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Mãe e filha procuram cadela roubada em Santa Teresa
Chiara havia sido adotada há uma semana por Carolina Ribeiro, 28, e passeava com Luciene Ribeiro, 71, quando foi levada por um casal em uma moto
Rio - Mãe e filha procuram por uma cadela roubada, em Santa Teresa, na Região Central. O crime aconteceu no último sábado (19), quando Chiara foi levada por criminosos em uma motocicleta. Desde então, Carolina Ribeiro, de 28 anos, e Luciene Ribeiro, 71, realizam buscas pela região, mas encontraram apenas a coleira do animal.
Chiara é uma cadela SRD (Sem Raça Definida) - popularmente conhecida como "vira-lata" - de aproximadamente um ano e meio de idade. Ela foi adotada há uma semana em uma feira em um shopping no Leblon, na Zona Sul, onde Carolina trabalha como vendedora, e vinha se adaptando à rotina com a nova família. Entre as atividades, estavam os passeios pela manhã e à noite.
No último sábado, Carolina precisou trabalhar no turno da noite e sua mãe levou Chiara para passear, por volta das 20h. A idosa conta que passava pelas ruas Fialho e Santa Cristina, quando uma motocicleta se aproximou e um homem desceu, tocou a cadela e perguntou se era dela, ao que Luciene respondeu que era da filha.
Em seguida, uma mulher também desembarcou do veículo, questionando se a idosa tinha algo com ela e, nervosa, Luciene entregou o dinheiro de troco que havia em seu bolso. Nesse momento, a criminosa pegou a cachorra e a dupla fugiu em direção à Rua Santo Amaro. "Ela abaixou, pegou a cachorra e disse: "perdeu, vagabunda", ainda me xingou. Eu entrei em desespero e corri atrás da moto, achando que eu ia conseguir pegar", desabafou a mãe.
Luciene relatou que fez buscas pela região com a ajuda de um mototaxista, mas por conta da chuva e da pouca movimentação de pessoas, não conseguiu localizar os criminosos. A idosa então ligou para a filha, que voltava para casa após o dia de trabalho, e contou sobre o roubo de Chiara. "Começou a me dar uma sensação ruim no corpo, um desespero, uma vontade de chorar, de gritar e correr para chegar logo em casa", declarou a vendedora.
Ao chegar em casa, Carolina também procurou pela cadela, com a ajuda do síndico do prédio onde mora, mas não teve sucesso. No domingo (20), elas saíram novamente para procurar o animal, à pé, e a vendedora encontrou a coleira do cão na Rua Santo Amaro, na altura do número 273, embaixo de um carro, com odor de urina.
"Me deu um pouco de esperança, porque achei que soltaram ela ou ela se desprendeu. Só que cachorro com medo continua andando infinitamente, até alguém segurar, dar notícias e ter a boa vontade de devolver", disse Caroline, que recebeu um pedido de resgate de Chiara, de um número do estado do Paraná. "Vou me apegar nas pessoas que estão querendo ajudar, tem muita gente que nem me conhece e está me ajudando muito", apontou a jovem, que foi incluída em grupo de tutores que frequentam o ParCão da Glória e estão colaborando com a divulgação.
Desde o domingo, mãe e filha realizam buscas constantes, com ajuda de vizinhos e amigos, e já percorreram, além do bairro de Santa Teresa, a região da Lapa, Aterro do Flamengo, Largo do Machado, Catete e Praça São Salvador. Por ter sido adotada há pouco tempo, Chiara ainda não tinha chip, o que dificulta a procura.
Entretanto, ela havia sido castrada recentemente e ainda estava com os pontos do procedimento, o que pode facilitar na identificação. "Eu estava muito feliz, eu assinei um contrato, é uma responsabilidade, é como se fosse um filho. Olhar para a cama dela e não vê-la me parte o coração, porque está frio, está chovendo, ela pode estar com fome. Além disso, ela é muito medrosa", lamentou a tutora.
Chiara foi resgata em uma caçamba de lixo no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, junto de outros três irmãos, muito feridos. Os animais foram acolhidos pela ONG Adote um Bichinho que promoveu a feira em que a cadela, que até então se chamava Magali, foi adotada por Carolina, em 12 de abril. Ela tem o porte pequeno para médio e pelos caramelos medianos.
Carolina e Luciene registraram o roubo da cadela online e o caso é investigado pela 9ª DP (Catete). De acordo com a Polícia Civil, agentes realizam diligências para apurar a autoria do crime e localizar o animal. As informações sobre o paradeiro de Chiara devem ser passadas às tutoras, pelo telefone (21) 99257-8484.
"Ontem não fui trabalhar e hoje estou criando forças para ir, porque a minha vida não pode parar. Mas, eu tenho fé que eu vou me encontrar com ela, que alguém vai me ligar no meio do dia falando que encontrou. Estou me sentindo arrasada, não sei o que pensar. Já rezei um terço, rezei para São Francisco, São Lázaro. Eu só queria encontrá-la e dizer: "encontramos, ela está com a gente, segura, sã e salva". Não vejo a hora disso acontecer".
