação atingiram uma estação de comboio, matando 60 civis e ferindo outros 111, é emblemático do incumprimento do princípio da distinção (entre civis e soldados), a proibição de realizar ataques indiscriminados e o princípio da precaução consagrado no Direito Internacional Humanitário", adiantou Bachelet.




Ravina Shamdasani indicou que "compete a um tribunal determinar se esse é o caso", mas sublinhou haver "cada vez mais evidências de que crimes de guerra estão a ser cometidos" na Ucrânia.




Embora, a porta-voz não tenha descartado que o lado ucraniano também tenha violado o direito humanitário em certas ocasiões, disse que "a grande maioria dessas violações, e de longe, são atribuíveis às forças russas".




Ravina Shamdasani também indicou que 92,3% das vítimas registadas pelos serviços do Alto Comissariado "são atribuíveis às forças russas, assim como as alegações de assassínio e execuções sumárias".





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[h=1]Navio afundado, massacre em Bucha e mais sanções. Os dois meses de Guerra
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[h=2]As imagens de cadáveres em ruas de cidades ucranianas e de valas comuns, levantando suspeitas de crimes de guerra cometidos por forças russas, dominaram o segundo mês do conflito na Ucrânia, iniciado em 24 de fevereiro.




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O afundamento do navio-almirante da frota russa do Mar Negro também se destacou nas últimas semanas, em que os combates prosseguiram sem tréguas, com a destruição de muitas cidades, um número de baixas por apurar -- mas que será elevado -- e mais de cinco milhões de refugiados.





Nem as duras sanções contra o regime do Presidente Vladimir Putin fizeram parar a guerra entre o maior país do mundo (Rússia, com mais de 17 milhões de quilómetros quadrados) e o segundo maior da Europa (Ucrânia, com 603.000 km2).



Principais destaques nos dois meses da guerra na Ucrânia:



"Crimes de guerra"




A retirada das tropas russas da zona de Kyiv para o Leste do país pôs a descoberto uma realidade que chocou o mundo no início de abril: imagens de corpos nas ruas de Bucha e de valas comuns.




A Ucrânia acusou as forças invasoras de crimes de guerra e Moscovo disse tratar-se de uma encenação para virar o mundo contra a Rússia, assegurando que "nem um único residente de Bucha sofreu qualquer violência às mãos dos russos".




A comunidade internacional não poupou nas palavras: "barbárie", "ataques desprezíveis" ou "assassinatos chocantes e horríveis" foram algumas das expressões usadas sobre Bucha, onde as autoridades ucranianas dizem ter encontrado mais de 400 cadáveres de civis.




Para memória futura e possíveis processos, Kyiv divulgou os dados dos 1.600 soldados russos que estiveram em Bucha. Já Putin condecorou os possíveis suspeitos pelo seu "heroísmo, tenacidade, determinação e coragem".




Em 08 de abril, um ataque com mísseis contra a estação de comboios de Kramatorsk (leste) matou mais de meia centena de civis que tentavam fugir da guerra.




Em Mariupol (sueste), a cidade portuária estratégica que Putin declarou conquistada na quinta-feira, poderá haver mais de 200 valas comuns, onde os ucranianos dizem ter sido enterrados 9.000 civis.



Com as denúncias sobre Bucha (a que se seguiram Borodyanka, Chernihiv, Sumy, Kharkiv, Manhush...), a Rússia foi suspensa do Conselho de Direitos Humanos da ONU e o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, está a investigar possíveis crimes.



Numa visita a Bucha, o procurador-chefe do TPI, o britânico Karim Khan, descreveu a Ucrânia como um "cenário de crime", onde é preciso "atravessar a névoa da guerra para se chegar à verdade".




Refugiados e deslocados




A guerra levou mais de cinco milhões de pessoas a fugir da Ucrânia, naquela que é considerada a maior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1936-1945).




A ONU calcula também que há mais de sete milhões de pessoas deslocadas no país, o que significa que mais de 12 milhões de residentes -- ou mais de um quarto da população -- tiveram de abandonar as suas casas.




Ainda segundo a ONU, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.




Guerra de números




Dois meses depois, ninguém sabe quantas pessoas já morreram na guerra.




A ONU confirmou a morte de mais de 2.000 civis, mas tem alertado para a probabilidade de o número ser muito superior.



