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Presidente palestiniano exige ao Hamas que liberte 59 reféns e deponha armas
"O Hamas forneceu à ocupação criminosa pretextos para cometer os seus crimes na Faixa de Gaza", acusou Mahmoud Abbas.
O Presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Mahmoud Abbas, exigiu esta quarta-feira ao movimento islamista Hamas que liberte os 59 reféns ainda detidos na Faixa de Gaza e que deponha as armas.
"O Hamas forneceu à ocupação criminosa pretextos para cometer os seus crimes na Faixa de Gaza, sendo o mais flagrante [desses pretextos] a detenção de reféns", disse Abbas numa reunião em Ramallah.
"Sou eu que pago o preço, é o nosso povo que paga o preço, não é Israel. Libertem-nos", exigiu Abbas, que governa uma pequena parte da Cisjordânia ocupada.
"O Hamas deve pôr fim ao controlo da Faixa de Gaza, entregar todos os assuntos e as suas armas à Autoridade Nacional Palestiniana", declarou Abbas, sublinhando ser este o único cenário que pode garantir "segurança e estabilidade na Palestina e na região".
O Presidente palestiniano, que falava no discurso de abertura da 32.ª sessão do Conselho Central da Fatah Palestiniano, na cidade de Ramallah, na Cisjordânia acusou o Hamas de ter provocado "sérios danos à causa palestiniana, sem isentar a ocupação da sua responsabilidade".
"Enfrentamos graves perigos que se aproximam de uma nova 'Nakba' que ameaça a nossa existência e pode levar à liquidação de toda a nossa causa nacional, em execução dos planos daqueles que criaram a primeira 'Nakba' em 1967", disse, referindo-se às autoridades israelitas.
"Nakba" é uma palavra árabe que significa "catástrofe" ou "desastre" e designa o êxodo palestino de 1948, quando pelo menos 711.000 árabes palestinianos, segundo dados da Organização das Nações Unidas, fugiram ou foram expulsos das suas casas, devido à guerra civil de 1947-1948 e da Guerra Israelo-Árabe de 1948.
Acusou também o Hamas de ter protagonizado um "golpe de Estado" em 2007, quando assumiu o controlo de Gaza na sequência dos confrontos intra-palestinianos desencadeados pelas eleições de 2006, em que o grupo islamita saiu vencedor, antes de reiterar que Israel o utilizou "para destruir o tecido nacional e impedir a criação de um Estado independente".
"Em Gaza, o nosso povo está atualmente sujeito a uma guerra genocida, na qual perdemos mais de 200.000 cidadãos, mártires e feridos. Apesar da enormidade deste número de vítimas, não é possível vê-lo como meros números", disse, acrescentando que "estas não podem ser perdas táticas, como dizem os responsáveis pelo golpe para beneficiar a ocupação e os inimigos do povo".
"O que se passa convosco?", perguntou Abbas, que também denunciou a "bárbara agressão israelita" na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, onde quase mil pessoas, incluindo 188 crianças, foram mortas por ataques israelitas desde 07 de outubro de 2023, segundo a agência noticiosa palestiniana WAFA.
Sublinhou que "as forças de ocupação estão a cortar a Cisjordânia, isolando algumas áreas de outras e impedindo a livre circulação de pessoas e bens".
Abbas acusou Israel de "violar o direito internacional e agir como se estivesse acima da lei, renunciando aos acordos que assinou com a Organização de Libertação da Palestina (OLP) e recorrendo ao extremismo e ao terrorismo", razão pela qual sublinhou a necessidade de "parar a guerra de extermínio em Gaza", retirar todas as tropas do enclave e pôr fim aos ataques na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
A segunda prioridade é "levantar o bloqueio israelita à Faixa de Gaza, assegurar o fornecimento de bens essenciais, eliminar os efeitos da agressão e reconstruir", bem como "impedir todas as tentativas de deslocar a população de Gaza" através da coordenação com os países da região do Médio Oriente, defendeu.
À ANP caberá assumir "todas as responsabilidades na Faixa de Gaza, bem como na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental", com base numa "legislação unificada, numa instituição unificada, num armamento unificado e numa postura política unificada".
Abbas apelou a "um horizonte político baseado no fim da ocupação israelita e na aplicação das resoluções internacionais, incluindo o estabelecimento de um Estado palestiniano independente, soberano, contíguo, viável e reconhecido, que seja membro das Nações Unidas e viva em paz e segurança ao lado de Israel".
