Portal Chamar Táxi

Notícias Polícia Civil prende cinco em megaoperação contra furtos de cabos

Roter.Teufel

Sub-Administrador
Team GForum
Entrou
Out 5, 2021
Mensagens
49,181
Gostos Recebidos
1,363
Polícia Civil prende cinco em megaoperação contra furtos de cabos

1_whatsapp_image_2025_04_24_at_11_13_40-35845130.jpeg


Agentes miram quadrilha que furta, recepta e lava dinheiro por meio de empresas, ferros-velhos e metalúrgicas no Rio e São Paulo

Rio - Uma megaoperação contra uma quadrilha especializada em furtos de cabos subterrâneos de concessionárias de serviços públicos prendeu cinco pessoas, nesta quinta-feira (24). A ação é realizada pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), com apoio da Polícia Civil do Paraná. Os agentes também cumprem 46 mandados de busca e apreensão nas casas de alvos, em sete ferros-velhos e metalúrgicas do Rio e São Paulo.

Os cinco mandados de prisão preventiva foram cumpridos contra integrantes da organização criminosa, inclusive da cúpula, e houve bloqueio de até R$ 200 milhões em contas bancárias e ativos financeiros, além do sequestro e indisponibilidade de bens e imóveis. A Polícia Civil não informou os locais de busca e apreensão, mas moradores relataram intenso confronto no Morro do Andaraí e no Fallet Fogueteiro, ambos na Zona Norte, onde equipes atuam.

Por conta da tensão na região, a Secretaria Municipal de Educação informou que na comunidade do Fallet, duas unidades escolares foram impactadas, e no Morro do Fogueteiro, duas escolas foram afetadas. Além disso, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, duas unidades, entre clínicas da família e centros municipais de saúde, suspenderam as atividades externas, como as visitas domiciliares.

Em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, as equipes encontram montanhas de cabos furtados no depósito de uma metalúrgica. Confira abaixo. Os agentes também apreenderam, pelo menos, três carros e uma motocicleta.

A ação deu início à segunda fase da Operação Caminhos do Cobre, que começou em 2022, para combater furtos de cabos e outros materiais metálicos, receptação qualificada e lavagem de dinheiro. O trabalho revelou uma cadeia estruturada de escoamento dos bens furtados, que levou ao rastreamento da receptação em ferros-velhos. As investigações resultaram na denúncia de 22 integrantes do grupo.

Os agentes descobriram que o esquema é baseado no furto de cabos de telecomunicações e energia elétrica, com recolhimento do material por empresas de reciclagem ligadas aos próprios líderes da organização e lavagem dos lucros ilícitos por meio de transações bancárias fracionadas, compra de veículos de luxo, emissão de notas fiscais falsas e simulação de contratos com empresas reais.
Segundo a DRF, a quadrilha atuava realizando fraude documental, disfarce operacional e contava com vigilância armada. Os furtos ocorriam durante a madrugada, com batedores ligados ao tráfico de drogas armados em motocicletas, garantindo a fuga e proteção dos envolvidos. Os criminosos amarravam os cabos a caminhões, puxando-os com força, causando danos estruturais severos às estações subterrâneas.

Os cabos eram então transportados para galpões e ferros-velhos em Queimados, na Baixada Fluminense, no Morro do Fallet, no Rio Comprido, Zona Norte, e no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Todos os estabelecimentos eram dos líderes da organização, em territórios dominados por facções criminosas. O grupo dividia o percentual do faturamento com os traficantes locais, garantindo a proteção do território.

Ainda de acordo com a especializada, nos depósitos os cabos eram decapados, fracionados e queimados para eliminar vestígios de origem e revendidos a ferros-velhos e metalúrgicas no Rio de Janeiro e, principalmente, em São Paulo, com apoio de intermediadores. Parte dos pagamentos era feita com veículos de luxo e outra era lavada por empresas ligadas ao núcleo de comando, nos ramos de alimentos e comunicação, com emissão de notas fiscais falsas, anúncios e propaganda de clientes fictícios.

As investigações apontaram ainda que o líder do grupo era o elo com o tráfico do Fallet e atuava como contador da facção, controlando repasses, fluxo financeiro e lavagem de dinheiro por empresas reais. Ele foi preso pela Polícia Civil do Paraná, por também ser a ligação entre fornecedores de drogas paranaenses e traficantes do Rio.

A mulher dele assumiu a liderança após a prisão, comandando pagamentos, lavagem, contratos simulados e gerenciamento de empresas. Outros integrantes do núcleo central do grupo incluíam organizadores de equipes e contato com batedores armados, um grande receptador e responsáveis pela movimentação do material ilícito.

O Dia
 
Topo