A Ucrânia disse que sofreu entre 2.500 e 3.000 baixas militares, mas a Rússia contrapôs que matou mais de 23.000 soldados ucranianos.




Já Moscovo admitiu pouco mais de 1.300 mortos, enquanto Kyiv disse ter matado mais de 20.000 soldados russos.



A propaganda dos números abrange também o equipamento militar, com as duas partes a divulgarem diariamente listas de armamento que afirmam ter destruído.




Tal como em relação às baixas humanas, não há verificação independente.




"Moscovo" ao fundo




De todas as perdas de equipamento de guerra, a mais mediática e mais simbólica terá sido a do cruzador "Moskva" ("Moscovo"), o navio-almirante da Frota do Mar Negro, em 14 de abril.




Moscovo atribuiu o desastre a um incêndio inexplicável e Kyiv reivindicou ter atingido o cruzador com mísseis Neptuno.




Equipado com mísseis que podem alcançar 700 quilómetros, o "Moskva" tinha uma tripulação de 510 efetivos, persistindo dúvidas sobre a sorte dos marinheiros.




A perda do navio não porá em causa a capacidade da marinha russa, mas tem sido vista como um autêntico "tiro no porta-aviões" do orgulho militar da Rússia.





Fase 2




A Rússia anunciou, esta semana, o início de uma nova fase da sua "operação militar especial".




Agora, a prioridade é a conquista do Donbass (leste), depois de várias semanas de ataques em muitas outras regiões da Ucrânia, incluindo a capital Kyiv.



Moscovo tem dito que a operação decorre como foi planeada, mas há quem veja na "nova fase" a admissão de um recuo perante a resistência ucraniana.




Ao assinalar o 50.º dia da guerra, em 15 de abril, o Presidente Volodymyr Zelensky disse aos ucranianos que deveriam estar orgulhosos por terem sobrevivido tanto tempo, quando os russos lhes deram "um máximo de cinco dias".



Perigo nuclear




A Ucrânia é o país europeu com mais reatores nucleares: 15, em quatro centrais, embora nem todos estejam atualmente a operar.




Também é o país onde ocorreu o pior desastre nuclear de sempre, em 1986, na central de Chernobil, quando a Ucrânia ainda era uma república soviética.




O reator que explodiu então está encerrado num sarcófago e o complexo situado a norte de Kyiv tem depósitos de lixo radioativo.




A Agência Internacional de Energia Atómica está preocupada com as possíveis consequências da guerra nas centrais, como aconteceu com um ataque na de Zaporijia, felizmente sem afetar nenhum dos seis reatores, ou a suspensão temporária da medição de radiação em Chernobil.




Armas nucleares




As armas nucleares são outra preocupação, até porque Putin avisou no primeiro dia que uma intervenção direta do Ocidente no conflito desencadearia "consequências nunca vistas".




Os Estados Unidos e os seus aliados, como Portugal, têm fornecido armamento e equipamento militar aos ucranianos, mas recusaram sempre um envolvimento direto por receio de uma guerra total.



O novo palco de Zelensky




O antigo ator eleito Presidente em 2019, dez anos depois de se ter estreado no cinema, habituou os ucranianos a uma conversa noturna sobre a guerra, mas também para mostrar, ao país e ao mundo, que continua em Kyiv.




A partir da capital, tem participado em reuniões do Conselho de Segurança da ONU, da NATO, do Conselho Europeu, do G7 ou do Banco Mundial, e já falou para mais de 25 parlamentos nacionais, incluindo dos Estados Unidos, do Reino Unido, da Alemanha, de Israel e do Japão.




Na quinta-feira, foi a vez de se dirigir ao "povo de Portugal" através da Assembleia da República: referiu-se ao 25 de Abril e pediu mais armas, mas também mais apoio diplomático e político para a Ucrânia aderir à União Europeia e junto dos países de língua portuguesa.




NATO com 32 membros?




Se a Rússia pretendia travar a expansão da NATO, a invasão poderá ter o efeito contrário com a possível adesão da vizinha Finlândia e da Suécia.




Os dois países estão a avaliar a questão, que nunca mereceu tanto apoio interno, e espera-se uma decisão a tempo da cimeira da Aliança Atlântica em junho.