Correio da Manhã

"O Hamas forneceu à ocupação criminosa pretextos para cometer os seus crimes na Faixa de Gaza", acusou Mahmoud Abbas.
O Presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Mahmoud Abbas, exigiu esta quarta-feira ao movimento islamista Hamas que liberte os 59 reféns ainda detidos na Faixa de Gaza e que deponha as armas.
"O Hamas forneceu à ocupação criminosa pretextos para cometer os seus crimes na Faixa de Gaza, sendo o mais flagrante [desses pretextos] a detenção de reféns", disse Abbas numa reunião em Ramallah.
"Sou eu que pago o preço, é o nosso povo que paga o preço, não é Israel. Libertem-nos", exigiu Abbas, que governa uma pequena parte da Cisjordânia ocupada.
"O Hamas deve pôr fim ao controlo da Faixa de Gaza, entregar todos os assuntos e as suas armas à Autoridade Nacional Palestiniana", declarou Abbas, sublinhando ser este o único cenário que pode garantir "segurança e estabilidade na Palestina e na região".
O Presidente palestiniano, que falava no discurso de abertura da 32.ª sessão do Conselho Central da Fatah Palestiniano, na cidade de Ramallah, na Cisjordânia acusou o Hamas de ter provocado "sérios danos à causa palestiniana, sem isentar a ocupação da sua responsabilidade".
"Enfrentamos graves perigos que se aproximam de uma nova 'Nakba' que ameaça a nossa existência e pode levar à liquidação de toda a nossa causa nacional, em execução dos planos daqueles que criaram a primeira 'Nakba' em 1967", disse, referindo-se às autoridades israelitas.
"Nakba" é uma palavra árabe que significa "catástrofe" ou "desastre" e designa o êxodo palestino de 1948, quando pelo menos 711.000 árabes palestinianos, segundo dados da Organização das Nações Unidas, fugiram ou foram expulsos das suas casas, devido à guerra civil de 1947-1948 e da Guerra Israelo-Árabe de 1948.
Acusou também o Hamas de ter protagonizado um "golpe de Estado" em 2007, quando assumiu o controlo de Gaza na sequência dos confrontos intra-palestinianos desencadeados pelas eleições de 2006, em que o grupo islamita saiu vencedor, antes de reiterar que Israel o utilizou "para destruir o tecido nacional e impedir a criação de um Estado independente".
"Em Gaza, o nosso povo está atualmente sujeito a uma guerra genocida, na qual perdemos mais de 200.000 cidadãos, mártires e feridos. Apesar da enormidade deste número de vítimas, não é possível vê-lo como meros números", disse, acrescentando que "estas não podem ser perdas táticas, como dizem os responsáveis pelo golpe para beneficiar a ocupação e os inimigos do povo".
"O que se passa convosco?", perguntou Abbas, que também denunciou a "bárbara agressão israelita" na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, onde quase mil pessoas, incluindo 188 crianças, foram mortas por ataques israelitas desde 07 de outubro de 2023, segundo a agência noticiosa palestiniana WAFA.
Sublinhou que "as forças de ocupação estão a cortar a Cisjordânia, isolando algumas áreas de outras e impedindo a livre circulação de pessoas e bens".
Abbas acusou Israel de "violar o direito internacional e agir como se estivesse acima da lei, renunciando aos acordos que assinou com a Organização de Libertação da Palestina (OLP) e recorrendo ao extremismo e ao terrorismo", razão pela qual sublinhou a necessidade de "parar a guerra de extermínio em Gaza", retirar todas as tropas do enclave e pôr fim aos ataques na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
A segunda prioridade é "levantar o bloqueio israelita à Faixa de Gaza, assegurar o fornecimento de bens essenciais, eliminar os efeitos da agressão e reconstruir", bem como "impedir todas as tentativas de deslocar a população de Gaza" através da coordenação com os países da região do Médio Oriente, defendeu.
À ANP caberá assumir "todas as responsabilidades na Faixa de Gaza, bem como na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental", com base numa "legislação unificada, numa instituição unificada, num armamento unificado e numa postura política unificada".
Abbas apelou a "um horizonte político baseado no fim da ocupação israelita e na aplicação das resoluções internacionais, incluindo o estabelecimento de um Estado palestiniano independente, soberano, contíguo, viável e reconhecido, que seja membro das Nações Unidas e viva em paz e segurança ao lado de Israel".
Correio da Manhã