O Dia

Chiara havia sido adotada há uma semana por Carolina Ribeiro, 28, e passeava com Luciene Ribeiro, 71, quando foi levada por um casal em uma moto
Rio - Mãe e filha procuram por uma cadela roubada, em Santa Teresa, na Região Central. O crime aconteceu no último sábado (19), quando Chiara foi levada por criminosos em uma motocicleta. Desde então, Carolina Ribeiro, de 28 anos, e Luciene Ribeiro, 71, realizam buscas pela região, mas encontraram apenas a coleira do animal.
Chiara é uma cadela SRD (Sem Raça Definida) - popularmente conhecida como "vira-lata" - de aproximadamente um ano e meio de idade. Ela foi adotada há uma semana em uma feira em um shopping no Leblon, na Zona Sul, onde Carolina trabalha como vendedora, e vinha se adaptando à rotina com a nova família. Entre as atividades, estavam os passeios pela manhã e à noite.
No último sábado, Carolina precisou trabalhar no turno da noite e sua mãe levou Chiara para passear, por volta das 20h. A idosa conta que passava pelas ruas Fialho e Santa Cristina, quando uma motocicleta se aproximou e um homem desceu, tocou a cadela e perguntou se era dela, ao que Luciene respondeu que era da filha.
Em seguida, uma mulher também desembarcou do veículo, questionando se a idosa tinha algo com ela e, nervosa, Luciene entregou o dinheiro de troco que havia em seu bolso. Nesse momento, a criminosa pegou a cachorra e a dupla fugiu em direção à Rua Santo Amaro. "Ela abaixou, pegou a cachorra e disse: "perdeu, vagabunda", ainda me xingou. Eu entrei em desespero e corri atrás da moto, achando que eu ia conseguir pegar", desabafou a mãe.
Luciene relatou que fez buscas pela região com a ajuda de um mototaxista, mas por conta da chuva e da pouca movimentação de pessoas, não conseguiu localizar os criminosos. A idosa então ligou para a filha, que voltava para casa após o dia de trabalho, e contou sobre o roubo de Chiara. "Começou a me dar uma sensação ruim no corpo, um desespero, uma vontade de chorar, de gritar e correr para chegar logo em casa", declarou a vendedora.
Ao chegar em casa, Carolina também procurou pela cadela, com a ajuda do síndico do prédio onde mora, mas não teve sucesso. No domingo (20), elas saíram novamente para procurar o animal, à pé, e a vendedora encontrou a coleira do cão na Rua Santo Amaro, na altura do número 273, embaixo de um carro, com odor de urina.
"Me deu um pouco de esperança, porque achei que soltaram ela ou ela se desprendeu. Só que cachorro com medo continua andando infinitamente, até alguém segurar, dar notícias e ter a boa vontade de devolver", disse Caroline, que recebeu um pedido de resgate de Chiara, de um número do estado do Paraná. "Vou me apegar nas pessoas que estão querendo ajudar, tem muita gente que nem me conhece e está me ajudando muito", apontou a jovem, que foi incluída em grupo de tutores que frequentam o ParCão da Glória e estão colaborando com a divulgação.
Desde o domingo, mãe e filha realizam buscas constantes, com ajuda de vizinhos e amigos, e já percorreram, além do bairro de Santa Teresa, a região da Lapa, Aterro do Flamengo, Largo do Machado, Catete e Praça São Salvador. Por ter sido adotada há pouco tempo, Chiara ainda não tinha chip, o que dificulta a procura.
Entretanto, ela havia sido castrada recentemente e ainda estava com os pontos do procedimento, o que pode facilitar na identificação. "Eu estava muito feliz, eu assinei um contrato, é uma responsabilidade, é como se fosse um filho. Olhar para a cama dela e não vê-la me parte o coração, porque está frio, está chovendo, ela pode estar com fome. Além disso, ela é muito medrosa", lamentou a tutora.
Chiara foi resgata em uma caçamba de lixo no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, junto de outros três irmãos, muito feridos. Os animais foram acolhidos pela ONG Adote um Bichinho que promoveu a feira em que a cadela, que até então se chamava Magali, foi adotada por Carolina, em 12 de abril. Ela tem o porte pequeno para médio e pelos caramelos medianos.
Carolina e Luciene registraram o roubo da cadela online e o caso é investigado pela 9ª DP (Catete). De acordo com a Polícia Civil, agentes realizam diligências para apurar a autoria do crime e localizar o animal. As informações sobre o paradeiro de Chiara devem ser passadas às tutoras, pelo telefone (21) 99257-8484.
"Ontem não fui trabalhar e hoje estou criando forças para ir, porque a minha vida não pode parar. Mas, eu tenho fé que eu vou me encontrar com ela, que alguém vai me ligar no meio do dia falando que encontrou. Estou me sentindo arrasada, não sei o que pensar. Já rezei um terço, rezei para São Francisco, São Lázaro. Eu só queria encontrá-la e dizer: "encontramos, ela está com a gente, segura, sã e salva". Não vejo a hora disso acontecer".
O Dia