A cimeira de Madrid vai discutir o novo conceito estratégico da NATO já no contexto do regresso da guerra à Europa, que também influenciou a nova política de segurança e defesa da UE, aprovada em 25 de março.




Ainda por causa da guerra, o mandato do norueguês Jens Stoltenberg como secretário-geral da NATO foi prorrogado por um ano, até ao final de setembro de 2023.



Negociações com bombardeamento




As negociações entre as duas partes começaram quatro dias depois da invasão, primeiro em sessões presenciais, depois por videoconferência.



Pelo meio, a Turquia acolheu um encontro entre dois chefes da diplomacia russa, Serguei Lavrov, e ucraniana, Dmytro Kuleba.




A Rússia, que nunca suspendeu os bombardeamentos durante as negociações, anunciou, esta semana, a entrega a Kyiv de uma proposta de acordo, sem revelar o conteúdo.




Russos e ucranianos também já chegaram várias vezes a acordo sobre troca de prisioneiros e abertura de corredores humanitários para permitir a saída de civis de cidades sitiadas.




Sanções




O Ocidente tem adotado sucessivos pacotes de sanções contra a Rússia e individualmente contra Putin e oligarcas russos, num leque vasto de atividades e áreas, da banca ao desporto.




As sanções incluem o congelamento dos ativos do banco central da Rússia, para o impedir de utilizar quase 584.000 milhões de euros de reservas em moeda estrangeira.




No setor da energia, os EUA estão a proibir as importações russas de petróleo e gás, e o Reino Unido irá eliminar gradualmente a compra de petróleo a Moscovo até ao final deste ano.




A UE, que recebe um quarto do petróleo e 40% do gás da Rússia, anunciou que recorrerá a abastecimentos alternativos para tornar a Europa independente da energia russa antes de 2030.




A Alemanha suspendeu a autorização para a abertura do gasoduto Nord Stream 2 proveniente da Rússia.



Nova crise?




Além de morte, sofrimento e destruição, a guerra provocou já uma subida generalizada de preços a nível mundial, sobretudo devido ao elevado custo da energia.




Criou também o receio de fome em vários países e de uma nova crise económica global, precisamente quando o mundo se preparava para recuperar após os dois anos da pandemia de covid-19.




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[h=1]Rússia intensifica ataques e faz pelo menos três mortos em Donetsk
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[h=2]Pelo menos três civis morreram e mais sete ficaram sexta-feira feridos em bombardeamentos na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, numa altura em que as forças russas intensificam os ataques no território, denunciaram as autoridades ucranianas.



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Numa publicação no serviço de mensagens Telegram, o governador Pavlo Kyrylenko salientou as mortes de "mais três moradores pacíficos" numa pequena cidade e em duas vilas.


Mais cedo, Pavlo Kyrylenko disse que na tarde sexta-feira os russos abriram fogo em 20 territórios povoados na região administrativa de Donetsk e destruíram ou danificaram 34 instalações de infraestrutura civil.




Também no mesmo dia, o gabinete do procurador de Kharkiv disse no Telegram que foram descobertos dois corpos carbonizados perto da cidade de Izyum. Na publicação, ainda acusou os soldados russo de torturar os moradores e queimar os seus corpos.




"Os ocupantes intensificaram as hostilidades ao longo de toda a linha de batalha" em Donetsk e Tavriya, e a ofensiva continua em direção às povoações de Novtoshkivske e Popasna, segundo o relatório do alto comando do Exército ucraniano.



A Rússia também está a realizar operações de assalto na área da povoação de Zarichne e a tentar avançar para área de Rubizhne.




De acordo com o relatório, foram negados 10 ataques das forças russas nas regiões de Donetsk e Luhansk nas últimas 24 horas, e seis ataques, oito unidades blindadas, 15 viaturas e quatro sistemas de artilharia foram destruídos.




Para combater a ofensiva russa, a Ucrânia reforçou a proteção dos quartéis-generais, centros de comunicação, campos militares, arsenais, base e depósitos de armas, equipamentos militares e combustível, acrescentou o documento publicado no Facebook.



Segundo o alto comando do Exército ucraniano, o inimigo "continua a sofrer perdas" e, nos territórios ocupados, continua a bloquear os movimentos da população local e a entrega de ajuda humanitária.



