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Rede de desinformação russa visa sobretudo ex-repúblicas soviéticas e os Balcãs

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Portugal conta com cerca de 1.550 publicações deste tipo por cada milhão de habitantes.

O Observatório de Desinformação concluiu que mais de metade do conteúdo da rede de desinformação russa Pravda visa as ex-repúblicas soviéticas e os estados dos Balcãs, com Moldávia a liderar o ranking, enquanto Portugal regista um valor residual.

De acordo com a organização, a Moldávia concentra a maior taxa de desinformação, com 11.250 publicações desinformativas por cada milhão de habitantes, enquanto Portugal conta com cerca de 1.550 publicações deste tipo por cada milhão de habitantes.

Nesta matéria, o segundo lugar é ocupado pela Letónia (9.400), seguida pela Estónia (7.280) e Sérvia (6.340).

"A extrema concentração de publicações per capita -- atingindo níveis mais de 50 vezes maiores do que nas democracias ocidentais -- indica um esforço sofisticado e intensivo em recursos para moldar ambientes de informação em regiões específicas de interesse geopolítico", lê-se no relatório.

As ex-repúblicas soviéticas (Moldávia, Letónia, Estónia, Arménia, Lituânia, Geórgia, Ucrânia) recebem 35,8% do conteúdo total da Pravda, apesar de representarem apenas 5,8% da população coberta.

Já países como a Sérvia, Bulgária, Eslovénia, Albânia, Macedónio do Norte, Croácia e Grécia recebem 16,2% do conteúdo, em comparação com uma representação populacional de 3,2%.

Em contraste, países da Europa ocidental como a Portugal, Espanha, Dinamarca, França, Noruega, Chipre, Holanda, Alemanha, Itália, Suécia, Bélgica, Reino Unido, Suíça e Irlanda representam apenas 21,3% do conteúdo desinformativo, mas 43,7% do total de população em questão.

A Pravda (Verdade em português) é uma rede de mais de 190 'sites', com mais de 140 subdomínios direcionados a 83 países, funcionando através de conteúdo de 'sites' russos e canais do Telegram, republicando em dezenas de idiomas, entre os quais o português.

"Para atingir um público amplo, esta rede usa várias técnicas, como a seleção cuidadosa de fontes de propaganda pró-Rússia de acordo com a localidade visada, automatização massiva na distribuição de conteúdo ou otimização de mecanismos de pesquisa", afirma um relatório do governo francês de 2023 da VIGINUM, a agência francesa de monitorização de ameaças digitais.

O Observatório de Desinformação CIDC-Sensika é uma iniciativa colaborativa do Centro de Informação, Democracia e Cidadania (CIDC) da Universidade Americana da Bulgária e da Sensika Technologies.

Correio da Manhã
 
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