O relatório também denunciou casos de execuções de civis e voluntários, sem dar pormenores.



Além do alto comando do Exército ucraniano, o Instituto Americano para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês) destacou na sua última avaliação do conflito a manutenção da ofensiva russa no leste da Ucrânia onde, segundo especialista deste órgão de análise estratégica e militar sediado em Washington, fizeram apenas progressos "marginais".




















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[h=1]Rússia transfere unidades de elite para leste do território ucraniano
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[h=2]A Rússia transferiu uma dúzia de unidades de elite do porto destruído de Mariupol para o leste da Ucrânia e atacou cidades em toda a região, anunciaram hoje as autoridades ucranianas.




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De acordo com o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional ucraniano, Oleksiy Danilov, o Kremlin mobilizou mais de 100 mil soldados e mercenários da Síria e da Líbia para o conflito na Ucrânia e está a movimentar mais forças militares todos os dias no país.






"Temos uma situação difícil, mas o nosso Exército está a defender o nosso Estado", disse Oleksiy Danilov.




A televisão estatal russa mostrou a bandeira russa hasteada no que dizia ser o ponto mais alto de Mariupol, a torre de transmissão televisiva da cidade. Também exibiu o que dizia ser o edifício mais alto da fábrica metalúrgica cercada de Azovstal em chamas.




Cidades foram bombardeadas na região do Donbass, bem como na de Kharkiv, a oeste e no sul, disseram as autoridades.




As forças russas atacaram cerca de 2.000 combatentes ucranianos escondidos dentro da metalúrgica de Azovstal, o último grupo de resistência identificado dentro da estratégica cidade portuária do sul, adiantou o gabinete do presidente da Câmara Municipal.




"Todos os dias eles [russos] lançam várias bombas em Azovstal. Lutas, bombardeamentos não param", referiu o prota-voz do município, Petro Andryushchenko.




Acredita-se que mais de 100 mil pessoas -- abaixo de uma população pré-guerra de cerca de 430 mil -- estão presas em Mariupol com pouca comida, água ou aquecimento, e mais de 20 mil civis foram mortos no cerdo de quase dois meses, de acordo com as autoridades ucranianas.




Tentativas repetidas para retirar os civis da cidade falharam devido aos bombardeamentos russos contínuos.




A vice-primeira-ministra, Iryna Vereshchuk, disse que nenhum corredor humanitário para retirar civis seria aberto na Ucrânia na sexta-feira, porque é muito perigoso.




Iryna Vereshchuk pediu às pessoas que "fosse pacientes" e "continuassem firmes".




Hoje, o Ministério da Defesa russo salientou que a situação "normalizou" na cidade de Mariupol.




"A situação normalizou-se em Mariupol. Os habitantes da cidade têm agora a possibilidade de circular livremente pelas ruas sem se esconder do bombardeamento nos nazis ucranianos", disse o porta-voz militar, Igor Konashénkov.




De acordo com Igor Konashénkov, está a ser entregue ajuda humanitária à população que permanece na cidade, como alimentos, água e bens de primeira necessidade.




"As autoridades da República Popular de Donetsk estão a organizar a limpeza dos destroço-o das ruas e a remoção do equipamento militar ucraniano afetado", afirmou.




Igor Konashénkov também assegurou que os soldados ucranianos e as tropas do batalhão nacionalista Azov e os mercenários "dos Estados Unidos e dos países europeus (...) estão bloqueados de forma segura no território da metalúrgica de Azovstal".



Na quinta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, comemorou a "libertação de Mariupol" anunciada pelo seu ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e cancelou o ataque à fábrica metalúrgica para salvar a vida dos militares russos, mas ordenou circundá-la de tal forma que "nem uma mosca passe".



O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, disse no mesmo dia à noite que Mariupol continuava "a resistir, apesar de tudo o que dizem os ocupantes russos".





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[h=1]Um marinheiro morreu e 27 estão desaparecidos após naufrágio do Moskva
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[h=2]Um marinheiro morreu e outros 27 continuam desaparecidos após o naufrágio do cruzador Moskva na semana passada, anunciou hoje o Ministério da Defesa, reconhecendo as baixas pela primeira vez.




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"Um soldado foi morto e outros 27 membros da tripulação estão desaparecidos", adiantou, citado por agências de notícias russas, dizendo que as outras 396 a bordo foram retiradas do navio.





"O Ministério da Defesa está a fornecer todo o apoio e assistência necessários às famílias e amigos dos mortos e desaparecidos", acrescentou.




O Moskva, navio-almirante da frota russa no Mar Negro, que contou oficialmente com até 680 tripulantes, afundou em 14 de abril.




O naufrágio do Moskva é amplamente visto como uma humilhação para a Rússia e para sua frota, e até mesmo para os defensores do Kremlin, que exigiram uma explicação das autoridades.




Na terça-feira, o portal independente russo Meduza, que citava fontes não identificadas, escreveu que pelo menos 37 pessoas tinham morrido no naufrágio.




A bordo do navio - que de acordo com fontes militares ucranianas naufragou, na semana passada, após ter sido atingido por dois mísseis "Neptune" - estavam cerca de 500 pessoas e destas uma centena ficou ferida, não sendo conhecido o número de desaparecidos.




O portal Meduza citava como fonte "uma pessoa no comando" da Marinha no Mar Negro.



Horas antes do naufrágio, Kiev tinha relatado várias explosões no navio russo, causadas pelo impacto dos mísseis ucranianos.




Segundo o Ministério da Defesa russo, o navio de guerra sofreu "um intenso incêndio e subsequente detonação de munição" e, embora "tenha sofrido sérios danos", a tripulação foi retirada.




Houve uma tentativa de rebocar o cruzador, um símbolo da Marinha russa, para um porto seguro e Moscovo confirmou posteriormente o naufrágio, atribuído a "circunstâncias" relacionadas com uma tempestade.




Por seu lado, o jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung" (FAZ) indicava, com base em fontes russas não identificadas, que havia recrutas a bordo do Moskva, contrariando as versões oficiais do Kremlin.




As fontes também negaram que a tripulação do Moskva tenha sido resgatada na sua totalidade.




"É uma mentira, uma mentira vulgar e cínica", escreveu Dimitri Schkrebes na rede social russa VK [originalmente VKontakte], referindo-se à versão oficial do Kremlin.




Segundo o FAZ, o filho mais velho de Schkrebes, Jegor, foi recrutado no final do ano passado em Ialta para cumprir o serviço militar a bordo do Moskva, onde trabalhava como cozinheiro.




Dimitro Schkrebes garantiu que o seu filho está numa lista de desaparecidos da tripulação do Moskva.




No início de março, após uma série de relatos sobre recrutas russos capturados pelas forças ucranianas, o Presidente russo, Vladimir Putin, assegurou que nem reservistas nem recrutas estavam a participar na "operação militar especial", como o Kremlin se refere à invasão russa da Ucrânia.




Além disso, em 2017 houve uma declaração oficial de que os recrutas não eram destacados para navios de guerra.




Na mesma rede social VK, foram encontradas mensagens de uma mulher de São Petersburgo sobre outro recruta, Mark Tarasov, que estaria a servir no Moskva e que também está desaparecido.




Os meios de comunicação ucranianos, segundo a FAZ, também noticiaram a morte do tenente Ivan Wachrusew a bordo do Moskva, confirmada pela sua mulher, que garantiu ainda que há 27 tripulantes desaparecidos.




O diário russo da oposição "Novaia Gazeta", que depois de suspender a sua publicação na Rússia tem uma edição digital europeia, publicou no fim de semana a história de uma mulher cujo filho também estaria a cumprir o serviço militar a bordo do Moskva.




A mulher, que não quis ser identificada por medo de represálias, declarou que o seu filho sobreviveu ao naufrágio e ligou-lhe em lágrimas na sexta-feira da Ucrânia, dizendo-lhe que cerca de 40 pessoas morreram, muitas ficaram feridas e outras estão desaparecidas.





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[h=1]Contra-ataques ucranianos atrasam progresso das tropas russas no Donbass
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[h=2]A pressão das tropas russas na região de Donbass, no leste da Ucrânia, está a ser contrariada por muitos contra-ataques ucranianos que estão a atrasar o progresso no terreno, segundo adiantaram hoje oficiais ucranianos e britânicos.




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A Rússia continua a lutar pelo controlo total das áreas de Donetsk e Lugansk e procura assegurar "uma rota terrestre entre estes territórios e a Crimeia ocupada", inclusive eliminando o último bolso de resistência na cidade portuária sitiada de Mariupol, disse o Estado-Maior General da Ucrânia.





Nas últimas 24 horas, as forças ucranianas repeliram oito ataques russos nas duas regiões, destruindo nove tanques, 18 unidades blindadas e 13 veículos, um petroleiro e três sistemas de artilharia, de acordo com a cúpula militar ucraniana, que, através do Facebook, deixou ainda outra mensagem: "As unidades de ocupantes russos estão a reagrupar-se.

O inimigo russo continua a lançar ataques com mísseis e bombas sobre infraestruturas militares e civis".



O governador de Lugansk, Serhiy Haidai, afirmou que duas pessoas foram mortas por bombardeamentos russos na cidade de Popasna. Acrescentou ainda que um comboio designado para a retirada de residentes das áreas de Donetsk e Lugansk deveria partir hoje da cidade de Pokrovsk com destino à cidade ocidental de Chop, perto da fronteira da Ucrânia com a Eslováquia e Hungria.



"Além do facto de os combates de rua continuarem na cidade durante várias semanas, o exército russo dispara constantemente contra edifícios residenciais de vários andares e casas particulares", escreveu Haidai na rede social Instagram.



Já o Ministério da Defesa britânico explicou que, embora haja cada vez maior atividade, "as forças russas não obtiveram grandes ganhos nas últimas 24 horas, uma vez que os contra-ataques ucranianos continuam a dificultar os esforços".



De acordo com Londres, as tropas russas ainda não conseguiram alcançar o controlo aéreo ou marítimo devido à resistência ucraniana e, apesar da declaração de vitória do Presidente russo, Vladimir Putin, em relação a Mariupol, "continuam a ter lugar lutas intensas, frustrando as tentativas russas de capturar a cidade, retardando assim ainda mais o seu desejado progresso no Donbass".



Entretanto, funcionários ucranianos estão a tentar novamente retirar mulheres, crianças e idosos de Mariupol, após diversos falhanços nas anteriores tentativas. A vice-primeira-ministra, Iryna Vereshchuk, indicou através da aplicação Telegram que, "se tudo correr como planeado", a retirada começaria ao meio-dia local.



Os oficiais ucranianos notaram também que o exército russo desmobilizou cerca de uma dúzia de unidades militares de Mariupol para reforçar a ofensiva noutras zonas de Donbass, enquanto outras tropas retém as restantes tropas ucranianas na cidade presas na Azovstal, o último reduto remanescente da resistência local.



Putin terá ordenado às suas tropas para não atacar a fábrica para acabar com os defensores, mas que a selassem, numa aparente tentativa de os forçar a uma rendição. Contudo, o gabinete do presidente da câmara sublinhou na sexta-feira que as forças russas têm tentado aniquilar os cerca de 2.000 combatentes ucranianos.



Apesar do cerco, as forças ucranianas conseguiram entregar armas à fábrica sitiada via helicóptero, disse Oleksiy Danilov, secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, que adiantou ainda que Moscovo destacou mais de 100.000 soldados e mercenários da Síria e da Líbia para a luta na Ucrânia e está a destacar mais forças para o país todos os dias. "Temos uma situação difícil, mas o nosso exército está a defender o nosso Estado", disse.



Mariupol assumiu uma importância decisiva na guerra. A conquista da cidade pelas tropas russas privaria os ucranianos de um porto vital e completaria um corredor terrestre entre a Rússia e a Península da Crimeia, anexada por Putin em 2014.




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ElCabalero

GF Platina
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Out 16, 2012
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Como a comunicação-social Portuguesa não publica um só artigo, tomei liberdade de dar a conhecer, outras opiniões politicas: (...)

Parlamento burguês, governo e presidente da República de joelhos perante o imperialismo americano

A via nunca poderá ser apoiar um imperialismo para combater o outro!

Numa posição de completa subordinação, submissão e obediência servil, todos os órgãos do poder e seus representantes cumpriram o ritual pré-estabelecido e foram ao beija-mão virtual de Zelensky, o alter-ego de Biden, prestando, desse modo, vassalagem e todo o apoio ao imperialismo americano, à NATO, ao imperialismo europeu, concordando e assinando a vinculação nacional à terceira guerra mundial.
A História por mais que a branqueiem não os vai esquecer a sua responsabilidade neste acto criminoso.

Zelensky, obviamente, desempenhou o papel que lhe cabe, no périplo que lhe destinaram.
Em nome da PAZ, Zelensky, tentando emocionar de forma primária o auditório, repetiu-se e pediu armamento e mais armamento, sobretudo armamento pesado para “defender” a Europa, quiçá o planeta, ao mesmo tempo que faz do povo ucraniano um povo mártir numa guerra inter-imperialista expansionista e de pilhagem de recursos e matérias-primas que não é sua.
Uma coisa é certo que liga Putin, Biden e Zelensky – o seu anti-comunismo.
Passados “apenas” dois meses desde o início da “operação militar especial”, a quantidade de armamento de toda a espécie, que tem passado pela fronteira da Ucrânia, atingiu números astronómicos.
Os milhares de milhões de dólares e euros investidos nesta guerra não só agora, mas já anteriormente aquando do seu verdadeiro início, (como já não escondem), são verbas obscenas que deixaram de poder ser investidas no desenvolvimento da sociedade humana.

São os próprios Estados Unidos que hipocritamente afirmam não saber em que mãos está esse armamento!
Amanhã, virão dizer que não sabiam que estavam a armar milícias nazis em todo o mundo!
Eles só enviam as armas!
A responsabilidade da distribuição é dos ucranianos, dizem!
Mas, tudo em nome da paz, Claro!
Tudo para combater o seu inimigo russo, num combate que lhe vai permitindo, paralelamente, dominar a União Europeia, obrigando-a a maiores investimentos nas forças armadas, dotando-as de capacidade ofensiva substancial preparando-se, assim, para um conflito mundial frontal e aberto, nem que para isso tenha de destruir os povos da Ucrânia.
Isto sim, é um autentico genocídio.

É o próprio Zelensky que, sem medos, afirma: “Há quem no ocidente não se importe com uma longa guerra, porque isso significaria esgotar a Rússia, mesmo que isso represente o desaparecimento da Ucrânia e o sofrimento do seu povo.” E ele, como já provou e está a provar, também não se importa.

É nesse contexto que não posso deixar de afirmar e acusar claramente:
Todos os que subsidiam esta guerra, com armas, com equipamentos, com dinheiro, com sansões, com participações em legiões estrangeiras, à semelhança de Napoleão, sabem o que estão a fazer!
– Estão a intervir e a participar, porque escolheram e provocaram esta guerra como o único meio de vencerem a crise que está em pleno movimento e em que se afundam.
É essa condição inerente ao capitalismo que pretendem superar.

Afinal, o povo ucraniano morre de fome e de sede, mas o espaço da Ucrânia está atafulhado de armas sofisticadas, e o financiamento não falta, e mercenários também não!

Quando chegar a altura da repartição, Zelensky vai exigir o seu quinhão.
Mas pagará Roma, desta vez, a traidores?
 

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[/h][h=1]Mensagem de Páscoa. Patriarca de Constantinopla solidário com ucranianos
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O Patriarca Ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I, a figura mais proeminente das Igrejas Ortodoxas, expressou hoje a sua solidariedade com o povo da Ucrânia na mensagem de Páscoa, feriado que entre os ortodoxos se celebra este domingo.
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"Estamos juntos com o povo devoto e corajoso da Ucrânia, que carrega uma cruz pesada, e sofremos com eles", escreveu Bartolomeu na sua carta aos fiéis, publicada no site do Patriarcado, cuja sede é em Istambul, a antiga Constantinopla.





"A mensagem radiante da ressurreição ressoa hoje ao lado do terrível som das armas, dos gritos desoladores de vítimas inocentes de agressão militar e do sofrimento dos refugiados, entre os quais numerosas crianças inocentes", refere na carta.




"É inimaginável que nós, cristãos, permaneçamos em silêncio perante a anulação da dignidade humana", sublinhou o religioso de 82 anos, que ocupa a posição mais prestigiada das Igrejas Ortodoxas desde 1991.




"Vimos com os nossos olhos todos estes problemas durante a nossa recente visita à Polónia, para onde fugiram a grande maioria dos ucranianos" que tiveram de deixar o seu país, acrescentou Bartolomeu I na sua mensagem, referindo-se à visita que fez a Varsóvia no final de março.



Em 2019, Bartolomeu I tomou partido no então conflito religioso da Ucrânia, concedendo à Igreja ucraniana, até então dependente do Patriarcado de Moscovo, o decreto de independência, tornando-se a décima quinta Igreja Ortodoxa autocéfala.




O gesto causou a ira do patriarca de Moscovo, Kiril, que rompeu a comunhão com o Patriarcado de Constantinopla e com várias outras Igrejas autocefalas que reconheceram o novo patriarca ucraniano, Epifanus.




Desde esse cisma, os ortodoxos ucranianos permaneceram na sua maioria leais ao Patriarcado de Moscovo, com apenas uma minoria a aderir à Igreja de Kiev, mas a guerra parece ter motivado uma aproximação entre os dois ramos.



nm
 

kok@s

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[h=1]Rússia diz que atingiu depósito de armas estrangeiras perto de Odessa
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[h=2]O exército russo afirmou hoje que alvejou com "mísseis de alta precisão" um importante depósito de armas entregues às forças ucranianas pelos Estados Unidos e países europeus, perto de Odessa, no sul da Ucrânia.




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"As forças armadas russas neutralizaram hoje, com mísseis de longo alcance e de alta precisão, um terminal logístico de um aeródromo militar situado perto de Odessa, onde estava armazenado um importante lote de armas estrangeiras entregues pelos Estados Unidos e por países europeus", indicou em comunicado o Ministério da Defesa russo.






No total, os mísseis de alta precisão da Rússia tiveram como alvo 22 instalações militares ucranianas, incluindo três depósitos de armas e munições perto de Ilitchiovka e de Kramatorsk que foram destruídos, segundo o ministério.



Por sua vez, a aviação russa realizou hoje ataques aéreos contra 79 instalações militares ucranianas, visando em particular 16 depósitos de armas de artilharia e depósitos de combustível, segundo a mesma fonte.



nm
 

kok@s

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[h=1]Kyiv deixa negociações se militares em Azovstal forem mortos pela Rússia
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[h=2]Kyiv vai abandonar as negociações com Moscovo, caso os seus militares entrincheirados no complexo metalúrgico de Azovstal, em Mariupol, no sudeste da Ucrânia, sejam mortos pelo exército russo, afirmou hoje o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.



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"Se os nossos homens forem mortos em Mariupol e se forem organizados pseudo-referendos na região de Kherson, então a Ucrânia irá retirar-se de qualquer processo de negociação", disse Zelensky, numa conferência de imprensa, numa estação de metro no centro de Kyiv, segundo a Agência France Presse.






Na mesma ocasião, o presidente ucraniano reiterou a sua disponibilidade para se reunir com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, "para pôr fim à guerra".




"Penso que quem começou esta guerra, poderá acabar com ela", afirmou Zelensky, reiterando que não tem "medo de encontrar [Putin]", se isso levar a um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia.




Segundo o conselheiro do chefe de gabinete do Presidente ucraniano, Oleksiy Arestovych, as tropas russas retomaram hoje os ataques aéreos em torno da fábrica de aço Azovstal.




Oleksiy Arestovych realçou, porém, que as defesas da cidade estão a tentar resistir, apesar da situação difícil, e que as tropas ucranianas estão mesmo a levar a cabo contra-ataques. Segundo a agência Ukrinform, cerca de 1.000 civis e militares ucranianos estão no complexo industrial de Mariupol, dos quais cerca de 500 estarão feridos.




Paralelamente, as autoridades ucranianas estão a exigir que os russos estabeleçam um corredor humanitário urgente a partir de Azovstal, num momento em que permanecem sitiados na cidade aproximadamente 120 mil civis.




Na conferência de imprensa de hoje à tarde, o presidente ucraniano disse ainda que o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken irá deslocar-se a Kiev no domingo, dia em que se assinala um mês da invasão russa.




"Amanhã [domingo], autoridades norte-americanas virão a nossa casa: irei encontrar-me com o ministro da Defesa [Lloyd Austin] e Antony Blinken", afirmou.



Esta será a primeira visita oficial de representantes do governo norte-americano à Ucrânia desde 24 de fevereiro, dia em que a Rússia lançou uma ofensiva militar naquele país, que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.




nm
 
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